A multinacional Shell Energy Brasil, subsidiária da Shell focada em opções sustentáveis e renováveis de energia, pretende investir em novas fontes de energias em Minas Gerais. De acordo com a empresa, sua intenção é a de construir cinco complexos solares fotovoltaicos espalhados pelas regiões norte, central e noroeste do estado. 

Conhecida no Brasil por sua atuação no mercado de gás e óleo, a empresa britânica e o Governo de Minas assinaram, no fim de maio deste ano, um protocolo de intenções no investimento que prevê o aporte de mais de R$ 7 bilhões em energia solar. 

O acordo também prevê estudos para a instalação de usinas nas cidades de Corinto, Arinos, Brasilândia de Minas, Janaúba e Várzea da Palma. A intenção do investimento é o de fortalecimento da posição de liderança nacional do estado frente à geração de energia limpa no Brasil. 

“Além da energia solar, Minas Gerais tem outras oportunidades na área de geração de energia e captação de carbono. O estado tem a maior área reflorestada do Brasil e disponibilidade de 300 mil hectares para receber investimentos. Os aterros sanitários, com a geração do gás metano, pode ser outro nicho que a Shell poderá apostar em Minas”, afirmou o governador Romeu Zema. 

Desenvolvimento

Também segundo Zema, o investimento da Shell no estado é fundamental para a atração e ampliação de negócios na região. “Ampliando nosso parque de geração e melhorando a infraestrutura, com os investimentos da Cemig de R$ 22 bilhões, continuaremos crescendo”, disse.  

Segundo as estimativas do acordo, se todas as usinas solares previstas forem construídas, os complexos, juntos, poderão gerar até 2,1GW — voltagem o suficiente para abastecer uma cidade de 2 milhões de habitantes, por exemplo. 

É previsto que as obras dos complexos solares em Minas sejam iniciadas a partir de janeiro de 2023, e seu primeiro complexo já deve entrar em operação a partir de janeiro de 2025. 

futuro fontes renovaveis
Placas solares

“Minas Gerais é peça importante para o propósito global da Shell de prover mais energia e de forma cada vez mais limpa. Estes projetos têm o potencial de ajudar a reforçar o parque gerador nacional e para a Shell Brasil representam a diversificação dos nossos negócios em energia limpa”, afirmou o presidente da Shell Brasil, André Araujo. 

Atualmente, o estado possui cerca de 2,4 GW de potência instalada de geração de energia fotovoltaica de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Esse valor considera a geração centralizada, de 730 MW, como também a geração distribuída, de 1,68 GW.

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Race to Zero

Durante a apresentação do acordo, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, também reiterou que Minas foi o primeiro estado na América do Sul a se comprometer com a campanha global do Race to Zero, com o objetivo de alcançar emissões líquidas zero de gases de efeito estufa até 2050.

“A intenção da Shell Energy Brasil de construir cinco complexos solares fotovoltaicos em Minas Gerais mostra o quanto estamos empenhados em atrair investimentos e como a atual gestão avança em prospectar empreendimentos expressivos para o estado. Iniciativas como essa estão em sintonia com a criação de um ambiente fértil para os negócios, contribuindo para a valorização de empresas aqui instaladas e garantindo a geração de emprego e renda para os mineiros”, ressaltou.

Potencial mineiro

Segundo recente estudo da Solar Power Europe, instituição que reúne 250 organizações do setor na Europa, nosso país representa o quinto mercado mais promissor em energia solar para os próximos cinco anos, ficando atrás apenas da China, Estados Unidos, Índia e Alemanha. Neste processo, o estado de Minas Gerais possui um grau de protagonismo no Brasil. 

“Tivemos bons contatos com fabricantes de equipamentos e insumos para construção e manutenção das usinas solares que estão bastante interessadas em expandir seus negócios para a América Latina, e Minas Gerais é hoje o melhor lugar para isso. Estamos buscando atrair essas empresas e temos totais condições de fazer nosso estado um dos polos mundiais de geração de energia renovável”, ressaltou o diretor da Invest Minas, Ronaldo Alexandre Barquette.

Fonte: Hoje Em Dia

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