O setor de energia solar é bastante dinâmico e sempre conta com inovações interessantes para atrair o interesse de pessoas que desejam investir nesse tipo de tecnologia, e assim são os painéis monocristalino e o policristalino.
Com tanta diversidade, é preciso saber diferenciar os materiais e formas de fabricação dos equipamentos mais importantes, como os painéis solares. Até mesmo porque aspectos como esses acabam impactando no orçamento final do projeto e no desempenho do sistema.
Atualmente, os painéis cristalinos ocupam uma fatia relevante do mercado de energia solar. Isso se deve ao fato de oferecerem uma série de vantagens quando comparados aos módulos fabricados com outros materiais.
No mercado brasileiro, o silício monocristalino e o policristalino são as tecnologias mais utilizadas hoje em dia. Confira a seguir tudo o que você precisa saber para escolher os melhores painéis.
O que são painéis cristalinos?
Os painéis solares funcionam a partir da captação da luz solar, e por isso precisam ser fabricados com materiais semicondutores. Esse tipo de material é composto por átomos carregados com elétrons, e um dos principais exemplos explorados atualmente é o silício, responsável pela maior parte da produção mundial de painéis solares.
Há diversas formas de utilizar o silício na fabricação dos painéis solares. A principal diferença entre elas está na pureza do material, que quanto maior for, melhores e mais eficientes serão os painéis.
As células fotovoltaicas fabricadas com silício podem dar origem a painéis monocristalinos e policristalinos. Essas são algumas das principais tecnologias aplicadas hoje em dia. Apesar do material utilizado ser o mesmo, elas se diferenciam devido ao método adotado para a fundição dos cristais, que oferece resultados diferentes em relação à geração de energia.
Continue a leitura para descobrir mais detalhes sobre esses métodos.
Módulo monocristalino e o policristalino
Tanto os módulos monocristalinos como os policristalinos possuem a mesma matéria prima: o silício. A principal diferença entre eles é o método utilizado na manipulação do material.
Os módulos policristalinos são desenvolvidos a partir de vários pequenos cristais de silício. Ao serem fundidos, esses cristais dão origem a grandes blocos, a partir dos quais são produzidas as células fotovoltaicas. Já os módulos monocristalinos são formados por um único bloco cristalino, que é, portanto, mais puro em comparação às estruturas policristalinas.
A passagem de corrente elétrica pelos módulos policristalinos é mais dificultosa, uma vez que eles são formados por vários cristais.
Isso faz com que os monocristalinos sejam considerados uma tecnologia mais interessante, sobretudo sobre o aspecto da potência por área – a passagem da corrente elétrica é facilitada por conta da maior disponibilidade de espaço para os elétrons se moverem e gerarem energia.
Esses módulos podem ser diferenciados pela aparência física. Enquanto os monocristalinos apresentam uma cor homogênea e cantos arredondados (aspectos que indicam sua alta pureza), os policristalinos são azulados, em uma tonalidade que pode apresentar algumas variações. Vejamos mais detalhes a seguir.
Painel solar fotovoltaico monocristalino
Já faz alguns anos que a tecnologia que emprega o silício monocristalino para fabricação de painéis fotovoltaicos vem ganhando espaço no setor. A tendência é que esse tipo domine cada vez mais o mercado, deixando o policristalino de lado.
Os painéis de silício monocristalino são desenvolvidos a partir de um único cristal de silício ultra puro, cortado em várias partes com o intuito de criar lâminas individuais. Essa tecnologia é a que resulta em painéis com maior eficiência, variando entre 14% e 22%.
Como são mais eficientes, esses painéis precisam de menos espaço para gerar a mesma quantidade de eletricidade dos painéis policristalinos. Outra vantagem é que o módulo monocristalino tende a funcionar melhor em condições de pouca luz ou mediante a incidência de sombras.
Para se ter uma ideia, os resultados obtidos com o silício monocristalino são tão notáveis que essa tecnologia tem sido utilizada também no processo de fabricação de diversos tipos de equipamentos eletrônicos.
Como os painéis monocristalinos são desenvolvidos a partir de uma tecnologia avançada e com matéria-prima de alta pureza, geralmente apresentam um custo mais elevado em comparação a outras opções. Outra desvantagem fica por conta do corte realizado nesse modo de fabricação, que resulta no desperdício de grandes quantidades de silício.
Painel solar fotovoltaico policristalino
Também chamado de silício multicristalino ou poli-silício, essa opção envolve um método de fabricação mais simples e, consequentemente, mais em conta, o que explica porque ela dominou o mercado ao longo de muito tempo.
Sua relevância no setor fotovoltaico já chegou a mais de 90% em relação a outras tecnologias. De uns anos para cá, os painéis policristalinos vêm perdendo espaço, mas ainda seguem entre as tecnologias mais utilizadas devido ao custo-benefício que oferecem.
O silício policristalino é obtido a partir do derretimento da matéria-prima, que em seguida é fundida em um único bloco, moldada e cortada em folhas, formando múltiplos cristais. O método de corte utilizado resulta em painéis com bordas retangulares, o que facilita a diferenciação dos módulos monocristalinos.
Esse modo de fabricação é mais simples e recente, e o resultado de desempenho é semelhante ao anterior. A única diferença fica por conta da eficiência, cujos níveis variam em torno de 14% e 20%.
Essa diferença é devido à menor pureza do poli-silício. Além disso, o método aplicado faz com que as células fotovoltaicas sejam encapsuladas durante o processo de montagem, fazendo com que a luz que chega à superfície seja filtrada pelo material. Isso explica porque os painéis policristalinos demandam uma área maior para gerar a mesma quantidade de energia que os monocristalinos.
Por outro lado, uma vantagem que vale a pena ser reconhecida é que nesse tipo de produção há maior aproveitamento da matéria-prima utilizada, gerando menos resíduos. Outro ponto positivo é que os painéis feitos de silício policristalino possuem um valor mais acessível, o que se deve ao método de produção mais ágil e simples.
Já que esclarecemos qual a diferença entre os diferentes tipos de módulos de silício cristalino, que tal conferir mais detalhes sobre o avanço da tecnologia monocristalina, que está cada vez mais em alta? Confira a seguir.
Principais tecnologias de módulos monocristalinos
Como foi observado que os painéis monocristalinos oferecem uma eficiência superior aos demais tipos disponíveis no mercado, o setor de energia solar tem investido pesado em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias que possam potencializar ainda mais seu desempenho. Conheça a seguir algumas das principais.
Painel solar monocristalino PERC
A sigla PERC vem de Passivated Emitter Rear Cell (que pode ser traduzido como célula traseira do emissor passivado, contato traseiro do emissor passivado ou, ainda, emissor passivado e célula traseira). Em todos os casos, o significado é o mesmo.
Essa tecnologia representa uma evolução significativa no mercado das células de silício. Ela já existe há muitos anos, mas foi há pouco tempo que ela passou a ser aplicada comercialmente, trazendo resultados impressionantes.
O grande diferencial entre um painel monocristalino comum e um painel monocristalino do tipo PERC é que esse último apresenta uma camada muito fina na parte de trás da célula, o que resulta em maior eficiência em função do modo como os elétrons são recombinados nessa área.
Outro ponto a favor dessa tecnologia é que a passivação gera um efeito óptico: a luz reflete no fundo da célula, fazendo com que os raios atravessem o silício várias vezes, o que otimiza o processo de geração de energia.
A tecnologia PERC tem chamado a atenção de muitas empresas fabricantes de painéis solares. Uma grande vantagem é que, para adotá-la, é preciso acrescentar apenas dois processos no ciclo de produção das células fotovoltaicas. Como isso não demanda muito investimento, a empresa consegue produzir células mais eficientes e atrair ainda mais negócios.
Vale pontuar que há uma concorrência acirrada entre os fabricantes de equipamentos fotovoltaicos. Todos desejam aperfeiçoar seus produtos, e, para que isso seja possível, é preciso aplicar novos recursos para atingir resultados cada vez melhores e obter uma vantagem competitiva em relação aos concorrentes.
Painel solar com silício cast-mono
Além da PERC, há outra tecnologia inovadora que vem apresentando resultados atrativos. Estamos falando do silício cast-mono, uma excelente opção em relação aos custos e à eficiência.
Esse método foi desenvolvido em 2008, com a finalidade de obter um painel que fosse fabricado de maneira mais econômica que os painéis monocristalinos convencionais. Pode-se dizer que o silício cast-mono é como um material intermediário entre o monocristalino e o policristalino. Afinal, ele é constituído em partes por silício monocristalino, e em partes por silício policristalino.
Essa solução ainda precisa ser melhor desenvolvida para de fato se consolidar e tornar-se uma opção comercialmente viável, mas representa uma prova clara de que o mercado está constantemente se modificando, e que vale a pena ficar de olho nas inovações que podem ser apresentadas no futuro.
Qual painel vale mais a pena?
Para fazer uma boa escolha, é fundamental estar ciente dos pontos positivos e negativos de cada tipo de painel. Como você pode conferir ao longo deste artigo, tanto o silício monocristalino quanto o policristalino oferecem vantagens e desvantagens.
A saída é avaliar todos os aspectos com cuidado para chegar à conclusão de qual mais se adequa à realidade de cada projeto fotovoltaico.
Em geral, os painéis policristalinos são a principal escolha para instalações que ocupam grandes áreas, bem como no caso de clientes que pretendem diminuir o valor do investimento inicial do projeto.
Apesar do custo ter um peso importante, você deve saber que diversos outros fatores além desse precisam ser considerados na hora de investir em energia solar. Vale lembrar que essa tecnologia pode durar décadas, então é importante fazer uma escolha estratégica.
Os painéis monocristalinos, por sua vez, são recomendados em instalações localizadas em telhados com área limitada, ou em propriedades que possuem espaço reduzido para acomodar um projeto fotovoltaico. Como o desempenho dessa tecnologia é superior, garante a geração da mesma quantidade de energia, ainda que precise ocupar um espaço menor.
Como vimos ao longo deste artigo, já é um fato que o silício policristalino está perdendo lugar no mercado para a tecnologia monocristalina. Esse pode ser um cenário positivo, levando em consideração a oportunidade de maior eficiência. A competitividade em torno dessa tecnologia também pode levar a um custo mais viável para o mercado.
Ainda assim, isso não significa necessariamente que optar pelo policristalino seja uma má ideia. Essa escolha pode variar de acordo com as prioridades de cada consumidor. O importante é poder contar com profissionais capacitados, que ajudem a garantir o melhor custo-benefício independente da opção que for eleita.
É preciso analisar o projeto e verificar as necessidades de potência, dimensões e outros aspectos técnicos. Não há uma resposta correta que sirva para todas as ocasiões e realidades. Apenas a partir de uma análise minuciosa a respeito de todos os fatores é que será possível chegar a um custo-benefício adequado, que faça sentido para as possibilidades do cliente.
Além disso, novas tecnologias surgem a todo momento, então é crucial estar sempre atento às mudanças e novidades no mercado de energia solar.
E agora, ficou mais fácil diferenciar o módulo monocristalino do módulo policristalino? Conhecendo os principais métodos utilizados na fabricação, é possível tomar uma escolha mais consciente e que de fato atenda às necessidades energéticas do projeto do seu cliente.
10 Motivos para ser um integrador Solfácil
A Solfácil é conhecida por sua grande presença no sistema de financiamento de energia solar, no entanto, a organização oferece diversas facilidades e recursos para o integrador, o que resulta no melhor ecossistema para o profissional de energia solar, e nesse post falaremos mais sobre todos esses pontos.
- Feita por Integradores: a Solfácil é uma empresa que foi criada por integradores para integradores. CEO e fundador, o engenheiro Fábio Carrara já foi integrador de painéis fotovoltaicos e conhece profundamente as necessidades do integrador.
- Financiamento: maior taxa de aprovação do mercado, maior carência do mercado, diversas opções de financiamento, taxas fixas dentre outras opções.
- Loja: A loja Solfácil concentra produtos em uma única plataforma, integradores têm acesso a uma melhor visibilidade na comparação de preços entre distribuidores e no planejamento da entrega através da tela de status do pedido, diretamente na plataforma Solfácil.
- Seguros: ofereça projetos mais completos e agregue valor às suas vendas incluindo os seguros Financeiro e Riscos Diversos.
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- Suporte: Além do gerente de contas para auxiliar no atendimento, temos a disposição treinamento personalizado para que o integrador aprenda usar a plataforma em tempo recorde.