Especialistas do mundo todo apontam que a eletrificação de carros é o que tem de mais recente no setor automobilístico, e a principal tendência atualmente, já que promove um mundo mais sustentável. 

A eletromobilidade já é uma realidade, tendo em vista o ritmo de vendas de carros híbridos e elétricos nos últimos anos. Com as vantagens que oferece, a tendência é que se desenvolva e cresça cada vez mais. Confira a seguir mais detalhes sobre a eletrificação. 

Quais as vantagens da eletrificação?

O ano de 2021 foi o melhor ano para a eletromobilidade no Brasil. Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o mercado de automóveis e comerciais leves eletrificados alcançou o recorde absoluto de 34.990 unidades vendidas. Com esse marco, superou todas as expectativas, representando um aumento de 77% em relação a 2020. 

Segundo projeções da Agência Internacional de Energia (IEA), o setor de automóveis leves eletrificados deve chegar a 22 milhões de unidades até 2030. Ainda que os números no Brasil sejam mais modestos, já é possível notar que a presença de carros elétricos e híbridos nas ruas e rodovias brasileiras se tornou mais frequente, como evidenciam os números acima. 

Quais as vantagens da eletrificação?
Quais as vantagens da eletrificação?

Com essa tendência, as montadoras de todo o mundo tem apostado suas fichas no mercado em ascensão. São muitas as vantagens que impulsionam o crescimento desse setor, entre elas a economia, a autonomia, a praticidade e a sustentabilidade. 

Em tempos de alta crescente no preço dos combustíveis, quem tem carro híbrido ou elétrico consegue um alívio muito bem vindo no orçamento. Segundo a montadora, o Nissan Leaf (responsável pela popularização dos carros elétricos no mundo) chega a ser até 75% mais econômico quando comparado ao abastecimento de veículos a combustão. O modelo está no mercado desde 2011, e é o pioneiro em eletrificação em massa.

A autonomia oferecida pelos carros elétricos também não fica atrás. Mantendo o Leaf como exemplo, estamos falando de 389 Km de autonomia segundo o padrão de testagem do ciclo europeu NEDC (New European Driving Cycle), composto aproximadamente por 70% em tráfego urbano e 30% de tráfego em estrada.

Quanto ao ciclo americano EPA (Environmental Protection Agency), são 272 Km, com cerca de 50% em tráfego urbano e 50% tráfego em estrada. O modelo da Nissan possui torque imediato, capaz de ir de 0 a 100 km em 7,9 segundos.

Outro aspecto a seu favor é a facilidade na recarga do automóvel. O Leaf possui bateria com garantia de 8 anos ou 160 mil km (o que ocorrer primeiro), e carregador que permite o abastecimento em qualquer tomada comum, nas tensões de 127v ou 220v.

A tecnologia vem auxiliando esse processo de eletrificação
A tecnologia vem auxiliando esse processo de eletrificação

Nesta última, dá para carregar totalmente a bateria em até 20 horas, enquanto que com o carregador rápido Wallbox é possível carregar em até 8 horas. O Wallbox pode ser encontrado em estações públicas de recarga elétrica, como as disponibilizadas pela Rede Ipiranga, e há também a opção de instalação em residências.

Outra opção é usar o carregador super-rápido CHAdeMO, que possibilita a recarga em 40 minutos e também pode ser encontrado em alguns postos de combustíveis. 

Além das vantagens oferecidas ao consumidor, a eletrificação enquanto tendência mundial é um caminho ecologicamente consciente, que oferece diversos benefícios ao meio ambiente. Confira mais detalhes no próximo item. 

A eletrificação como solução para reduzir as emissões de gases 

Essa década ficará certamente marcada pela eletrificação, já que a geração de energia proveniente de fontes renováveis é um dos principais caminhos para a transição energética rumo à descarbonização. Somente através disso será possível deter as alterações climáticas que ameaçam o planeta. 

A eletricidade é a principal ferramenta para reduzir as emissões dos gases que causam o efeito estufa. Um estudo realizado pela Statkraft (empresa líder internacionalmente em energia hidrelétrica e a maior geradora de energia renovável da Europa) chamado de Cenário de Baixas Emissões prevê que a eletricidade deve cobrir 43% da demanda global de energia em 2050, em comparação com cerca de 1/5 atualmente. 

A eletrificação como solução para reduzir as emissões de gases
A eletrificação como solução para reduzir as emissões de gases 

Essa solução vale para o abastecimento energético de transportes, edifícios e até mesmo indústrias. A participação da eletricidade no setor de transportes será a que mais crescerá no Cenário de Baixas Emissões, com 27% em 2050, partindo de um ponto inicial muito baixo, de 1%. Atualmente, o petróleo é responsável por mais de 90% do consumo de energia para veículos.

Na maioria das vezes, a energia elétrica é mais eficaz do que as fontes de energia fóssil. Os custos decrescentes da energia solar e eólica significam que a eletrificação será a medida climática mais econômica em muitos casos.

Para aquecer uma casa, por exemplo, uma bomba de calor precisa de apenas 1/3 da energia em comparação a uma caldeira a gás. O mesmo raciocínio vale para os veículos elétricos, demandando aproximadamente 1/3 da energia que os veículos abastecidos a partir de combustíveis fósseis requerem para percorrer a mesma distância.

As análises feitas pelo estudo mostram que os custos do ciclo de vida dos veículos elétricos estão diminuindo, se tornando menores do que o ciclo de vida dos veículos movidos a combustíveis fósseis.

Assim sendo, a tendência é que o preço das baterias também sofra uma queda, até mesmo por causa do número crescente de veículos elétricos. Estima-se uma redução de mais de 70% nos custos de baterias até 2050. Automóveis como os que carregam passageiros, ônibus urbanos, vans e veículos de duas e três rodas também devem entrar na onda da eletrificação.

Ônibus, vans e carros já terão suas versões elétricas
Ônibus, vans e carros já terão suas versões elétricas

A previsão é de que a eficiência energética em edifícios e eletrodomésticos seja alcançada através da eletrificação direta, através de bombas de calor, hidrogênio e bioenergia. Isso terá grande impacto, reduzindo as emissões envolvidas no uso de energia em edifícios em 46%. 

Quanto ao uso de energia nas indústrias, considera-se a do cimento, a química e a siderúrgica como as responsáveis por 12% a 14% das emissões globais de CO² atualmente. No Cenário de Baixas Emissões, prevê-se que a participação da eletricidade na indústria aumente de 28% para 41% globalmente durante o período.

As expectativas em torno da eletrificação em todo o mundo são as melhores possíveis, sobretudo com relação aos impactos ambientais. Sendo assim, é um recurso que de fato deve receber muito incentivo durante os próximos anos e décadas, causando grandes impactos nas formas de consumo da humanidade como um todo. 

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