Quem procura um negócio rentável pode encontrar no aluguel de energia solar um modelo ideal, que funciona tanto para grandes empresas que têm um alto consumo de energia elétrica, quanto para consumidores menores.
Nem todos os interessados em energia solar têm possibilidades ou mesmo interesse em adquirir um sistema solar fotovoltaico próprio. As vantagens são diversas, mas o custo ainda é muito elevado no Brasil, o que acaba sendo um entrave para novos consumidores.
A possibilidade de alugar energia solar surge como uma alternativa principalmente nesses casos. Confira no artigo a seguir tudo o que você precisa saber sobre o assunto.
Como é feito o projeto fotovoltaico?
Antes de entender como funciona o aluguel de energia solar, é preciso saber como funcionam os projetos fotovoltaicos. Consumidores interessados em investir nesse tipo de tecnologia precisam estar por dentro de todo o processo, desde a realização dos orçamentos até a instalação de fato.
Durante a etapa de dimensionamento do projeto, são realizados estudos e análises das particularidades do local que receberá a instalação. Diversas variáveis devem ser consideradas, entre elas a média de radiação solar local e o consumo elétrico do imóvel.
Nesse momento, é analisado se o espaço disponível para receber os painéis solares será o suficiente para garantir uma boa eficiência do sistema, de modo a atender ao consumo do imóvel.
Nem sempre o espaço para instalação e a localização do imóvel conseguem garantir isso, mas para cada obstáculo envolvendo a exploração de energia solar, há pelo menos uma solução possível.
O aluguel de energia solar aparece como uma das alternativas possíveis para resolver esse tipo de problema. Além disso, com esse serviço é possível explorar os benefícios da energia solar sem precisar gastar com obras, investimentos, tecnologias e manutenções. Saiba mais a seguir.
Como funciona o aluguel de energia solar?
O aluguel do sistema de energia solar é uma opção econômica, sustentável e simples. Para usufruir dessa modalidade, basta que o consumidor cumpra os requisitos determinados pela empresa proprietária da usina responsável pelo negócio.
Muitos clientes desejam usufruir da energia solar sem investir na compra de placas solares. Como isso envolve um valor inicial elevado, preferem aplicar esse dinheiro em outras áreas da empresa ou outros tipos de investimento.
O principal benefício dessa modalidade é que o cliente não precisa se preocupar com praticamente nada, pois, a estrutura já está pronta. Também não é necessário realizar qualquer tipo de alteração na instalação elétrica.
Tudo se manterá da mesma forma, e a única exceção fica por conta do valor gasto nas contas de luz, que será consideravelmente menor.
Ao optar por esse investimento, é produzido um contrato de aluguel com a empresa proprietária da usina, estipulando o valor mensal a ser pago e o direito do contratante de utilizar a energia gerada pela usina.
Não é necessário se responsabilizar com demais aplicações, construções ou mesmo com a operação do sistema de geração de energia. Tudo isso são responsabilidades que cabem ao dono da usina.
Quando esse contrato de locação é assinado, é preciso fazer uma solicitação para a rede distribuidora de energia da cidade informando que a energia que será consumida pelo estabelecimento será referente à geração da usina em questão.
Feito isso, o consumidor passa a desfrutar da energia gerada pela usina e dos benefícios que esse modelo traz ao seu negócio ou residência. O desconto é gerado na fatura de energia enviada pela concessionária responsável pelo abastecimento da sua região.
Investir nessa opção é sinal de economia e uma forma de se comprometer com iniciativas ecologicamente corretas e preocupadas com a sustentabilidade do planeta.
O número de consumidores e sobretudo empresas que têm aderido a esse modelo de negócio está crescendo bastante, principalmente desde o início da pandemia Suas vantagens contemplam principalmente os clientes que possuem um consumo mensal de aproximadamente 10.000 kWh.
Várias unidades podem dividir o consumo. Para que isso seja possível e legalizado, todas as unidades devem ter a mesma titularidade, podendo ser tanto na pessoa física, quanto jurídica.
O que diz a lei sobre o aluguel de energia solar?
Essa é uma das dúvidas mais frequentes dos consumidores interessados em investir em energia solar, provavelmente porque o serviço parece bom demais para ser verdade.
Afinal de contas, parece difícil de acreditar que seja possível usufruir de todas as vantagens relacionadas à energia solar, sem necessariamente precisar arcar com custos elevados e com a instalação e manutenção do sistema fotovoltaico.
A verdade é que isso é possível sim, e o serviço de aluguel de energia solar está perfeitamente dentro da lei.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), através da Resolução Normativa n° 482/2012, atualizada pela Resolução Normativa n° 687/2015, regulariza os métodos de Geração Distribuída e o uso da energia gerada em locais diferentes de onde ela é produzida.
No caso do aluguel de energia solar, estamos falando da geração compartilhada, uma das modalidades previstas na legislação sobre Geração Distribuída. Além dela, há também o autoconsumo remoto e o condomínio solar.
As normas da ANEEL permitem que sejam construídas usinas em locais distantes de onde a energia será de fato consumida, para assim aproveitar áreas com maior índice de radiação solar. Como já sabemos, o desempenho de um sistema fotovoltaico depende diretamente de aspectos como esse para suprir a demanda de consumo de maneira adequada.
Através da Geração Compartilhada, é possível que a energia gerada seja usada por um grupo de pessoas físicas ou jurídicas por meio de consórcio, ou cooperativa. Para isso, basta que tanto a unidade geradora quanto as unidades consumidoras façam parte da área de distribuição da mesma concessionária de energia.
Já não é mais novidade que a energia solar é uma das principais soluções para conseguir alguma economia na conta de luz e conquistar maior autonomia energética em relação às distribuidoras de energia.
O aluguel de energia solar oferece mais uma possibilidade para que essa tecnologia seja explorada de maneira democrática e acessível. A expectativa é que as hidrelétricas e as termelétricas tenham uma participação cada vez menos representativa na matriz energética. O bolso dos consumidores e o meio ambiente são os maiores beneficiados com isso.
Lembre-se, alugando energia solar, não a torna propriedade, e você continua refém de uma eventual variação no custo da energia.