A energia solar fotovoltaica é uma das soluções energéticas que mais cresce no Brasil e no mundo todo. O autoconsumo remoto é apenas uma das modalidades de geração de energia distribuída que existem e que o consumidor pode usufruir.
São várias vantagens envolvendo a produção de energia solar, incluindo a economia na conta de luz e o fato de ser uma opção ecologicamente correta. As opções de geração compartilhada oferecem ainda mais possibilidades. Confira no artigo a seguir as principais características de cada tipo.
O que é autoconsumo remoto?
Essa é uma das três modalidades da geração distribuída, que é quando os consumidores que geram energia solar própria são responsáveis pela partilha de energia de micro ou minigeração com mais de uma pessoa, ou imóvel.
A partir disso, podem determinar o percentual de energia que deverá ser destinado a cada unidade, desde que estejam na mesma área de concessão ou permissão.
No autoconsumo remoto, é possível instalar o sistema fotovoltaico que irá gerar energia solar em um local diferente do local onde a energia será consumida. Para isso, basta que as contas de luz de ambos estejam sob a mesma titularidade (o mesmo CPF ou CNPJ).
Essa categoria de energia distribuída amplia as possibilidades de exploração de energia solar, beneficiando consumidores com necessidades e limitações variadas.
Quem mora em imóvel alugado, por exemplo, não pode instalar o sistema fotovoltaico (e nem vale a pena, levando em consideração a vida útil dos equipamentos), mas através do autoconsumo remoto pode usufruir da energia solar gerada em outro local, como em um terreno com espaço disponível para acomodar os painéis fotovoltaicos.
As vantagens não param por aí. Quem reside em imóvel próprio também pode se beneficiar.
Supondo que você more em um local que não atenda às condições técnicas favoráveis para a geração de energia fotovoltaica (com muitas sombras ou direcionamento do telhado possibilitando pouca irradiação), mas possui outro espaço suficiente e adequado em outro local, também se adequa aos requisitos para autoconsumo remoto.
Qualquer pessoa que atenda aos requisitos para se beneficiar do autoconsumo remoto pode investir na instalação de um sistema de geração de energia solar de maior porte e potência, para não ter que fazer mais de uma instalação menor em locais diferentes. Com isso, maximiza o ganho econômico proporcionado pela tecnologia.
Outra opção que o autoconsumo oferece é a instalação do sistema em propriedades rurais ou em casas de praia, onde geralmente há mais espaço disponível para instalação e melhores condições para captar os raios solares.
Desde que o local esteja sob a mesma titularidade e seja atendido pela mesma concessionária, é possível compensar os créditos da energia excedente gerada nessas unidades em imóveis localizados na área urbana.
Os benefícios também se estendem aos empresários, que podem instalar o micro ou minigerador na sede da sua empresa, usando os créditos nas filiais.
Agora que você já compreende como funciona o autoconsumo remoto, confira a seguir outras modalidades que fazem parte desse tipo de geração de energia.
Outras opções de geração distribuída
Na sua categoria mais comum, a geração compartilhada contempla pessoas físicas ou jurídicas que se unem através de um consórcio ou cooperativa, com a finalidade de investir em um único sistema fotovoltaico.
Para que essa associação seja possível, é preciso que todos os membros do consórcio ou da cooperativa estejam dentro da área de atuação da distribuidora da região, podendo, ou não, estarem próximos fisicamente.
Alguns exemplos de grupos de pessoas que podem se reunir para aproveitar da geração compartilhada são moradores de um prédio residencial, empresários cujos empreendimentos estão localizados no mesmo prédio comercial e lojistas de uma mesma cidade ou região onde atua a distribuidora.
Outra opção é o condomínio solar, que permite a instalação do sistema solar fotovoltaico em condomínios horizontais e verticais, caracterizado como um empreendimento de múltiplas unidades consumidoras. Nessa modalidade, os condôminos se reúnem para dividir os custos do investimento do sistema, de acordo com as regras e percentuais estabelecidos entre eles.
A compensação da energia é feita de forma independente, ou seja, cada residência constitui uma unidade consumidora e utiliza sua energia de forma única. Nesse caso, as áreas de uso comum do condomínio também são consideradas uma unidade consumidora, portanto são somadas às demais despesas do condomínio.
Na modalidade que for, a geração compartilhada é uma opção muito versátil, que pode servir de benefício em cenários diversos e faz do sistema fotovoltaico um investimento mais acessível.
Ainda tem dúvidas se investir em energia solar é uma boa ideia? Confira o próximo tópico para saber mais.
Vale a pena investir em energia solar para autoconsumo ou partilhada?
Quando o assunto é energia solar, não faltam vantagens para comprovar sua eficácia.
Além de oferecer uma economia considerável na conta de luz (que pode chegar até 95%), essa alternativa energética também oferece benefícios ao meio ambiente, já que produz energia limpa, que advém de uma fonte renovável, sem causar impactos à natureza.
O equipamento em si, é de simples instalação, levando cerca de 1 ou 2 dias quando feito por uma equipe qualificada. Outro ponto a seu favor é que os painéis fotovoltaicos ocupam pouco espaço e demandam pouca manutenção, com limpezas anuais que podem ser realizadas a cada seis meses ou anualmente.
Um aspecto importante a ser considerado é o valor necessário para realizar o investimento. Como o custo é razoavelmente alto, vale estudar seu orçamento e as possíveis formas de realizar o pagamento.
A instalação de um sistema solar fotovoltaico pode ter valores variados de acordo com o projeto fotovoltaico, que é planejado de acordo com as necessidades e particularidades de cada cliente e seu imóvel.
Geralmente, saem entre 15 mil a 50 mil reais. A boa notícia é que o sistema solar fotovoltaico concede retorno financeiro após alguns anos de uso, como consequência da economia nas contas de luz.
Apesar de alto, o custo do sistema fotovoltaico acaba valendo a pena, não apenas pelo retorno financeiro depois de alguns anos instalado, mas também por causa da vida útil dos equipamentos, que é de 25 a 30 anos.
Se você colocar na ponta do lápis, provavelmente irá perceber que a energia solar acaba saindo, a longo prazo, ainda mais barata que a energia comprada da distribuidora de energia elétrica. Quem compara, chega à conclusão de que vale sim a pena!
Por onde começar?
Se você está pensando em instalar um sistema próprio de geração de energia solar fotovoltaica, avalie a sua realidade e verifique se há a possibilidade de dividir os custos e vantagens com outras pessoas interessadas através da geração compartilhada.