Com o aumento da procura por sistemas de energia solar fotovoltaicos, muitas dúvidas sobre o assunto acabam surgindo. As vantagens dessa forma de geração de energia tem conquistado cada vez mais pessoas no Brasil e no mundo.
As dúvidas mais comuns dizem respeito às possibilidades dos sistemas fotovoltaicos, procurando compreender se eles podem se adequar a diferentes realidades.
Será que qualquer imóvel pode receber a instalação dos painéis? E é necessário fazer a troca do telhado por um tipo específico? As respostas para essas e outras questões você encontra no artigo a seguir. Boa leitura!
Por que é necessário fazer uma análise estrutural para instalar energia solar?
Em um primeiro momento é possível afirmar que qualquer imóvel pode receber a instalação de um sistema fotovoltaico, pois há um tipo de estrutura específico para cada tipo de telhado (fibrocimento, metálico, cerâmico e de barro). Mas antes de chegarmos nesse aspecto, é preciso considerar algumas outras particularidades.
Por exemplo, no caso de apartamentos, apenas os que ficam localizados na cobertura podem contar com energia solar, uma vez que os painéis são instalados no telhado da edificação.
Outro detalhe a ser observado é se o imóvel está localizado em uma localização que é abastecida pela distribuidora de energia. Se não for o caso, será necessário optar pela instalação de um sistema off grid, que tem mais autonomia na sua forma de funcionamento e não precisa de conexão com a rede de distribuição.
Consideradas essas especificidades, é essencial dar prosseguimento com a análise estrutural do imóvel em questão. No início do planejamento, o engenheiro responsável pela equipe e implementação do projeto deve visitar o local para avaliar também as características da estrutura e do telhado.
Nesse momento, um dos aspectos verificados pela equipe técnica é a área livre para a instalação do sistema, que precisa ser de, pelo menos, 10 metros quadrados. Dependendo da demanda de energia do imóvel, é possível que seja necessária uma área ainda maior. Quando o espaço disponível é limitado, a solução pode ser investir em painéis de alta eficiência.
Além disso, também é necessário avaliar as condições da telha (se estão limpas, sem falhas ou peças quebradas), a situação da estrutura do telhado, e a inclinação e a orientação do mesmo. Todos esses aspectos são primordiais e precisam ser levados em conta durante a análise estrutural realizada antes da instalação do sistema.
Deve ser realizado um levantamento das dimensões e localizações dos pilares, treliças e tesouras que fazem parte da sustentação do telhado.
É importante reunir informações como as características do material que foi empregado na fabricação das estruturas (tipo de perfil, espessura, fio de aço) e o tipo de telha usada para fazer a cobertura. Essa avaliação pode ser feita com o auxílio de um serralheiro.
Fatores como vento, chuva e topografia também devem ser previstos no projeto fotovoltaico. São conhecimentos que fazem parte do currículo dos engenheiros civil e mecânico e interferem diretamente na segurança do telhado e do equipamento que será instalado.
A partir disso, são analisados e aplicados fatores estatísticos, coeficientes de segurança e sobrecargas acidentais, entre outras metodologias para assegurar que o projeto seja seguro e eficiente.
Toda essa análise prévia deve ter seu valor incluso na composição de custos do projeto fotovoltaico.
Quais os tipos de telhados?
Os painéis fotovoltaicos são fixados ao telhado através de um sistema de fixação, uma parte importante do orçamento. É preciso levar em conta o tipo de telhado, pois cada um exige um sistema de fixação diferente.
As coberturas feitas com telhas metálicas (como as termoacústicas, as trapezoidais comuns e as coberturas do tipo “shingle”) são as melhores opções no mercado para favorecer a instalação de painéis fotovoltaicos, pois facilitam a fixação e são superfícies seguras para instalação.
Em segundo lugar, vêm as telhas feitas de barro ou concreto do tipo francês, ou do tipo capa e canal. Que também são boas opções para a instalação de painéis fotovoltaicos. Apesar de exigirem certo cuidado e manuseio para acomodação do sistema, não é nada muito complexo que dificulte o andamento do projeto.
Já as telhas do tipo fibrocimento, popularmente conhecidas como “eternit”, podem apresentar alguns problemas e complicações, pois são frágeis e podem se quebrar durante o processo de instalação dos módulos solares. Geralmente precisam de um sistema independente para fixação dos painéis nas telhas.
Não podemos nos esquecer das lajes e telhas pré-fabricadas em concreto, que são coberturas planas com uma ótima superfície para a instalação.
Esse tipo de cobertura proporciona pouca ou nenhuma inclinação ao telhado, o que pode ser facilmente compensado por um sistema de fixação próprio para as coberturas planas, garantindo que os painéis tenham melhor incidência solar.
Atualmente, há três formas tradicionais para fixar placas solares em lajes: com a estrutura parafusada na laje, o que requer impermeabilização; colando a estrutura na laje com colas especiais (o que precisa ser muito bem feito para durar pelo menos os 25 anos equivalentes à vida útil de um sistema fotovoltaico); com lastro e defletor de vento afixado na parte de trás da placa solar, uma técnica simples, mas que adiciona peso extra à estrutura.
Quanto custa um sistema de energia solar residencial?
Há diversos fatores a serem considerados para realizar o cálculo do custo de um sistema fotovoltaico, mas o principal é a quantidade de energia consumida pelo imóvel em questão. Quanto maior a demanda de energia, maior potência será necessária dos painéis solares.
Para saber qual o consumo da sua casa, observe as contas de luz dos últimos doze meses, e procure pelo consumo mensal em kWh. Some os valores encontrados e divida por 12 para obter uma média mensal do consumo de energia, o que servirá como base para desenvolvimento do projeto fotovoltaico.
Como é preciso levar em consideração as particularidades de cada edificação para desenvolver e precificar um projeto fotovoltaico, o custo pode variar bastante.
De modo geral, em residências, o sistema pode custar entre R$ 15 mil e R$ 50 mil. Quanto maior for o consumo ou quanto mais cara for a conta de luz da residência em questão, maior será o valor inicial necessário para instalação do sistema.
O orçamento para instalação em local com uma conta de luz de R$ 300, por exemplo, será em média de R$ 15 mil. Para uma demanda maior, de R$ 1 mil em energia, o sistema deve custar mais de R$ 40 mil.
O valor pode assustar, mas é importante considerar que o investimento realizado é recuperado após alguns anos, devido à economia nas contas de luz que a geração de energia solar proporciona.
O que achou deste artigo? Se ficou com alguma dúvida sobre o assunto, entre em contato conosco e vamos conversar a respeito.