O que é Módulo Monofacial?

Há dois tipos principais de módulo fotovoltaico, o módulo monofacial e o bifacial. A diferença entre eles está relacionada à estrutura e possibilidades de absorção da radiação solar. 

Enquanto os monofaciais absorvem a luz somente em sua face frontal (ou seja, na que fica diretamente voltada ao Sol), os bifaciais absorvem em ambas as faces, frontal e traseira. 

No funcionamento do módulo e na geração de energia, esses detalhes podem fazer toda a diferença. Confira a seguir como é um módulo monofacial, as principais diferenças em comparação ao bifacial e qual deles representa a melhor escolha. 

Módulo monofacial x Módulo bifacial

Como você talvez já deve saber, os painéis solares são compostos por células fotovoltaicas desenvolvidas para absorver a luz do sol e transformá-la em energia elétrica.

Os modelos convencionais (ou monofaciais), possuem células espalhadas em uma de suas faces, e são instalados de modo que a luz solar incida o máximo de tempo possível sobre elas. 

A partir desse contato é gerada a energia solar fotovoltaica. Quanto maior a área de contato exposta à luz do sol, mais energia pode ser produzida. O próprio nome do módulo monofacial já é autoexplicativo, indicando que apenas uma de suas faces é, de fato, funcional e apta a gerar energia.

Ao contrário dos módulos bifaciais, os monofaciais têm apenas um lado das células fotovoltaicas que coletam e absorvem a luz do sol, para depois transformá-la em energia elétrica.

Para fazer melhor proveito da área de contato, foi desenvolvido o módulo bifacial, que é composto por células fotovoltaicas em ambas as faces. Dessa forma, a face que fica oposta ao sol também absorve os fótons presentes nos raios solares, o que acontece por meio da luz refletida em superfícies. 

Uma das primeiras empresas a explorar em larga escala a tecnologia de painel solar bifacial foi a Panasonic. No Brasil, esses módulos só começaram a ser comercializados a partir de 2016. 

Todas essas transformações só foram possíveis depois que o segmento de energia solar fotovoltaica deixou o alumínio de lado e passou a explorar o silício (cuja principal vantagem é a transparência em sua composição natural) para produção de painéis fotovoltaicos. 

Mas afinal, entre o painel monofacial e o bifacial, qual deles é a melhor escolha? É o que você vai conferir a seguir. 

Qual a melhor opção de módulo fotovoltaico?

É fato que a tecnologia utilizada nos painéis solares bifaciais amplia as possibilidades de instalação. Isso porque esse tipo de módulo pode ser posicionado em posições diferentes, aproveitando a luz que vem de cima e de baixo (pela reflexão). As placas não precisam necessariamente estar apontadas em direção ao sol, pois podem ser inclinadas na vertical e em outros ângulos. 

 Além disso, esse modelo também consegue obter um melhor aproveitamento da luz solar, o que pode interferir no desempenho do sistema fotovoltaico.

Os painéis bifaciais oferecem maior potência de geração de energia, e podem ser instalados em toldos, varandas, cercas, paredes, fachadas, etc. Isso significa também que as placas podem ser instaladas tanto em estruturas fixas quanto em rastreadores.

Esse tipo de painel é uma opção cada vez mais procurada, sobretudo para a construção de parques fotovoltaicos. Ele auxilia na redução do preço da energia gerada em larga escala, além de demandar manutenção mínima. 

 Outra diferença importante em relação aos módulos monofaciais é a questão da durabilidade. Seu vidro traseiro oferece maior proteção contra microfissuras nas células fotovoltaicas, já que o centro do módulo sofre menos estresse mecânico.

Por conta dessa proteção extra, os painéis bifaciais geralmente possuem 5 anos a mais de garantia. 

Como o coeficiente térmico do vidro é maior que o do backsheet que compõe a parte traseira do módulo monofacial, diminui as chances de surgimento de hotspots nos módulos bifaciais. Em decorrência dessa diferença, os módulos bifaciais apresentam maior eficiência do que os monofaciais em locais com baixa ventilação.

Mais um ponto a favor do módulo bifacial é a sua resistência ao fogo, também devido à presença do vidro no lugar do revestimento polimérico.

Esses módulos possuem uma classificação nível A (indicando melhor resistência ao fogo), enquanto que os módulos monofaciais possuem uma classificação nível C (resistência básica ao fogo). 

No entanto, para aproveitar todo o potencial oferecido pelos painéis bifaciais, é importante elaborar um projeto adequado e específico às suas necessidades, que conte inclusive com um inversor solar que permita otimizar a sua potência.

Ao optar por esse tipo de painel para a sua instalação, é necessário investir também em componentes adaptados para reduzir o bloqueio da incidência de luz. 

Os módulos monofaciais, por sua vez, não requerem superfícies reflexivas ou equipamentos especiais para montagem.

Mesmo os módulos bifaciais tendo classificações de eficiência mais altas, sua fabricação e instalação envolvem configurações mais complexas, equipamentos especiais e requisitos adicionais. Isso naturalmente acaba impactando no valor final do produto, demandando um maior investimento. 

Sendo assim, dependendo das características do terreno, das demais especificidades do projeto e das limitações quanto à exploração de tecnologia solar, o módulo monofacial pode ser o mais adequado. 

Para tomar a decisão ideal de acordo com cada projeto fotovoltaico, é importante contar com uma empresa especializada no assunto, que possa auxiliar desde o momento de escolha dos equipamentos e considerando as particularidades de cada contexto e realidade. 

A melhor maneira de contratar uma empresa de confiança é checar seu histórico antes de tudo, conferindo sua reputação no mercado de energia solar e procurando algumas formas de comprovação do seu trabalho.

Verifique também a qualidade dos equipamentos com os quais a empresa trabalha, os preços e facilidades de pagamento que ela oferece, e qual a garantia de instalação oferecida. 

Para verificar mais detalhes e dicas de como contratar uma boa empresa de soluções para energia solar, clique aqui e confira nosso artigo completo sobre o assunto.

10 Motivos para ser um integrador Solfácil

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