Energia solar. Através dessas instalações, o país chegou a 14 GW de potência por geração distribuída, o que já representa quase a mesma potência instalada da usina hidrelétrica de Itaipu, a maior do Brasil e segunda maior do planeta.
Recentemente, o Brasil atingiu um marco importante no setor de geração distribuída, ultrapassando 1 milhão de unidades consumidoras com geração própria de energia a partir da fonte solar.
Esses dados são da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), que aponta também que o setor de energia solar pode esperar um crescimento ainda maior para 2022.
Esse ano tem tudo para superar os anteriores e figurar como o melhor da história do setor fotovoltaico brasileiro, seguindo a tendência de crescimento dos últimos anos.
Confira a seguir mais detalhes sobre a expectativa para o setor de energia solar no Brasil para este ano.
As expectativas para energia solar no Brasil em 2022
Cada vez mais consumidores buscam transformações na forma de consumir energia, deixando o convencional de lado para descobrir as vantagens de investir em alternativas mais sustentáveis e econômicas. Um dos melhores aspectos da energia solar é por ser flexível e se adaptar com facilidade a diversas formas de consumo.
Dos quase 14 GW de potência por geração distribuída alcançados em 2021, 76,6% são unidades residenciais que fazem uso da tecnologia de geração fotovoltaica distribuída. Em seguida, aparecem os setores de comércio e serviços (13,4%), produtores rurais (7,6%), indústrias (2,1%), poder público (0,3%) e outros tipos, como serviços públicos (0,03%) e iluminação pública (0,01%).
Desde 2012, o setor de energia solar soma R$ 66,3 bilhões em investimentos privados, gerando mais de 390 mil empregos. Só em 2021, foram mais de R$ 21,8 bilhões em investimentos, partindo tanto das grandes usinas, quanto dos pequenos e médios sistemas instalados em residências, pequenos negócios e propriedades rurais. Os números obtidos em 2021 mostram um crescimento de 49% em relação aos investimentos acumulados desde 2012 até o final de 2020 no país.
Além disso, os avanços conquistados no ano passado criaram mais de 153 mil novos empregos no Brasil, espalhados por todo o território nacional. Ao final de 2020, o Brasil possuía 7,9 GW de potência instalada, mas em apenas um ano conseguiu saltar para mais de 13 GW, obtendo um crescimento de 65%. Vale considerar que 2021 foi um ano desafiador frente ao cenário global de pandemia e crises financeiras, o que faz esses números serem ainda mais notáveis.
Para 2022, as previsões também são otimistas. Segundo a ABSOLAR, o segmento de energia solar fotovoltaica deve gerar mais de 357 mil novos empregos no país, com investimentos privados que podem ultrapassar os R$ 50,8 bilhões.
A maior parte destes postos de trabalho e dos investimentos envolvidos deverão vir do segmento de geração própria de energia solar, que será responsável por mais de 251 mil empregos neste ano, atraindo R$ 40,6 bilhões de investimentos.
Mais de 12,1 GW de potência instalada serão adicionados em 2022, o que inclui as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia elétrica. Juntos, isso representará um crescimento de mais de 91,7% sobre a capacidade instalada atual do país.
Com relação à geração própria de energia solar fotovoltaica, a ABSOLAR espera um crescimento de 105% frente ao que foi instalado até 2021, passando de 8,3 GW para 17,2 GW. Quanto ao segmento das grandes usinas solares, o crescimento deverá ser de 67,8%, saltando dos atuais 4,6 GW para 7,8 GW em operação até o final do ano.
Em janeiro de 2021, a ABSOLAR previu que 2021 terminaria com pouco mais de 12 GW de potência operacional, o que acabou se concretizando. Para 2022, projeta um crescimento ainda maior, impulsionado principalmente pelo alto custo na conta de luz e pelos benefícios que a energia solar proporciona aos consumidores.
O avanço da energia solar no Brasil oferece um cenário otimista com relação à sustentabilidade, consciência sobre o consumo, diversidade na matriz energética brasileira e quanto ao crescimento econômico do país. Assim, contribui significativamente com as demandas nacionais de desenvolvimento social, econômico e ambiental.
Conforme comprovado pelos números, a fonte fotovoltaica é parte importante da evolução do país e um verdadeiro motor de geração de oportunidades e novos empregos para a sociedade. Com o crescimento dos últimos anos, o Brasil tem conseguido boas colocações entre os maiores produtores de energia solar do mundo. Confira a seguir.
Brasil entre os maiores produtores do mundo
A expectativa de crescimento no Brasil segue a tendência mundial. Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), o uso de energia solar pode chegar a 30% em todo o mundo ainda em 2022. Alguns dos países que possuem as maiores capacidades instaladas de geração de energia solar são China, Alemanha, Japão e Estados Unidos.
No ano passado, o Brasil entrou para o grupo dos 20 países líderes em capacidade instalada de energia solar no mundo. Apesar do crescimento notável, a fonte solar ainda representa menos de 2% da matriz energética brasileira, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O otimismo das previsões para 2022 no Brasil também está vinculado ao novo Marco Legal da Geração Distribuída, que entrou em vigor em janeiro. Segundo o setor, essa iniciativa trouxe mais segurança jurídica aos operadores do mercado, além de servir como incentivo para o consumidor migrar para a energia solar ainda esse ano.
Quem já faz parte do mercado ou se tornar consumidor no prazo de um ano (a contar da data de publicação), continuará isento da taxa de uso da rede de distribuição, chamada de Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição. Tais condições fazem com que investir em energia solar em 2022 represente ainda mais vantagens ao consumidor.
Um dos principais reflexos do crescimento de energias renováveis no Brasil é a diminuição da participação das fontes hidráulicas na matriz brasileira. Atualmente, as hidrelétricas representam 58% da matriz elétrica nacional. A previsão é que esse índice caia progressivamente nos próximos anos, chegando a 45% até 2031.
Ao longo de 9 anos, a geração de energia solar fotovoltaica no Brasil foi capaz de evitar a emissão de cerca de 17,5 milhões de toneladas de CO² na atmosfera. Esses dados são muito significativos para incentivar a transição para uma matriz energética mais diversa e limpa.
Economicamente, as vantagens são inúmeras, não apenas para o setor, mas também para os cofres de todo o país. Levantamentos estatísticos mostram que o setor fotovoltaico brasileiro será responsável por um aumento líquido de mais de R$ 15,8 bilhões arrecadados pelos governos federal, estaduais e municipais.
Isso é mais um ponto a favor do segmento, por contribuir para o fortalecimento dos orçamentos públicos e a prestação de melhores serviços para a sociedade brasileira.
Tudo indica que o melhor momento para investir em energia solar é agora. Seja você um cliente interessado em adotar a energia fotovoltaica em sua casa ou negócio, ou um profissional buscando capacitação na área, saiba que as expectativas para o retorno no futuro são excelentes.