Uma das inovações que mais tem feito a diferença no segmento de energia solar fotovoltaica atualmente é o módulo solar bifacial ou painel bifacial. Trata-se de uma tecnologia que possibilita maior absorção das luz solar em comparação com os módulos convencionais (ou monofaciais), resultando em maior eficiência e desempenho para geração de energia.
No artigo a seguir, você vai conferir tudo o que precisa saber a respeito dessa tecnologia e quais as principais vantagens que ela oferece. Boa leitura!
O que é um módulo solar bifacial ou painel bifacial?
Quando o assunto é energia solar fotovoltaica, termos como módulos, painéis ou placas servem para designar o mesmo componente do kit de energia solar. São eles os responsáveis por absorver os fótons presentes nos raios solares e, por meio do efeito fotovoltaico, transformá-los em eletricidade.
Isso acontece porque os módulos são formados por células fotovoltaicas, feitas com materiais semicondutores (como o silício, por exemplo).
Os módulos convencionais (ou monofaciais) possuem células em uma de suas faces, e na hora da instalação são posicionados para receber o máximo de radiação solar possível para otimizar a produção de energia.
Em geral, quanto maior a área de contato exposta à luz do sol, mais energia será produzida. Desenvolvedores de tecnologias fotovoltaicas pensaram em uma forma de melhor aproveitar essa área de contato, e assim surgiu o painel solar bifacial, composto por células fotovoltaicas em ambas as faces.
Esse tipo de módulo consegue absorver a luz não apenas na face diretamente exposta ao sol, mas também na face oposta, por meio da luz que é refletida em superfícies.
Apesar de ter sido criado em 1954, o painel solar bifacial só veio a ser melhor explorado nos últimos anos, ganhando a atenção do mercado de energia solar fotovoltaica.
Isso só foi possível por causa do uso do silício, cuja principal vantagem é ser transparente em sua composição natural, favorecendo a passagem de luz solar. No Brasil, foi só a partir de 2016 que essa tecnologia começou a ser difundida.
Por muito tempo, a principal aplicação das placas solares bifaciais era por meio do BIPV (Building Integrated Photovoltaic), com o objetivo de incorporar o painel solar nas construções.
O problema dessa inovação era ser pouco acessível, mas hoje em dia os módulos bifaciais já estão começando a se tornar uma opção interessante e viável para outros tipos de instalações fotovoltaicas.
Suas células são feitas de silício, revestidas por camadas de filme encapsulante (EVA) e vidro especial em ambas as faces. Por meio desse tipo de inovação, as tecnologias exploradas na fabricação dos painéis bifaciais ajudaram a ampliar as possibilidades para a geração de energia solar fotovoltaica.
Elas oferecem maior tolerância ao sombreamento e reduzem a temperatura de trabalho dos módulos.
Tudo isso só é possível porque esses painéis apresentam menor absorção infravermelha, devido à ausência da camada metálica em sua face posterior. O resultado é que ajuda a minimizar as perdas de potência efetiva, garantindo mais eficiência e maior geração de energia.
As tecnologias relacionadas à geração de energia solar estão em constante avanço, com pesquisas e testes buscando sempre aprimorar seus resultados e oferecer produtos competitivos ao mercado fotovoltaico.
Atualmente, já é possível encontrar modelos de painéis solares que apresentam bom funcionamento mesmo em ocasiões com pouca iluminação e durante períodos chuvosos e nublados, algo que até pouco tempo atrás era impensável.
Isso se deve também à maior potência do módulo como resultado da propriedade reflexiva das placas bifaciais.
Por muito tempo, a dependência da luz do sol ofereceu grandes limitações para os sistemas de geração de energia solar, mas as últimas inovações do setor vêm mostrando que esse é um obstáculo cada vez mais possível de ser ultrapassado.
Ainda está em dúvida em relação aos benefícios oferecidos pelos módulos solares bifaciais? Confira a seguir se esse é de fato um investimento tão interessante assim.
Vale a pena investir em módulo bifacial?
É inegável que a tecnologia dos painéis solares bifaciais ajudou a ampliar as possibilidades de instalação e geração de energia. Como absorvem luz solar em ambas as faces, podem ser acomodados em posições mais diversificadas do que os painéis monofaciais.
Dessa forma, os módulos solares bifaciais não precisam ficar limitados a apenas um tipo de configuração, já que conseguem aproveitar a luz que vem de cima e também a que vem de baixo, pela reflexão em superfícies. Mas, afinal, o que isso significa na prática?
Significa que esses painéis solares não precisam ficar necessariamente apontados em direção ao sol. Sendo assim, podem ser instalados em plano inclinado, na vertical ou em outros ângulos, em toldos, varandas, cercas, paredes, fachadas, entre outras estruturas.
Isso representa uma verdadeira revolução no segmento de energia solar, já que até então as possibilidades de instalação eram limitadas a telhados e estruturas fixas no chão.
Essas novas formas de exploração da energia permitem a maximização da performance por metro quadrado, aumentando a economia e reduzindo os custos. As placas são bem aproveitadas tanto em estruturas fixas quanto em rastreadores.
Além disso, os painéis bifaciais oferecem uma potência maior de geração em comparação aos convencionais, com a possibilidade de gerar de 30% a 50% mais energia. Mesmo nos dias nublados, conseguem apresentar melhor desempenho que os painéis comuns.
Assim, representam um excelente investimento para consumidores que desejam depender o mínimo possível da energia que vem das concessionárias de energia.
Esse tipo de placa também é uma opção interessante para a construção de parques fotovoltaicos, onde estão sendo priorizadas para auxiliar na redução do preço da energia gerada e na consolidação da tecnologia para a expansão do setor energético. Mais uma vantagem que esse tipo de placa solar oferece é em relação à manutenção, que é mínima, garantindo ainda mais economia.
Mas para de fato aproveitar todo o potencial que os painéis solares bifaciais oferecem, é preciso considerar que são estruturas mais complexas, e por isso demandam um projeto adequado às suas necessidades.
Isso inclui um inversor solar que permita otimizar sua potência, e componentes para instalação adaptados para reduzir o bloqueio da incidência de luz.
Por conta disso, é preciso contar com empresas especializadas em soluções para energia solar, que terão condições de orientar a respeito da escolha dos equipamentos, considerando as especificidades de cada projeto.
Um sistema fotovoltaico composto por painéis solares bifaciais deverá considerar aspectos a respeito da estrutura, para diminuir a influência negativa da radiação.
Se você considera investir nessa solução, entre em contato conosco para tirar todas as suas dúvidas.
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