Bandeira vermelha na conta de luz. O sistema de bandeiras tarifárias é responsável por sinalizar aos consumidores os custos reais da geração de energia elétrica. Assim, a conta de luz fica mais transparente e o consumidor pode consumir a energia de forma mais consciente. 

O funcionamento das bandeiras tarifárias é bem simples. As cores das bandeiras indicam se a energia terá um custo maior em função das condições de geração de eletricidade durante o período em questão. 

Para quem gera sua própria energia elétrica, como no caso da energia solar, o impacto das bandeiras é menor. Confira a seguir mais detalhes sobre o assunto.  

As bandeiras tarifárias e a geração da própria energia 

O Brasil possui uma grande capacidade hídrica, possibilitando a geração de energia elétrica através das hidrelétricas. Da mesma forma, possui também um grande potencial solar, com altos níveis de irradiação através dos raios de Sol.

Bandeira vermelha na sua conta de luz
Bandeira vermelha na sua conta de luz

A energia solar fotovoltaica é uma excelente alternativa para quem deseja produzir sua própria energia, obtendo economia nas contas de luz. Além disso, é uma forma de conquistar maior autonomia energética, sem depender totalmente do abastecimento da concessionária de energia. 

Uma das maiores vantagens para quem opta por investir em energia solar é ter maior estabilidade nos valores das contas de luz, já que a economia pode ser de até 95%. Ainda que seja necessário continuar pagando as faturas no caso dos sistemas on-grid, o valor será consideravelmente menor, garantindo uma boa economia.

Sendo assim, gerar sua própria energia solar é uma forma de se proteger contra aumentos na tarifa e bandeiras tarifárias. Residências, empresas e indústrias podem se beneficiar da previsibilidade de custos que a energia solar proporciona por pelo menos 25 anos (que é o tempo de vida útil de um sistema fotovoltaico). 

Isso é possível, pois o sistema de energia solar possibilita menor uso da energia que advém da rede da distribuidora. Como as bandeiras tarifárias incidem apenas na energia ativa consumida da rede, o consumidor economiza ainda mais. Além disso, a bandeira tarifária é aplicada apenas na diferença entre a energia injetada na rede e a energia consumida da distribuidora.

 Além disso, há também o custo de disponibilidade, que é a taxa mínima cobrada pela concessionária de energia da sua região para que seja disponibilizado o serviço de eletricidade ao seu imóvel.

Portanto, investir em energia solar é uma forma não apenas de economizar nas contas de luz, mas também de minimizar os impactos sofridos pelos consumidores diante das mudanças de bandeiras tarifárias.

Quer saber como as bandeiras tarifárias foram planejadas e como elas funcionam? Continue a leitura para mais detalhes. 

Saiba mais sobre as bandeiras tarifárias, inclusive a bandeira vermelha

O Sistema de Bandeiras Tarifárias se tornou vigente a partir de 2015, por meio da  Resolução nº 547 instituída pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Saiba mais sobre as bandeiras tarifárias
Saiba mais sobre as bandeiras tarifárias

Seu objetivo é cobrir os gastos extras ocorridos com operações técnicas e com a estrutura para viabilização da produção e entrega para o consumidor, além dos investimentos realizados pelos agentes da cadeia produtiva do setor energético.

Através das bandeiras tarifárias, os consumidores são informados a respeito das condições de abastecimento do sistema e sobre o preço real da energia na região de cobertura da distribuidora responsável. 

Atualmente, as usinas hidrelétricas são a principal fonte de geração de energia no Brasil. Elas dependem das chuvas e do nível de água dos reservatórios, por isso podem ter seu funcionamento afetado em épocas de seca.

Quando o nível dos reservatórios das hidrelétricas está baixo, é necessário acionar as termelétricas para economizar água e garantir segurança ao sistema. 

O sistema de bandeiras tarifárias é uma maneira eficiente de cobrir esses custos operacionais e os investimentos necessários para expandir a capacidade energética. Assim, é possível reduzir consideravelmente o déficit tarifário devido à necessidade de acionamento das termelétricas, e garantir o atendimento com qualidade.  

Os valores das bandeiras são calculados pela ANEEL. Antes delas entrarem em vigência, os gastos com compra de energia eram repassados aos consumidores apenas um ano depois de ocorridos, quando então a tarifa reajustada passava de fato a valer.

As bandeiras tarifárias nada mais são do que uma forma mais detalhada e prática de apresentar um custo que já consta nas faturas de energia, mas que antes era comum que passassem despercebidos.

Com esse novo formato, o consumidor tem acesso aos valores cobrados mês a mês, com a oportunidade de adaptar o seu consumo, se assim desejar, conforme seu próprio orçamento. 

Confira a seguir mais detalhes sobre o funcionamento das bandeiras. 

Como as bandeiras funcionam?

As bandeiras tarifárias são definidas a cada mês, e possuem três cores: verde, amarela e vermelha. Todos os Estados possuem o sistema de bandeiras, menos Roraima, que não faz parte do SIN (Sistema Interligado Nacional).

Como funcionam as bandeira vermelha, branca, verde e amarelo
Como as bandeiras funcionam?

As termelétricas têm custo mais elevado em comparação às hidrelétricas. Elas geram mais gastos quando entram em funcionamento, e esse valor é repassado aos consumidores por meio das bandeiras tarifárias.

Quando o nível dos reservatórios sobe novamente e há mais água armazenada, as térmicas podem ser desligadas, reduzindo o custo total de geração de energia por esse meio. 

A tarifa verde indica que as condições de geração de energia estão favoráveis, com as hidrelétricas funcionando normalmente. Sendo assim, não há necessidade de acréscimo na conta de energia. 

A tarifa amarela consta nas faturas quando há a necessidade de ativar as termelétricas, e por isso serve como um sinal de alerta. Nesse caso, é acrescido na sua conta R$ 1,87 a cada 100kWh consumidos.  

  A bandeira vermelha, por sua vez, é usada quando as condições para geração de energia estão em fases mais críticas, sendo necessário um acréscimo ainda maior.

É composta por dois patamares, sendo o Patamar 1 usado para indicar o uso de usinas termelétricas em alta demanda, gerando até R$ 610/MWh e cobrando um acréscimo de R$ 4,16 a cada 100kWh.

Já o Patamar 2 aponta a geração térmica igual ou superior a R$ 610/MWh, cobrando R$ 9,49 em sua conta a cada 100 kWH.

Além dessas, há também a bandeira de escassez hídrica. Seus custos estão previstos na Resolução 3/21 da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética, propondo acréscimo de R$ 14,20 a cada 100 kWh.  

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