Com a crescente preocupação acerca da sustentabilidade e a busca por alternativas mais limpas e econômicas de energia, o mercado de energia solar tem visto um aumento significativo nos últimos anos. E, para discutir esse tema tão importante, o canal BM&C NEWS convidou Guillaume Tiret, CFO da Solfácil, para compartilhar sua experiência e visão sobre o mercado de energia solar, as tendências e desafios, bem como o papel da Solfácil nesse cenário.

Durante a entrevista, Guillaume Tiret passou informações preciosas sobre o mercado de energia solar no Brasil, a evolução desse setor nos últimos anos e suas perspectivas futuras. Ele também compartilhou informações sobre o ecossistema da Solfácil, como a empresa está se adaptando às mudanças do mercado e as estratégias para o futuro.

Além disso, Guillaume Tiret abordou questões importantes relacionadas à sustentabilidade da energia solar, segunda maior matriz elétrica brasileira, bem como o empoderamento do financiamento para o consumidor final e a diversidade do ecossistema da Solfácil pensada para o integrador solar.

Confira abaixo a entrevista na íntegra:

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Veja a seguir um breve resumo dos principais pontos abordados na entrevista, adaptado para sua leitura. No entanto, é importante salientar que este resumo não substitui a visualização completa da entrevista.

O mercado de energia solar no Brasil

Existem duas formas principais de geração solar no Brasil: a geração centralizada e a geração distribuída. Na geração centralizada, a energia solar é gerada em grandes usinas solares, que possuem capacidade para atender a milhares de consumidores. Já na geração distribuída, a energia é gerada em pequenas usinas solares instaladas em residências, comércios ou indústrias, permitindo que os consumidores gerem sua própria energia e até mesmo vendam o excedente para a rede elétrica.

Segundo Guillaume Tiret, a geração distribuída (GD) pode significar o futuro da infraestrutura elétrica no Brasil, principalmente se considerarmos que desde 2020 a proporção da geração solar é 70% (GD) e 30% (GC), fato que torna a geração distribuída um grande motor da expansão da rede solar no Brasil.

Para incentivar a geração solar no Brasil, o governo tem adotado políticas públicas como a Resolução Normativa 482/2012 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que permite a instalação de sistemas de geração distribuída e permite que os consumidores possam receber créditos na conta de luz pelo excedente de energia gerado. Além disso, o governo tem oferecido incentivos fiscais e tarifários para quem adota sistemas de energia renovável.

Nos últimos anos, o mercado fotovoltaico vem apresentando um crescimento exponencial em termos do volume de equipamentos disponibilizados. Somente em 2021, o mercado brasileiro recebeu cerca de 9,5 GW em módulos fotovoltaicos. Em 2022, esse montante evoluiu para aproximadamente 16,7 GW, com cerca de 70% destinados à geração distribuída e geração centrada.

Diante de números tão expressivos, é possível observar um mercado aquecido e com uma ampliação significativa em relação ao ano anterior. Esse crescimento é resultado de investimentos tanto em geração centrada (GC) quanto em geração distribuída (GD), que tem apresentado um crescimento muito significativo e se tornando o principal motor de atração de investimentos para o setor.

Com os avanços promissores, as expectativas para 2023 estão elevadas. Entretanto, as mudanças do cenário macro que influenciaram o mercado em 2022 também podem impactar a dinâmica do mercado no próximo ano.

O papel da Solfácil no cenário fotovoltaico brasileiro

O Brasil se apresenta como um dos melhores mercados mundiais para quem deseja investir ou instalar um sistema de energia solar em sua residência, devido principalmente às suas características climáticas favoráveis, mão de obra acessível, custos competitivos de equipamentos solares e às tarifas de energia elétrica elevadas, figurando como uma das mais altas do mundo.

Diante desse cenário, a instalação de sistemas de energia solar é muito atraente. Estudos indicam que cerca de 93% dos brasileiros têm interesse nesse tipo de energia renovável. No entanto, menos de 14% da população tem recursos financeiros para investir no sistema, que em média demanda 30 mil reais.

Dessa forma, o financiamento surge como uma alternativa viável para possibilitar a aquisição desse ativo, tanto para residências quanto para empresas. Nesse contexto, destaca-se a Solfácil, que oferece parcelas acessíveis, que normalmente equivalem ao valor da conta mensal de energia elétrica convencional, transformando o financiamento em um investimento e substituindo uma dívida eterna.

A missão da Solfácil é empoderar o consumidor brasileiro por meio da energia solar, oferecendo financiamento acessível e garantindo opções de escolha no equipamento solar por meio de nosso e-commerce, que disponibiliza milhares de combinações de equipamentos solares para o consumidor final via o integrador. Além disso, cuidamos dos sistemas solares dos nossos clientes por meio do monitoramento remoto.

Como funciona os projetos de energia solar?

Um projeto de energia solar geralmente começa com a avaliação da viabilidade técnica e econômica da instalação de um sistema fotovoltaico. Isso envolve a análise da radiação solar disponível no local, das necessidades de energia do usuário e do custo do equipamento.

Uma vez que a viabilidade é confirmada, o próximo passo é o projeto detalhado do sistema, incluindo o dimensionamento dos painéis solares, inversores, baterias e outros componentes. Esse projeto considera diversos fatores, como a inclinação e orientação dos painéis solares, a capacidade do inversor e a necessidade de armazenamento de energia.

Após a elaboração do projeto, são feitas as instalações dos painéis solares, inversores e outros equipamentos. Geralmente, essa etapa envolve a contratação de uma equipe especializada para garantir que tudo seja instalado corretamente e com segurança.

Depois da instalação, é necessário fazer testes para verificar se o sistema está funcionando corretamente. Em seguida, é feita a conexão com a rede elétrica, caso seja necessário, e a autorização junto às autoridades competentes para começar a gerar energia.

Por fim, o sistema é monitorado regularmente para garantir o seu desempenho e eficiência ao longo do tempo.

A burocracia

A parte burocrática de um projeto de energia solar geralmente envolve uma série de procedimentos legais e regulatórios que variam conforme a localização e legislação de cada país ou região.

Por exemplo, em alguns lugares pode ser necessário obter licenças e autorizações para a instalação do sistema, bem como para a conexão com a rede elétrica. Além disso, pode ser necessário realizar inspeções e obter certificações para garantir que o sistema esteja em conformidade com as normas e padrões de segurança.

Também pode haver incentivos fiscais e financeiros disponíveis para projetos de energia solar, como subsídios, isenções fiscais e financiamento com juros baixos. Nesse caso, é necessário verificar os requisitos e procedimentos para a obtenção desses benefícios.

Em geral, é importante contar com a ajuda de profissionais especializados para lidar com a parte burocrática de um projeto de energia solar e garantir que tudo seja feito de acordo com as normas e regulamentações aplicáveis.

Como funciona a venda do excedente da geração de energia solar?

Para “vender” parte da energia solar que você gera em casa, é necessário verificar as regras e regulamentações locais para a conexão do sistema fotovoltaico à rede elétrica.

Em alguns países e regiões, existe a possibilidade de se tornar um produtor independente de energia (PIE) e vender o excedente de energia gerado para a concessionária de energia elétrica local. Nesse caso, é necessário se registrar como PIE e obter autorização para a conexão com a rede.

Outra opção é a instalação de um sistema de geração distribuída, que permite a compensação da energia gerada com o consumo de energia da rede elétrica. Isso significa que a energia excedente gerada durante o dia pode ser utilizada para abater o consumo de energia durante a noite ou em dias nublados, por exemplo.

Algumas concessionárias de energia elétrica oferecem programas de incentivo à geração distribuída, como créditos na conta de luz ou remuneração pela energia excedente gerada. Nesse caso, é necessário entrar em contato com a concessionária local para verificar as condições e requisitos para a participação no programa.

Em qualquer caso, é importante contar com a ajuda de um profissional especializado para orientação sobre as opções e procedimentos necessários para vender parte da energia solar gerada em casa.

Observação: a venda do excedente funciona como um crédito, não sendo necessariamente uma venda com retorno monetizável.

Este foi um resumo dos principais pontos, mas para conferir o conteúdo completo, recomendamos que confira a entrevista em vídeo.

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