A geração de energia elétrica por meio de fontes sustentáveis tem se tornado uma solução cada vez mais procurada pela população, em função das novas necessidades da sociedade e da economia moderna.
Os ideais de sustentabilidade se tornaram um grande propósito a ser promovido, e é aí que entram as alternativas para geração de energia sem agredir ao meio ambiente, como é o caso da energia solar. Limpa, renovável e, portanto, sustentável, esse tipo de energia tem diversas vantagens em relação à produção hidrelétrica e demais formas.
A boa notícia é que as tecnologias avançam cada vez mais, tornando os sistemas fotovoltaicos uma opção viável, eficiente e que atende diversos cenários e possibilidades. No artigo a seguir, vamos falar sobre os sistemas solares híbridos e suas vantagens e desvantagens. Boa leitura!
Tipos de sistemas solares híbridos
Os sistemas fotovoltaicos podem ser de três tipos: off grid, on grid e híbrido. A seguir, vamos conferir como funciona cada um deles.
Off grid
O gerador de energia solar do tipo off grid é um sistema isolado, pois não está conectado à rede de distribuição de energia elétrica. Sendo assim, demanda o uso de baterias para armazenar a eletricidade produzida.
Costuma ser mais caro que o sistema on grid por ser mais completo, envolvendo três blocos: o bloco gerador, o bloco de condicionamento de potência e o bloco de armazenamento.
O bloco gerador é composto pelos painéis solares, pelo cabeamento e pela estrutura que serve de suporte. O bloco de condicionamento de potência é formado pelos inversores e controladores de carga. O último bloco, por sua vez, contém as baterias que armazenam a energia elétrica gerada.
Esse sistema é usualmente escolhido para atender finalidades específicas, como a eletrificação de cercas e de postes de luz e o bombeamento de água. Os sistemas maiores costumam ser usados em fazendas, comunidades isoladas, centros de mineração e fábricas localizadas em lugares distantes.
On grid
O sistema fotovoltaico on grid difere do primeiro por ser conectado à rede elétrica do município, e por isso é a opção mais comum para suporte de sistemas solares instalados em imóveis residenciais e comerciais localizados em centros urbanos.
Diferentemente do sistema off grid, este conta apenas com dois blocos: o de geração e o de condicionamento de potência.
Seus inversores possuem dupla função: além de transformar a corrente contínua (CC) em corrente alternada (CA), também sincronizam o sistema com a rede de distribuição local (o que é essencial já que o sistema on grid não possui baterias para o armazenamento da energia excedente).
Sendo assim, quem supre a demanda nos momentos em que o consumo supera a produção de energia elétrica é a própria rede distribuidora. Os custos das contas de energia mensais equivalem à diferença entre o total consumido e o total produzido. É cobrado do usuário apenas a energia consumida originada da rede pública.
Quando a produção de energia do sistema fotovoltaico é maior que o consumo, a energia excedente é enviada à rede e transformada em créditos, que podem ser descontados posteriormente.
Esses créditos também podem ser usados por outros imóveis que estejam no nome do proprietário da unidade geradora, desde que integrem a mesma rede de fornecimento elétrico.
Sistema híbrido
Esse modelo de sistema fotovoltaico é composto pelos mesmos componentes dos outros sistemas, combinando duas formas diferentes de armazenamento de energia.
A energia excedente produzida pelo sistema híbrido tem duas destinações. Quando sai do inversor, ela é direcionada para um carregador que permite que ela seja armazenada em baterias para uso posterior e também lançada na rede.
Ao mesmo tempo que conta com um banco de baterias para armazenamento, o sistema também é integrado à rede pública de distribuição.
Os sistemas solares híbridos permitem armazenar energia para ser usada pela unidade geradora durante a noite, altura em que o pico de consumo de eletricidade geralmente é maior.
Dessa forma, quando falta energia da distribuidora durante a noite (os famosos apagões), quem tem um sistema híbrido tem menores riscos de sofrer com esse imprevisto, pois haverá energia suficiente armazenada nas baterias para prover as necessidades do imóvel.
Assim, além de reduzir ainda mais o valor das contas de luz do mês, o sistema fotovoltaico híbrido serve como suporte para ocasiões especiais.
Confira a seguir as principais vantagens e desvantagens dos sistemas solares híbridos.
Vantagens e desvantagens dos sistemas solares híbridos
Recorrer a um sistema solar de autoconsumo híbrido pode garantir vantagens significativas para o ambiente e para o seu orçamento.
As principais delas estão relacionadas a questões financeiras. Além desse tipo de sistema permitir o armazenamento da energia solar para ser usada durante a noite, reduz assim seus consumos de eletricidade vinda da rede tradicional e consequentemente a fatura de eletricidade, pois consome o excedente armazenado nas baterias quando mais necessita de energia.
Outra vantagem importante de ser pontuada tem a ver com a autonomia que o sistema oferece, pois, garante que o imóvel tenha sempre eletricidade disponível, mesmo com apagões na rede de distribuição. Sendo assim, possibilita um cenário de independência energética.
Além dessas vantagens pontuais, o sistema híbrido também promove o uso mais consciente e ponderado da eletricidade, como, por exemplo dar preferência para ligar máquinas e outros aparelhos eletrodomésticos durante o dia, quando a produção de energia é maior.
É inegável que há diversas vantagens relacionadas ao uso de sistemas híbridos para geração de energia solar, mas como tudo tem um contraponto, não seria diferente nesse contexto. Além de todos os benefícios oferecidos por esse tipo de sistema, há outras questões a serem consideradas.
Como se trata de um sistema mais complexo devido às baterias, o sistema híbrido requer um custo de investimento mais elevado quando comparado com os painéis solares fotovoltaicos tradicionais, como os compostos por sistemas on grid.
Essa complexidade envolve também a instalação, que demanda mais espaço para acomodar as baterias adequadamente.
Também é importante considerar que as baterias têm um prazo de vida entre 7 a 15 anos. Uma vez esgotadas, demandam substituição, o que deve gerar ainda mais gastos com manutenção (que em sistemas tradicionais é simples e de baixo custo).
Outros aspectos importantes a serem considerados são o tipo de inversor e a capacidade das baterias, já que esses fatores podem limitar o número de equipamentos a serem usados ao mesmo tempo.
Vale colocar na balança todos os pontos positivos e negativos que envolvem o investimento em um sistema híbrido, de forma a tomar a melhor decisão para o seu projeto. Na maioria dos casos, um sistema on grid pode ser o suficiente para atender a demanda de geração de energia.