A energia solar fotovoltaica é gerada a partir da incidência dos raios solares, convertidos em energia elétrica para ser usada no dia a dia de residências, empresas ou indústrias. Sendo assim, é comum que surjam dúvidas a respeito de como chuvas e dias nublados, com menor incidência de raios solares, podem interferir na produção de energia.
Como é de se imaginar, a produção da energia solar em dias chuvosos ou nublados é menor em comparação aos dias ensolarados. Fizemos esse artigo para explicar detalhadamente como a energia solar é gerada e como ela funciona em dias com menor incidência solar. Confira a seguir.
Como o sistema fotovoltaico funciona?
Os painéis fotovoltaicos que compõem o sistema são feitos de células solares, responsáveis por realizar a captação da energia solar presente nos raios solares. Essas células são fabricadas em material semicondutor, como o silício cristalino, que é a principal matéria-prima usada para produzir esse tipo de tecnologia.
As células solares realizam a etapa inicial de todo o processo, captando a energia solar. Em seguida, a energia captada é convertida para se tornar compatível com a rede elétrica convencional, o que é feito por um equipamento chamado de inversor solar, configurado especificamente para isso.
A energia solar possui diversas vantagens, entre elas o fato de ser uma energia limpa, gerada a partir de uma fonte renovável. Além disso, é um investimento que traz rápido retorno, já que causa impacto direto na conta de luz, garantindo uma economia de até 95%.
Outro aspecto importante a ser considerado é que painéis solares podem valorizar em até 8% o preço de um imóvel, já que é uma tecnologia moderna, com longa vida útil.
Continue a leitura para saber mais detalhes acerca da energia solar e como ela funciona em dias de chuva.
O que acontece com a energia solar em dias de chuva?
Como é esperado, acontece uma queda na produção de energia solar em dias chuvosos. O funcionamento dos painéis solares depende da incidência solar direta, e por isso há redução na captação de energia, afetando a geração de energia elétrica.
Isso não significa, no entanto, que o sistema fotovoltaico para de funcionar em tais condições. Mesmo com a baixa luminosidade causada por períodos chuvosos, o sistema continua funcionando de modo mais lento, mas ainda assim produzindo energia.
Vale lembrar da importância das chuvas para a manutenção dos painéis solares, já que elas contribuem retirando o excesso de sujeira e outros elementos que possam prejudicar a operação dos módulos fotovoltaicos.
Conforme mencionado, a produção de energia solar em dias chuvosos não deixa de existir, mas sofre uma queda.
Seu desempenho fica entre 10% e 30% da capacidade total, pois a maior concentração de nuvens prejudica a performance de irradiação. O mesmo vale para os dias chuvosos, já que a formação de nuvens torna a incidência solar nos painéis, difusa, impactando na produção de energia.
Há painéis solares desenvolvidos considerando especialmente situações como estas, projetados para aproveitar a incidência solar mesmo com a difusão causada pelas nuvens.
Com a produção de energia produzida pelo sol por de trás das nuvens, é possível manter o aproveitamento regular, não dependendo exclusivamente da irradiação direta, o que é um grande avanço.
Mesmo os painéis solares mais comuns possuem estruturas feitas para acumular energia ao longo dos dias, armazenando a energia excedente (produzida além do necessário para atender a demanda imediata). Essa energia fica estocada para ser usada quando o sistema não é capaz de produzir energia suficiente, como em dias de chuva ou durante à noite.
A partir disso, destacam-se dois tipos de sistema: o on grid e off grid. Diferenciam-se por conta da sua forma de aproveitar a energia excedente. Confira a seguir como cada um deles funciona.
Modelo on grid x Modelo off grid
O modelo on grid funciona conectado diretamente à rede distribuidora de energia. Assim, é possível uma compensação entre a produção dos painéis solares e o consumo, recorrendo à rede quando não há captação de energia solar o bastante.
Quando a produção de energia gerada durante os outros dias é superior à demanda da unidade consumidora, o excedente é injetado na rede elétrica convencional. Isso gera créditos, que podem ser aproveitados posteriormente, mas mesmo quando não há créditos para produção de energia, a distribuidora de energia supre as necessidades daquele imóvel.
A Agência Nacional de Energia regulamenta esse sistema de compensação de energia por meio da normativa ANEEL 482/12, cujo objetivo é garantir que o consumidor não fique sem eletricidade.
Desse modo, o abastecimento não precisa ser interrompido, e é possível ligar lâmpadas, TV e demais eletrodomésticos durante os períodos em que o sistema não recebe irradiação solar direta para manter sua produção autossuficiente. O modelo on grid é mais usado nos centros urbanos.
Já o sistema off grid trabalha de forma mais independente, já que não possui conexão com a rede elétrica de distribuição local. Suas necessidades são supridas por meio de baterias, carregadas durante os dias de sol com a tecnologia de captação solar.
Com esse método, a energia excedente é armazenada pelas baterias, garantindo o fornecimento conforme as necessidades da residência ou empresa mesmo durante os períodos chuvosos ou nublados. Esse sistema é mais usado em imóveis localizados em áreas mais afastadas, que geralmente não possuem acesso à eletricidade.