Recentemente, a China através de uma universidade lançou estudos e protótipos sobre captação de energia solar na órbita terrestre. Agora, a Europa analisa a hipótese de uma fazenda solar no espaço que geraria uma grande quantidade d
e eletricidade.
Parece coisa de filme de ficção científica, mas o continente europeu pode um dia ser alimentado por painéis solares flutuantes de grande impacto orbitando o planeta.
A Agência Espacial Europeia (ESA) revelou um plano para coletar a energia do sol no espaço e enviá-la de volta para a Terra. Agora, investirá recursos para o avanço científico necessário para tornar o plano realidade.
Ideias para o projeto de fazenda solar
A tecnologia ainda está em fase de testes preliminares, mas o objetivo final é a construção de uma fazenda solar espacial de aproximadamente 2 km de comprimento. Dessa forma, o projeto geraria tanta energia quanto uma usina nuclear. Além disso, ela precisaria orbitar a 36.000 km acima da Terra.
A energia solar é uma das melhores fontes de energia limpa, mas atualmente é retida por algumas limitações. Os painéis só podem aproveitar a produção durante o dia e, mesmo assim, grande parte da luz solar é absorvida pela atmosfera em sua jornada para o solo.
Mesmo com a criação de painéis que funcionam no período noturno, a eficácia é baixa em relação ao potencial. Por isso, a resposta está no Espaço, onde os raios do sol são cerca de dez vezes mais intensos do que na Terra.
A ESA fez parceria com a Airbus, uma instituição aeroespacial multinacional europeia, para desenvolver “transmissão de energia sem fio”. Assim, seria possível capturar essa fonte de eletricidade 24 horas e transmiti-la para nós através desta fazenda solar.
Como funcionaria essa tecnologia
A tecnologia é baseada na transmissão usada por satélites de TV e comunicação presente na sociedade todos os dias, explica o engenheiro da Airbus Nicolas Schneider.
Contudo, o problema é a escala. O satélite da fazenda solar teria que ser enorme, então há a dificuldade de lançamento e construção.
A esperança é a rápida evolução tecnológica, o que pode tornar o projeto uma realidade nas próximas décadas. Ao que tudo indica, a ESA discutirá o projeto Solaris em sua reunião em novembro.
O satélite da fazenda solar seria reparado por robôs enquanto estivesse em órbita, explica Gwenaëlle Aridon, chefe do Laboratório de Robótica da Airbus Defence and Space.
O robô poderá vir e reparar um painel, removê-lo e colocar um novo, se necessário. Isso reduziria efetivamente o custo das operações realizadas.
Gwenaëlle Aridon, chefe do Laboratório de Robótica da Airbus Defence and Space
Pode ser um desafio logístico, mas à medida que as crises de energia mudam e aumentam, pode eventualmente ser um divisor de águas.
Um único satélite da fazenda solar da escala planejada geraria cerca de dois gigawatts de energia. Ou seja, o equivalente a uma usina nuclear convencional ou seis milhões de painéis solares na Terra. A energia resultante poderia abastecer mais de um milhão de casas.
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