Com os valores do kWh subindo cada dia mais, grande parte dos brasileiros começaram a se interessar mais sobre a geração distribuída de energia, a fim de economizar no final do mês sem ter que cortar o consumo energético. Isso porque em muitas residências e empresas, existem eletrônicos que não podem ser desligados e é necessário encontrar outra saída para economizar.
O setor de energia distribuída do país tem ganhado cada vez mais espaço e desde 2012, a ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica – possibilitou que os brasileiros pudessem produzir sua própria energia elétrica. Isto é: possuir um sistema de geração de energia próprio para suprir a demanda de uma residência ou empresa.
Porém, hoje em dia existem diversas formas e fontes de geração distribuída de energia, mas você sabe como elas funcionam? Pensando em lhe auxiliar, separamos um post completo sobre o assunto que tirará todas as suas dúvidas. Confira a seguir!
O que é geração distribuída de energia?
A geração distribuída de energia é o nome dado para se referir à energia que é gerada próxima ou no próprio local de consumo e abrange diversas fontes de energia renováveis como a eólica, hídrica e solar. Esses dois fatores fazem com os impactos ambientais sejam menores, assim como os custos de transmissão.
Outro grande benefício desse tipo de geração de energia é que a Aneel criou uma política de créditos energéticos para os clientes que produzem mais energia do que consomem. Com isso, se a sua residência consome 250 kWh no mês e produz 330 kWh no mês, você fica com um saldo de 80 kWh para utilizar em até 5 anos, podendo inclusive abater uma conta mais alta em meses que seu sistema produzir uma quantidade menor de energia, como durante o inverno.
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Microgeração e minigeração distribuída
A Aneel possui uma política de diferenciação entre os sistemas de geração distribuída, que são divididos em duas classes:
- microgeração: referente a central geradora de energia por meio de fontes renováveis, ou cogeração qualificada que tenha potência inferior ou igual a 75 quilowatts.
- mineração: referente a central geradora de energia que tenha potência maior de 75 quilowatts e menor ou igual a 3 MW – fontes hídricas – ou menor e igual a 5MW – para as demais fontes.
Além dos grupos que dividem as potências que cada um dos sistemas de geração de energia possuem, a ANEEL também divide a geração distribuída de energia em modalidades.
Como funciona a geração distribuída de energia?
Para entender como cada uma funciona, precisamos entender mais sobre cada uma das modalidades e suas características principais.
Geração na unidade consumidora
E geração na unidade consumidora diz respeito ao sistema de geração de energia instalado no local do uso da energia e no mesmo ponto de conexão com a rede distribuidora.
O maior exemplo de geração na unidade consumidora são os sistemas de energia solar fotovoltaicos, onde a energia gerada é usada como fonte primária durante o dia, e a rede da concessionária é usada para suprir a demanda em dias de baixa produção e durante a noite.
Geração compartilhada
Dentro da geração distribuída de energia, também temos a geração compartilhada, em que há a união de duas ou mais empresas ou residências que utilizam a energia gerada por um sistema que está dentro da mesma rede de distribuição. A vantagem desse tipo de geração é que além da conta de energia ficar mais baixa, o investimento pode ser dividido entre todas as empresas ou residências que vão participar.
Autoconsumo remoto
Na modalidade de autoconsumo remoto, a pessoa – física ou jurídica – é responsável por gerar energia em uma única unidade que distribui sua produção excedente para outras unidades consumidoras. No entanto, para que isso seja possível, as unidades devem estar dentro da mesma área de concessão da mesma distribuidora, e as unidades precisam estar todas no nome do mesmo titular.
Essa é uma modalidade muito usada para empresas que geram energia e querem abater a geração excedente da conta de luz de suas filiais.
Vale lembrar que você não pode utilizar o sistema da sua empresa para abater a conta de energia da sua casa, mesmo que ambas estejam no seu nome. Isso porque essa modalidade leva em consideração apenas os números do CNPJ e do CPF. Ou seja, só é possível transferir os créditos de empresa para empresa, ou residências para residência.
Condomínio solar
Outra modalidade muito usada por condomínios ou empresas é a Múltiplas Unidades Consumidoras ou condomínio solar.
Nessa modalidade, é instalado um sistema central de geração de energia em que há a divisão das despesas para a instalação do sistema em percentuais pré-estabelecidos em contrato. No entanto, cada uma das unidades consumidoras possuem créditos de descontos e compensação de energia de forma independente, e pode ser usada em condomínios residenciais para ajudar a diminuir os custos da conta de todos os condôminos.
Agora que você viu o que é e como funciona a geração distribuída de energia, não deixe de procurar mais sobre o assunto para ver as vantagens e desvantagens desse modelo de geração de eletricidade por meio de fontes renováveis. Além de gerar uma grande economia no final do mês que pode chegar a 95% do valor da conta de luz, como nos casos dos módulos fotovoltaicos.