Determinar o custo para instalar um sistema de energia solar não é uma tarefa tão simples, já que há diversas variáveis que podem interferir no preço final. Ainda assim, os benefícios que a energia solar oferece superam todos os custos envolvidos ao proporcionar economias significativas na conta de luz.
A energia solar tem se tornado uma opção cada vez mais acessível, possibilitando que todo tipo de consumidor possa usufruir das suas vantagens econômicas e ambientais. Independente do perfil de consumo do comprador, é importante traçar uma análise da viabilidade financeira desse investimento.
Pensando nisso, preparamos este artigo para te ajudar a calcular quanto custa para instalar um sistema de energia solar no ano de 2023. Vamos lá!
O que é preciso em um sistema fotovoltaico?
Antes de falarmos sobre os custo para instalar um sistema de energia solar, é preciso entender tudo o que envolve a instalação de um sistema fotovoltaico.
Esse procedimento demanda o desenvolvimento de um projeto de engenharia que atenda aos requisitos de cada cliente, a aquisição dos equipamentos necessários, a realização da homologação do sistema e, finalmente, a instalação das placas solares. Veja mais a seguir.
Placas solares e inversores
As placas solares também são conhecidas como painéis ou módulos fotovoltaicos. Esses são os principais componentes de um sistema de energia solar, já que são responsáveis por captar os raios solares e transformá-los em energia.
Esses itens podem ser de primeira, segunda ou terceira linha. As placas de primeira linha são geralmente fabricadas por empresas reconhecidas no setor, que utilizam material de alta qualidade e tecnologia inovadora. São, portanto, as opções mais caras. Dependendo da capacidade da placa, seu valor unitário normalmente varia entre mil e dois mil reais.
Os inversores também são de suma importância, pois servem para converter a energia gerada pelos painéis solares em corrente contínua (CC) para corrente alternada (CA).
A maioria dos aparelhos e equipamentos elétricos que utilizamos diariamente opera em corrente alternada, portanto, o inversor é necessário para que a energia produzida possa ser utilizada de forma adequada em nossas casas, empresas e indústrias.
Há diferentes tipos de inversores que são utilizados na instalação de sistemas solares fotovoltaicos, incluindo inversores string e microinversores. Cada tipo tem suas vantagens e adequação para diferentes cenários de instalação.
Em geral, o microinversor pode apresentar um custo um pouco mais elevado, mas dispõe de algumas vantagens que são muito atrativas a longo prazo, especialmente para uso em instalações solares residenciais.
Estruturas de fixação
A escolha adequada da estrutura de fixação pode ter um impacto significativo na eficiência e vida útil do sistema solar, além de garantir a segurança dos componentes e das pessoas envolvidas.
Essas estruturas também são componentes fundamentais em sistemas de energia solar fotovoltaica, pois têm a função de fixar e posicionar os painéis solares de forma segura e eficiente.
Elas são projetadas para suportar o peso dos painéis, resistir a ventos, chuvas e outras condições climáticas adversas, além de garantir a correta orientação e inclinação para maximizar a captação de energia solar.
Para definir o espaçamento e o modelo de estrutura mais apropriado para o sistema em questão, é preciso realizar uma avaliação minuciosa e se certificar de que não haverão infiltrações e outros tipos de consequências para a garantia do telhado.
Outra opção possível é realizar a fixação diretamente no solo. Essa é geralmente a mais cara de todas, já que exige mais metal para a sua montagem. É também um procedimento de instalação mais complexo e demorado.
Projeto e homologação
O projeto e homologação são etapas fundamentais para garantir que a instalação seja segura, eficiente e esteja em conformidade com as regulamentações e normas.
O projeto é desenvolvido para determinar a quantidade de placas necessárias, a potência ideal delas, qual será a localização da instalação e quais as estruturas ideais para realizá-la. Quando bem feito, o projeto serve para assegurar que a produção mensal seja totalmente atendida.
Nessa etapa, é feito o dimensionamento do sistema solar, processo que leva em conta a média de consumo elétrico, a potência dos painéis solares, a capacidade do inversor e a necessidade de armazenamento de energia, caso sejam utilizados sistemas de baterias.
Falaremos mais sobre o dimensionamento em outro momento. Por enquanto, basta saber que após ele ser realizado, é elaborado o projeto elétrico e mecânico do sistema. O projeto elétrico detalha a conexão dos painéis solares em série ou paralelo, a distribuição dos circuitos, o trajeto dos cabos e a interligação com o inversor e o sistema elétrico existente.
O projeto mecânico fica encarregado de definir a estrutura de fixação dos painéis, levando em conta as características do telhado ou terreno onde serão instalados.
É também durante o desenvolvimento do projeto que outros detalhes são observados, como a averiguação se o telhado da edificação consegue suportar o peso das placas, por exemplo. Caso não consiga, pode ser necessário reforçá-lo antes de fazer a instalação.
Após a elaboração do projeto, é necessário submetê-lo para homologação junto à concessionária local. Isso ajuda a garantir que ele esteja em conformidade com as normas e regulamentações aplicáveis. Sua solicitação é feita pela empresa responsável pelo projeto, e caso algum detalhe não esteja de acordo com as normas, pode ser necessário fazer ajustes para obter a autorização.
Agora que você já conhece os principais equipamentos e processos que fazem parte da instalação de um sistema de energia solar, é hora de entender um pouco mais sobre o dimensionamento. Confira!
Como fazer o dimensionamento do sistema?
Como mencionado brevemente acima, o dimensionamento é o estudo e a análise das especificidades do local onde o sistema fotovoltaico será instalado. É nessa etapa que são identificados e escolhidos os equipamentos que serão utilizados para a produção de energia, e calculada a quantidade necessária de painéis para o projeto.
O dimensionamento é, portanto, basicamente um tipo de planejamento para a instalação do sistema. Para definir o tamanho do sistema, a empresa responsável conversa com o cliente para definir o quanto ele quer investir e quanto deseja economizar nas contas de luz.
As principais variáveis dentro de um dimensionamento de energia solar são o consumo elétrico do imóvel, a média de radiação solar local e a potência do painel solar. Veja a seguir mais detalhes sobre cada uma delas.
Consumo elétrico do imóvel
Os projetos fotovoltaicos são realizados para suprir todo o consumo elétrico de um imóvel – ou, pelo menos, boa parte dele. Sendo assim, o tamanho do sistema e a quantidade de placas são aspectos determinados pela demanda energética do local.
Isso significa que quanto maior for o consumo de uma residência, empresa ou indústria, maior precisará ser a quantidade de painéis para atendê-lo de maneira satisfatória.
É possível obter uma média do consumo mensal ao somar o consumo em kWh que consta nas suas últimas doze contas de luz, dividindo por 12. Essa é uma das informações que servirão de base para a realização do orçamento do projeto.
Quanto mais cara for a conta de luz, maior será o valor inicial necessário para a instalação do sistema. Levando isso em consideração, a tendência é que os valores sejam maiores nos casos de instalação de painéis fotovoltaicos em empresas e indústrias.
Ainda assim, é nos casos de maior consumo que o investimento mais vale a pena, pois a economia de energia acaba gerando um retorno financeiro ainda mais rápido.
Uma possibilidade interessante é optar pela instalação de uma quantidade menor de painéis, cobrindo apenas uma parte do consumo do imóvel – como apenas o abastecimento de aparelhos de ar-condicionado, por exemplo.
Apesar de não suprir toda a demanda por energia, essa solução ajuda a reduzir consideravelmente os gastos com equipamentos que têm um alto consumo energético.
Média de radiação solar local
A energia radiante liberada pelo Sol e transmitida para a Terra sob a forma de ondas eletromagnéticas é chamada de radiação solar, um aspecto que é fundamental para a geração de energia fotovoltaica. O Brasil está entre os países que possuem maior potencial nesse sentido.
Essa radiação varia de acordo com alguns aspectos, como as condições atmosféricas do planeta, horário do dia, clima da região e localização geográfica. De acordo com o Atlas Brasileiro de Energia Solar, incide diariamente em nosso país entre 4.444 Wh/m² a 5.483 Wh/m².
A energia solar gerada pelos módulos fotovoltaicos é obtida a partir da incidência da luz do Sol que chega à superfície, ou seja, da radiação solar. Quanto maior a média de radiação solar no local de instalação, menos painéis serão necessários para suprir o volume de energia consumido no imóvel.
Potência do painel solar
A potência de um painel solar é uma das principais características que definem sua capacidade de geração de energia elétrica. Ela é medida em watts (W) e representa a quantidade de energia que o painel é capaz de produzir sob determinadas condições.
Os painéis apresentam uma potência de geração de fábrica, que varia de acordo com seu modelo, composição e tecnologia usada para a sua fabricação. Essa medida é geralmente especificada pelo fabricante e representa a potência máxima que o painel pode fornecer em condições ideais de radiação solar, temperatura ambiente e outros parâmetros padronizados.
Essas condições são conhecidas como “STC” (Condições Padrão de Teste) e são usadas para fins de comparação entre diferentes painéis solares. Portanto, é importante entender que a potência nominal de um painel solar não é uma garantia absoluta de desempenho, mas sim uma especificação técnica que indica sua capacidade máxima sob condições ideais de teste.
Hoje em dia, as instalações residenciais, por exemplo, costumam utilizar placas solares com potência a partir de 340 Watts-pico (Wp). Mas as inovações não param. Avanços tecnológicos têm surgido o tempo todo, permitindo o desenvolvimento de painéis solares mais eficientes, capazes de gerar mais energia em menos espaço.
Como a potência nominal é definida a partir de condições padrão de teste, é preciso levar em conta outros fatores ao dimensionar um sistema de energia solar fotovoltaica. Naturalmente, esses aspectos também acabam interferindo no investimento inicial necessário. Veja a seguir quais são eles.
Quais as variáveis que afetam o custo para instalar um sistema de energia solar?
Além da potência dos painéis solares, há alguns outros fatores que influenciam diretamente no custo para aquisição de um sistema fotovoltaico. Neste tópico, veremos mais detalhes sobre as principais variáveis. Acompanhe!
Orientação do telhado
A orientação do telhado em relação ao sol tem um impacto significativo na geração de energia de um sistema fotovoltaico, uma vez que pode afetar a quantidade de luz solar que os painéis solares recebem ao longo do dia.
Esse fator interfere diretamente na eficiência e na produção de energia do sistema. Uma orientação adequada contribui aumentando a quantidade total de energia gerada e, consequentemente, reduzindo a necessidade de energia proveniente da rede elétrica.
Por outro lado, más decisões nesse sentido podem demandar a instalação de mais painéis para alcançar a geração de energia desejada.
Em países localizados no hemisfério sul, como é o caso do Brasil, o ideal é que o sistema fotovoltaico seja instalado com a orientação para o Norte. Se não for o caso, não tem problema, já que a redução na produção de energia para aqueles com painéis apontando para o Oeste e Leste é de aproximadamente 15%, um número relativamente pequeno.
Já no caso de telhados orientados para o Sul, há algumas alternativas que ajudam a minimizar as perdas. Uma das principais é o uso de um suporte especial que ajuda a diminuir a inclinação do arranjo fotovoltaico para o sul, aumentando sua exposição à radiação solar. Isso representa um acrescimo de quanto custa para instalar um sistema de energia solar.
Inclinação do telhado
Outro fator crucial que afeta a geração de energia solar de um sistema fotovoltaico é a inclinação do telhado no qual ele será instalado. Esse fator determina o ângulo de inclinação dos painéis solares em relação ao sol, o que também influencia diretamente na quantidade de luz solar captada pelos painéis e, consequentemente, na eficiência e na produção de energia do sistema.
A inclinação do telhado é medida em graus e pode variar de acordo com a região geográfica e as preferências do projeto. Na região Sudeste, um ângulo de inclinação de aproximadamente 22° para o norte é considerado ideal para a instalação dos painéis.
Quando é favorável, essa inclinação ajuda a potencializar a eficiência do sistema, sendo necessários menos painéis para atender a demanda de energia. Se o cenário não for tão positivo, pode interferir no nível de complexidade de instalar um sistema de energia solar, exigindo um investimento maior.
Além disso, a inclinação do telhado também pode afetar a autolimpeza dos painéis. Uma inclinação mais acentuada facilita a remoção de sujeira e detritos pelas chuvas, enquanto uma inclinação mais suave pode reter poeira e sujeira por mais tempo, demandando manutenções preventivas mais frequentes para evitar a redução da eficiência do sistema.
Distância entre instalação e conexão
Um fator que pode alterar e muito o custo do projeto na hora de instalar um sistema de energia solar, é a distância entre o sistema e o ponto de conexão. Isso porque quanto maior a distância, mais cabos elétricos e materiais serão necessários para finalizar a obra.
Vale a pena atentar também para o risco de perda de energia devido à resistência elétrica dos fios. Para compensar isso, podem ser necessários cabos mais grossos ou sistemas de transmissão mais eficientes, o que acarreta em mais custos extras ao projeto.
Tipo de estrutura de fixação
Por fim, outro fator determinante para prestar atenção é o tipo da estrutura de fixação que será utilizada como suporte dos módulos fotovoltaicos, sejam eles presos a um telhado ou diretamente ao solo.
Como vimos anteriormente, as estruturas de fixação são parte fundamental na hora de instalar um sistema de energia solar fotovoltaica. O custo dessas estruturas pode variar de acordo com alguns aspectos.
Telhados coloniais ou cerâmicos geralmente envolvem custos de instalação superiores aos telhados metálicos (usados principalmente em indústrias). Isso, é claro, pode variar de acordo com o fabricante. Já se a edificação tiver coberturas de fibrocimento, é preciso contar com parafusos estruturais, já que a fixação do sistema nesses casos é um pouco mais complexa.
Normalmente, as usinas instaladas diretamente no solo costumam ser mais caras, já que, além da estrutura metálica de fixação, é preciso considerar os custos civis com as fundações em concreto para acomodar os suportes.
O que dizem as estimativas?
Desde que a produção de energia solar passou a ser regulamentada no Brasil, os valores envolvidos nesse investimento passaram por algumas mudanças importantes, tornando-se mais acessíveis ao consumidor final.
Os fatores que determinaram esse cenário foram a redução dos custos de venda dos equipamentos na cadeia de distribuição e a alta competitividade no setor. As informações são do Estudo Estratégico de Geração Distribuída 2022 para o Mercado Fotovoltaico.
Para se ter uma noção, os preços médios para o cliente final em junho de 2022 apresentaram uma redução de 4,5% em relação a janeiro do mesmo ano. A variação é ainda maior para usinas solares residenciais e para pequenos negócios, o equivalente a 5,9% de redução. Já para os projetos de maior porte, a queda foi de em média 3,4%.
De modo geral, o sistema solar para residências pode custar entre R$ 13 mil a R$ 55 mil. Como o sistema é modular, pode ser dimensionado de acordo com as necessidades de cada cliente. Veja a seguir algumas possibilidades e seus respectivos valores estimados:
- Casa pequena, com 2 a 3 moradores – Sistema de 1.6Kwp custa de R$ 13.500 a R$ 16.000;
- Casa média, com 3 a 4 moradores – Sistema de 2,2Kwp custa de R$ 15.740 a R$ 18.600;
- Casa média, 4 moradores – Sistema de 3,3Kwp custa R$ 20.500 a R$ 23.800;
- Casa grande, 4 a 5 moradores – Sistema de 4,4Kwp custa de R$ 24.640 a R$ 30.800;
- Casa grande, 5 moradores – Sistema de 5,3Kwp custa de R$ 26.500 a R$ 30.750;
- Mansões, mais de 5 moradores – Sistemas de até 10Kwp custam de R$ 47.000 a R$ 55.000.
Já o preço da energia solar para comércios e indústrias é bem mais elevado, conforme você pode conferir abaixo:
- 100Kw – R$ 400.000 – R$ 490.000;
- 500Kw – R$ R$1,8Mi – R$2.25Mi;
- 1MW – R$ 3,5mi – R$ 4Mi.
Como deu para notar, investir em energia solar pode representar um peso considerável no bolso do cliente. Qualquer que seja o caso, é importante oferecer condições variadas e facilitadas de pagamento para viabilizar esse investimento. Continue a leitura para saber mais.
Por que é importante oferecer opções de financiamento?
Muita gente prefere priorizar o pagamento à vista para não correr o risco de se endividar, mas essa forma de pagamento muitas vezes foge do alcance quando o bem desejado requer um grande investimento inicial, como um sistema de geração de energia solar, por exemplo.
Nesses casos, é trabalho do integrador solar ampliar as possibilidades de pagamento que serão apresentadas para os seus clientes. O financiamento solar é uma das principais facilidades nesse sentido, com condições que podem variar quanto à carência, prazo de pagamento, taxas de juros e outros detalhes.
O financiamento solar funciona de maneira semelhante a qualquer outro tipo de financiamento. Tudo começa com uma simples análise de crédito em relação ao cliente. Se o nome dele estiver ok, o empréstimo é liberado.
Qualquer pessoa ou empresa pode contratar a instalação de um sistema fotovoltaico financiado por linhas de crédito para energia solar, desde que o imóvel que receberá os equipamentos esteja conectado à rede elétrica.
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Toda empresa de energia solar deve considerar incluir algumas opções de financiamento em seu processo de vendas. Essa é uma forma de tornar essa tecnologia mais viável e acessível para diferentes públicos, e, ao mesmo tempo, explorar mercados diferentes e alavancar seus resultados de vendas.
Ao contar com diversas linhas de crédito, sua empresa tem uma vantagem competitiva em relação à concorrência. Essa é maneira estratégica de se tornar uma referência no seu setor de atuação.
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10 Motivos para ser um integrador Solfácil
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