A energia solar é um eixo central para o desenvolvimento de países que não possuem infraestrutura para levar eletricidade para todas suas regiões. Isso é visto, por exemplo, nas Filipinas, onde uma fazenda solar flutuante tem impactado diversas famílias.

Energia solar e atividades comerciais no lago

No lago Laguna, nas Filipinas, é possível ver diversos sistemas fotovoltaicos flutuantes. Eles fazem parte de um projeto-piloto em construção, com previsão de término em 2024. Ao todo, 1300 MW serão gerados anualmente em um espaço de 2 mil hectares.

Esse projeto inédito no país está gerando uma grande divisão de opiniões. Por ser a 1ª experiência na região, ainda não se sabe como isso afetará as famílias e a economia. Bem como, algumas pessoas mais conservadoras se questionam sobre o impacto da geração de energia solar em lagos e represas.

Um exemplo de preocupação é em relação aos pescadores, que tem no lago uma de suas principais fontes de alimentação e renda. Isso gera uma dualidade nos próprios moradores locais, que ainda estão incertos. Por um lado, há a alegria de uma fonte de eletricidade sem custos em uma região sem infraestrutura.

Por outro lado, se questionam se isso impedirá algumas atividades rotineiras no lago. Assim, é preciso que o desenvolvimento do projeto seja bem pensado para não impedir o uso de Laguna.

Desenvolvimento do projeto

Esse é um dos exemplos dos atritos que a chegada da energia solar em novos locais pode gerar. É comum a população ser cética em relação à chegada da tecnologia em espaços que não estão acostumados. Um exemplo disso são os fazendeiros que acreditam que os painéis solares vão afetar seu plantio e criação de animais.

Por isso, as fazendas solares flutuantes estão cada vez mais ganhando popularidade. Elas são maneiras de gerar eletricidade verde em espaços que normalmente não têm uso social. Contudo, neste caso das Filipinas, há um uso do lago para algumas fontes econômicas.

Geração de energia solar flutuante nas Filipinas - Reprodução Jewel S. Cabrera via Mongabay
Geração de energia solar flutuante nas Filipinas – Reprodução Jewel S. Cabrera via Mongabay

Mais de 35 municípios possuem ligação com o lago e se preocupam com a manutenção das atividades econômicas. Por outro lado, a demanda de eletricidade na região é cada vez mais alta e não possui atendimento em sua totalidade.

Dessa forma, os moradores pedem que as autoridades responsáveis pelo projeto pensem nessas questões antes de sua conclusão. Com certeza é possível criar um espaço para a geração de energia solar que mantenha as atividades econômicas em Laguna.

Por isso, o projeto anda lentamente, com a instalação de pequenas partes, uma de cada vez. Então, as famílias vão, aos poucos, percebendo o impacto positivo dos painéis solares flutuantes.

O projeto foi proposto em 2016 e, desde então, está em um processo lento de desenvolvimento para respeitar essas demandas. Essa é uma prova de que tecnologia, energia solar e desenvolvimento social podem andar juntos para um futuro melhor.

Fonte: Mongabay

Sobre a Solfácil

A Solfácil foi criada em 2018 com o propósito de suprir o déficit de Geração Distribuída no país, e atualmente conta com mais de 5 mil integradores parceiros trabalhando por todo o território nacional.

Conhecida por sua grande presença no sistema de financiamento de energia solar, a Solfácil oferece diversas facilidades e recursos para o integrador, o que resulta no melhor ecossistema para o profissional de energia solar, e talvez o financiamento seja o ponto alto.

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