Muitas pessoas se perguntam sobre a relação entre a guerra da Rússia contra a Ucrânia e energia solar. Não há dúvidas, afinal, de que o conflito afetou inúmeros mercados ao redor do globo.

Mais do que isso, interferiu nas relações diplomáticas entre os países e, por consequência, na cadeia de suprimentos de diversos setores. Com base nesses fatores, usuários e empreendedores ficam receosos quanto ao futuro.

A invasão das tropas russas ao território ucraniano chocou o mundo e virou notícia em tudo quanto é veículo de comunicação. A partir disso, todos os mercados passaram a se atentar em como a situação atingiria seus negócios.

E muitos deles ainda não sabem ao certo os efeitos do conflito em seus bolsos. O cenário é confuso, mas é possível entender seus impactos na energia fotovoltaica ao analisar alguns pontos.

O que o conflito na Ucrânia tem a ver com energia solar?

Pode parecer estranho para alguns que um conflito do outro lado do mundo impacte um mercado que depende da incidência solar. A grande realidade, entretanto, é que ambos os conceitos estão intrinsecamente interligados.

E a explicação para isso está, primeiramente, na globalização. Com todo o mundo conectado, afinal, ocorre uma espécie de efeito borboleta, em que qualquer problema lá interfira em fatores nos mais diversos países.

conflito russia

Mais do que apenas um embate de duas nações do leste europeu, este é um conflito que atinge diretamente a economia de boa parte dos países da Europa. Com isso, é simples entender que pode ocorrer mudanças no câmbio, na inflação e no mercado de combustíveis.

A alta do dólar, bem como o aumento do preço do barril de petróleo, são pontos importantes para o Brasil. Mais do que isso, interferem diretamente na importação, base do setor de energia solar.

Qual a motivação da invasão à Ucrânia?

Ainda que já tenha ocorrido há algum tempo, muitas são as pessoas que desconhecem a motivação da Rússia para invadir a Ucrânia e como isso interfere na energia solar. O que ocorre, entretanto, é que vários foram os fatores que fizeram com que esse cenário se tornasse realidade. Entre eles, é possível mencionar, por exemplo:

ucrânia e energia solar
  • OTAN: ao considerar aderir à OTAN, a Ucrânia se posicionou contra a Rússia, que entendia que este era um cerco formado em sua fronteira. Entre suas reivindicações, inclusive, estava a saída do país da aliança militar;
  • Soberania ucraniana: mesmo que não faça mais parte da União soviética, os Russos não veem a Ucrânia como uma nação soberana. Dessa forma, entendem que não está em seus direitos aderir à OTAN;
  • Expansionismo: Putin deseja aumentar sua zona de influência e, por conta disso, vê em alguns territórios ucranianos os locais perfeitos para anexar à Rússia;

Vale ressaltar, também, que há uma relação histórica entre os dois países, o que apenas aumenta o conflito. E muito disso envolve itens produzidos na Ucrânia e que interessam à Rússia.

Como a situação da Ucrânia se relaciona com a energia solar?

Ao tentar relacionar os dois temas, não é apenas um ponto que faz com que o conflito na Ucrânia recaia sobre o mercado de energia solar. Na verdade, dois são os principais fatores a serem observados, os quais impactam de forma direta neste setor em específico.

Câmbio

Em momentos de guerras como essa, é comum que os investidores optem por deixar seu dinheiro em um lugar seguro. Com isso, muitos acabam comprando dólar, o que acaba por valorizar a moeda americana. Por consequência, é também natural que outras moedas ao redor do globo se desvalorizem.

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Neste cenário, produtos que são vendidos internacionalmente com preço fixado em dólar ficam mais caros. Em especial, pode-se citar os combustíveis fósseis e outras commodities. Assim, países que dependem da importação de equipamentos para o setor fotovoltaico acabam sendo afetados com grandes aumentos de preço.

Combustíveis

Um ponto interessante a se analisar nesta discussão é que, por conta do frio intenso, grande parte da Europa se utiliza de combustíveis fósseis para se aquecer. Este, em sua grande maioria, é proveniente da Rússia, passando pela Ucrânia antes de chegar aos demais países.

ucrânia e energia solar

Com o conflito armado instaurado, o abastecimento foi cortado em partes, o que fez se acender um alerta vermelho.

Dependentes do suprimento, as nações europeias se veem em uma posição desconfortável, já que não podem incentivar os movimentos russos. Ao mesmo tempo, necessitam que a guerra acabe para serem abastecidos novamente.

Ucrânia, energia solar e a Europa

Por conta do que foi explicado acima, a situação na Europa é diferente da vista no Brasil. Por lá, este grande evento pode incentivar a adoção de fontes renováveis de energia, em especial a fotovoltaica e a eólica. O pensamento é que o ocorrido demonstrou a dependência que os países têm da Rússia, sendo preciso buscar por novas soluções que os tornem autossuficientes.

mapa europa

Dito isso, a expectativa é que o conflito na Ucrânia incentive a adesão à energia solar, especialmente na Europa. Esta seria uma forma de os países proverem sua própria eletricidade sem depender das nações do leste europeu. Mais do que isso, é uma fonte renovável, a qual se encaixa nos ideais mais sustentáveis que os grandes líderes buscam adotar em seus governos.

Ucrânia, energia solar e o Brasil

Do outro lado do globo, o Brasil vê com apreensão todo esse conflito, principalmente por seus efeitos negativos. Como explicado, o dólar apresentou valorização nas primeiras semanas da guerra, interferindo diretamente na vida do brasileiro. O custo da gasolina subiu e impactou a economia canarinho com uma inflação além do esperado.

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Já no mercado de energia solar, os ocorridos na Ucrânia fizeram com que a matéria-prima aumentasse seu preço. Importada, ela tinha seu custo em dólar e não resistiu à valorização da moeda americana. Com isso, os preços apresentaram uma tendência de crescimento, o que fez com que especialistas questionassem a evolução que vinha sendo apresentada.

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