De acordo com os dados obtidos por meio das últimas pesquisas feitas no setor de energia solar, o segmento vem expandindo bastante sua linha de atuação, tanto em número de empresas como de profissionais — e estes números podem ajudar a desvendar quantos integradores existem no Brasil. Saiba mais!
Considerando apenas o segmento de geração centralizada por grandes usinas, o mercado de energia solar no Brasil corresponde a 2,4% de toda a matriz elétrica nacional, que conta com mais de 4,5 Gigawatts (GW) de potência instalada segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Esses valores são importantes para ressaltarmos quão grandes são os investimentos e a utilização de energia solar no país em atividade. Para descobrirmos quantos integradores existem no Brasil, é necessário analisar o histórico da energia fotovoltaica nacional e seus principais fornecedores e facilitadores.
Quantos integradores existem no Brasil: o desenvolvimento do mercado nacional de energia solar
Antes de sabermos quantos integradores existem no Brasil, é necessário fazer um giro no tempo e entender mais sobre o histórico do país no segmento de energia solar para entender a proliferação do movimento e ter noção das atividades nacionais em relação a outros países atuantes na área.
Embora esteja em muito destaque no momento, esse setor, basicamente, surgiu apenas no ano de 2012 — mas isso não significa que seu uso só se deu a partir daí. Em uma análise feita por pesquisadores, foi comprovado que o uso de energia solar já acontecia no país antes da data.
O que tornou o ano de 2012 significativo para o desenvolvimento do mercado foi o processo de homologação da Resolução Normativa 482, feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), responsável por criar as regras da geração distribuída sendo considerada como um marco legal da energia solar.
Leia também: Como está o mercado de energia solar no Brasil?
A partir dessa resolução oficial, a geração de energia solar passou a se tornar viável a todos os brasileiros interessados, que, desde então, tiveram permissão para conectarem seus equipamentos à rede de distribuição e gerar os créditos solares a partir do índice excedente de energia elétrica — que podem ser compensados e ajudam a reduzir o valor das tarifas das contas de luz em até 95%.
Embora o ano de 2012 seja considerado o mais importante para a energia solar no país, seu funcionamento centralizado ainda demorou um tempo a mais para acontecer. Em 2014 ocorreu o primeiro leilão de energia de reserva que incluiu as usinas de energia solar em seu edital. Por sua vez, a construção dessas usinas seguiram até o ano de 2017, então, oficializando o surgimento da geração centralizada no Brasil.
Resolução Normativa 687
Por sua vez, a Resolução Normativa 687 de 2015, da Aneel, foi responsável por criar três novas modalidades de geração distribuída: a geração compartilhada, o autoconsumo remoto e as múltiplas unidades consumidoras.
- Geração compartilhada: acontece quando mais de um consumidor (dentro de uma mesma área de concessão) recorre à energia solar com a ajuda de um consórcio ou cooperativa;
- Autoconsumo remoto: é quando a unidade consumidora que gera a energia solar não está localizada na mesma unidade que fará seu consumo;
- Geração por múltiplas unidades consumidoras: caracteriza-se pela utilização de energia elétrica de forma individualizada por cada unidade consumidores, mas administrada pelo condomínio, proprietários, administração local e afins.
Com a criação das modalidades supracitadas, foi possível enxergar o crescimento do público da geração distribuída, que, por sua vez, ajudou a expandir o mercado de energia solar no Brasil.
Quantos integradores existem no Brasil: principais empresas de energia solar no país
Cada vez mais impactados pelo crescimento populacional e de consumo, governos, iniciativa privada e consumidores investem em meios de utilizar fontes renováveis de energia. Estima-se que até 2030 a mini e microgeração distribuída de energia solar tenham a adoção de mais de 3 milhões de brasileiros.
Com mais de 12 mil megawatt (MW) instalados na matriz elétrica brasileira, o mercado de energia solar do país cresce a cada dia — e de forma expansiva — tanto em residências, quanto em áreas rurais, industrias, empresas e comércios, de acordo com um levantamento feito pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Leia também: Quem gera a própria energia elétrica também paga bandeira vermelha?
A partir destes dados, é possível se questionar sobre quais são as maiores e principais empresas de energia solar, tanto de produção como de utilização, no Brasil.
Maior empresa instaladora de energia solar do Brasil
O ponto em comum entre as principais empresas que fornecem energia fotovoltaica no país é o fato de serem localizadas no estado de São Paulo. A maior do Brasil também ficar lá: a CPFL Energias Renováveis SA, que, nos últimos anos, chegou a registrar 1 megawatt de energia solar em operação.
Contudo, devemos apontar que se projeto de construção conta com mais de 450 megawatts, assim, elevando sua instalação a 2,1 GW em parques eólicos, pequenas hidrelétricas e fábricas de biomassa em todo o território brasileiro. Além disso, mais de 2,6 GW em projetos estão sendo desenvolvidos, incluindo fontes de energia solar, hidrelétrica e eólica.
Maior usina de energia solar do Brasil
Localizada em São Gonçalo do Gurguéia, no Piauí, a Usina São Gonçalo é tida atualmente como a maior usina de energia solar do Brasil. Com capacidade anual de 1.500 GWh, obtidas por meio de placas solares bifaciais (que atuam na captação de luz solar dos dois lados), a Usina São Gonçalo possui capacidade de geração de 475 MW.
Ainda assim, ela também é responsável pela preservação do meio ambiente, evitando a emissão de mais de 860 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera — isso sem contar o grande percentual de volume de energia solar produzido para o país.
Maior complexo de geração de energia fotovoltaica compartilhada do Brasil
É o estado do Espírito Santo que abriga o maior complexo de geração de energia fotovoltaica do Brasil. A iniciativa inaugurada tem como objetivo a produção de energia elétrica para todas as agências da cooperativa de crédito situadas na área de concessão da EDP Brasil, holding brasileira do setor elétrico, em todo sua extensão.
Sua máxima geração de energia conseguirá alcançar mais de 140 mil kWh por mês, quantidade suficiente para abastecer cerca de 500 residências. Além disso, também é estimado que seu abastecimento consiga chegar a 2,5 mil residências ou estabelecimentos comerciais nos próximos anos, contando com o investimento total de R$ 35 milhões.
Maior estacionamento solar do Brasil
A Enel, empresa de distribuição de energia, inaugurou na cidade Anápolis, no estado de Goiás, o maior estacionamento solar do Brasil: ele possui mais de 2,9 mil geradores fotovoltaicos na área, que percorre um espaço de 5,6 mil m².
Por meio de seu espaço, é possível economizar energia de 2.424,70 MWh ao ano, força capaz de abastecer 1.350 residências, cujo consumo mensal gire em torno de 150 KWh anualmente.
Leia também: Como a Coca-Cola está criando projetos sustentados pela energia solar?
Quantos integradores existem no Brasil?
Com a absorção de todos esses dados sobre o atual movimento e empresas por trás da geração de energia solar no país, chegou o momento de descobrir quantos integradores existem no Brasil.
Atualmente, o Brasil conta com mais de 20 MIL INTEGRADORES atuantes no mercado de energia solar, entre fabricantes de equipamentos e serviços de instalação para geração distribuída.
Para termos comparativos, em 2021, foi gerada 450 novas empresas fotovoltaicas — que correspondem a um aumento de 27% comparado aos números atuais.
Agora que você já descobriu quantos integradores existem no Brasil, acesse o nosso blog para ler outros conteúdos sobre o mercado energia solar nacional.