Uma das maiores vantagens da energia solar diz respeito à redução dos gastos que ela gera nas faturas de eletricidade.
Esse é também um dos principais motivos para cada vez mais pessoas estarem interessadas em investir nesse tipo de tecnologia, já que a instabilidade nas contas de luz se tornou uma preocupação para muitos brasileiros nos últimos anos.
Apesar da energia solar promover uma economia considerável, nem sempre é possível chegar a 100%, e isso se deve à existência de uma taxa chamada de custo de disponibilidade. Quer saber mais sobre essa cobrança e como ela funciona? Confira mais detalhes a seguir.
O que é o custo de disponibilidade?
Trata-se de uma taxa mínima de energia elétrica, que abarca todos os sistemas conectados à rede pública (sistemas on grid). É por causa dela que suas contas de luz não serão zeradas, nem mesmo depois de aderir à energia solar.
Essa taxa envolve um valor cobrado pela distribuidora de energia elétrica, para que seja disponibilizado o serviço de eletricidade para o seu imóvel. Serve principalmente para cobrir todo o custo da infraestrutura que assegura o abastecimento de energia elétrica aos moradores de determinado local.
Seu pagamento é obrigatório mesmo que a energia solar produzida pelo sistema fotovoltaico seja suficiente para cobrir o consumo mensal de energia do seu imóvel. Isso também vale para edificações desocupadas, que mantêm a ligação de energia ativa.
Como seu próprio já sugere, o custo de disponibilidade é cobrado pelo serviço de disponibilização da energia elétrica à sua casa, comércio ou indústria, mesmo que a mesma não seja utilizada.
A cobrança dessa taxa foi estabelecida em 2010 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), através da Resolução Normativa nº 414.
Como há diferentes padrões de conexão, existem também valores distintos para acompanhá-los. A própria concessionária de energia é quem define o padrão de conexão de um imóvel ao realizar a ligação de energia. Para isso, é realizada uma avaliação dos equipamentos elétricos do local, de modo a identificar o perfil do consumidor.
Os principais padrões de conexão são:
- Padrão monofásico: o custo de disponibilidade equivale a 30 kWh (quilowatts-hora);
- Padrão bifásico: a taxa mínima corresponde a 50 kWh;
- Padrão trifásico: o custo de disponibilidade é igual a 100 kWh.
Para saber qual é o padrão estabelecido pela concessionária para o seu imóvel, basta verificar a sua conta de luz.
A única forma de escapar definitivamente da cobrança da tarifa mínima é por meio de um sistema fotovoltaico do tipo off-grid. Para saber mais sobre esse sistema, confira a seguir.
Como se livrar da cobrança do custo de disponibilidade?
Diferentemente dos sistemas on-grid, os sistemas off-grid não possuem conexão com a rede pública de energia, portanto não é necessário pagar as contas de luz.
No entanto, para compensar a falta de conexão com a rede, esse sistema depende de um banco de baterias estacionárias, que ficam encarregadas de armazenar toda a energia excedente gerada pelas placas fotovoltaicas.
A energia “que sobra” fica armazenada, disponível para prover eletricidade para a unidade geradora quando necessário, mesmo durante a noite, por exemplo, quando o sistema não está gerando energia.
Mas será que de fato vale a pena optar por um sistema desconectado da rede só para não precisar pagar o custo de disponibilidade? Muitos especialistas afirmam que nem sempre essa é a opção com melhor custo-benefício, justamente por demandar o investimento de baterias específicas e com grande capacidade para sustentar o consumo autônomo.
As baterias e os sistemas off-grid em geral têm um custo elevado, consideravelmente maior do que o valor de um sistema do tipo on-grid. Muitas vezes, é mais vantajoso investir na segunda opção, mesmo que seja necessário pagar a tarifa mínima de disponibilidade para estar conectado à rede.
A instalação de sistemas off-grid é mais indicada para lugares remotos, como em áreas rurais que não possuem fácil acesso à rede pública de distribuição de energia elétrica.
Já que fugir da cobrança do custo de disponibilidade nem sempre é viável, a saída é focar em maneiras de pagar apenas o que é cobrado por ela. Você já sabe como: através do investimento em energia solar. Continue a leitura para saber mais.
Pagando apenas a taxa mínima de energia elétrica
Se você acompanha as novidades e principais inovações no setor de energia renovável, então já sabe que a energia solar é provavelmente uma das mais acessíveis e vantajosas formas de produzir sua própria energia.
Os sistemas on-grid são os mais comuns e, muitas vezes, os mais recomendados para obter energia solar. Através do investimento nessa tecnologia, é possível pagar somente a taxa mínima cobrada pela concessionária de energia, garantindo uma economia considerável nas contas de luz.
Através do sistema on-grid, a energia excedente produzida pelos painéis solares será injetada na rede para gerar os créditos energéticos. A Resolução Normativa 482/12 da ANEEL determina que toda energia produzida e não consumida pode ser “emprestada” à rede pública de energia e devolvida como compensação.
Essa lei é uma das medidas que incentiva a produção de energia limpa, permitindo que você faça uma espécie de troca com a rede elétrica. Os créditos excedentes serão abatidos automaticamente na sua conta de luz sempre que você precisar e isso significa ainda mais economia para o seu bolso.
Ainda assim é preciso arcar com o custo de disponibilidade. Isso explica porque não é possível zerar completamente a conta de luz, o que não anula o fato da energia solar garantir uma economia muito atrativa, que pode chegar a 95% do valor das faturas de eletricidade.
Essa é uma vantagem importante ser considerada, sobretudo ao considerar as atuais condições do abastecimento de energia no Brasil, com o valor da tarifa de energia subindo cada vez mais.
Além da economia, há muitas outras vantagens que o investimento em energia solar fotovoltaica pode garantir. Essa é uma tendência que só cresce no Brasil e em todo o mundo, adaptável para diversos perfis de consumidor: seja residencial, empresarial, industrial, etc.
Apesar de o custo de disponibilidade ser uma tarifa obrigatória, podemos concordar que esse é um gasto ínfimo perto de toda a economia garantida através da geração de energia solar.
O investimento envolvido em um sistema fotovoltaico apresenta retorno em até 8 anos, o que significa a produção de energia praticamente de graça por praticamente duas décadas, já que a vida útil dos sistemas fotovoltaicos é de pelo menos 25 anos.
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