Em 2023, espera-se uma queda nos preços dos painéis solares da China, o país tornou-se o maior produtor da tecnologia. Por isso, a queda dos valores pode ser mais um fator para a contínua ascensão da energia solar no mundo e, principalmente, na Europa.
Essa queda tem como um dos pilares a diminuição dos custos para a produção de polisilício. Esse é um dos principais componentes para o bom funcionamento dos sistemas solares. O valor deve diminuir em 27% no mercado chinês, refletindo para o resto do mundo.
Painéis solares mais baratos para o mundo
A demanda pelos painéis solares chineses caiu com o aumento dos casos de Covid e o excesso de oferta no final de 2022. Esse é outro motivo para o mercado chinês ter diminuído o valor de venda da sua tecnologia.
No último ano, a China fabricou mais de 80% de todos os painéis solares do mundo. Esses dados foram divulgados pela Agência Internacional de Energia.
Agora, o país deve adicionar pelo menos 570 gigawatts (GW) de energia eólica e solar no entre 2021 a 2025. Por outro lado, se esforça para atingir sua meta neutra em carbono até 2060.
Além disso, a Europa foi a região com maior aumento de demanda dos painéis solares chineses. Estima-se que a região adicionou um recorde de 41,4 GW de energia solar em 2022, 47% a mais que no ano anterior.
Bem como, em 2023, a meta é elevar a capacidade solar total a 262 GW, de acordo com a SolarPower Europe, que representa mais de 280 organizações em todo o setor solar no continente.
Impactos da queda de preços
Os preços mais baixos dos componentes solares na China promoverão ainda mais a expansão da energia renovável mundial. No último ano, metade dos painéis solares importados pela União Europeia eram da China, de acordo com Frank Haugwitz, fundador da Asia Europe Clean Energy (Solar) Advisory.
Os EUA provavelmente serão a exceção, já que Washington impôs altas tarifas de importação sobre painéis solares chineses e proibiu componentes de energia solar da região de Xinjiang devido a preocupações com trabalho forçado.
Internamente, a guerra de preços provavelmente causará um caos temporário entre os fabricantes chineses devido ao desequilíbrio entre oferta e demanda. As reduções de preços também devem afetar, em certa medida, a lucratividade do setor.
Assim, não são esperados os mesmos lucros que o setor teve com seus painéis solares no último ano para 2023. Contudo, os avanços tecnológicos e melhoria dos materiais e produtos devem continuar impulsionando o setor.
Dessa forma, o setor solar chinês tem tendência de se manter em alta, mas sem o mesmo crescimento de 2022.
Fonte: South China Morning Post
Sobre a Solfácil
A Solfácil foi criada em 2018 com o propósito de suprir o déficit de Geração Distribuída no país, e atualmente conta com mais de 5 mil integradores parceiros trabalhando por todo o território nacional.
Conhecida por sua grande presença no sistema de financiamento de energia solar, a Solfácil oferece diversas facilidades e recursos para o integrador, o que resulta no melhor ecossistema para o profissional de energia solar, e talvez o financiamento seja o ponto alto.