Boa parte das atividades do agronegócio é totalmente dependente da energia elétrica. Sendo assim, a interrupção no abastecimento de eletricidade em decorrência de algum problema nas distribuidoras pode causar grandes prejuízos aos agricultores e pecuaristas.
Isso faz com que a eletricidade seja essencial para o agronegócio, até mesmo por conta da automação de diversas atividades que são realizadas no campo, como o monitoramento dos animais, a ordenha e a irrigação, por exemplo.
Confira a seguir mais detalhes a respeito da importância da energia elétrica para o setor e porque ela pode ser considerada um insumo agropecuário
Insumos agropecuários: o que é isso e qual sua importância?
Podemos considerar como insumo todo fator de produção usado para viabilizar a produção de um determinado tipo de produto, mas que não necessariamente faz parte dele. Há diversos tipos de insumos, que podem incluir ferramentas, mão de obra, água, máquinas e até mesmo energia. Tudo o que serve para gerar o produto final é qualificado como insumo.
No caso dos setores da pecuária e agrícola, os animais e as plantas são as principais matérias-primas. Todos os outros materiais e equipamentos envolvidos para a produção dos produtos finais podem ser considerados insumos: a água usada para irrigar as plantas, a ração dos animais, os fertilizantes e todos os demais elementos que fizeram parte da elaboração do produto.
Juridicamente, ela não é considerada como insumo pois não gera direito ao crédito compensado com o montante devido a título de IPI na operação de saída do produto industrializado.
Na prática, no entanto, é algo essencial pois está direta e indiretamente relacionada à produção. Atualmente, os alimentos gerados pela cadeia agrícola respondem por 30% da demanda mundial por energia, segundo o Relatório Energy, Agriculture and Climate Change, da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Levando em conta o contínuo crescimento populacional, a tendência é que a demanda por alimentação também se mantenha crescente.
Segundo estimativas da ONU, até 2050 a população mundial será de 9,7 bilhões de pessoas, o que indica que será necessário 60% mais alimentos para sustentar a humanidade.
Dados do Balanço Energético Nacional, conduzido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), mostram que o setor agropecuário brasileiro respondeu por 5% do consumo de energia no país em 2021. Essa é uma das principais atividades econômicas no Brasil, e por isso demanda grandes quantidades de recursos, incluindo energia elétrica.
Nesse sentido, as fontes renováveis têm se mostrado excelentes alternativas para o produtor rural que deseja economizar sem precisar fazer grandes mudanças na sua produção. Confira a seguir.
Como as energias renováveis podem beneficiar a agropecuária?
Além da elétrica obtida através de fontes renováveis ser mais barata, é também ecologicamente consciente, pois consome recursos que se renovam na natureza e não polui o meio ambiente.
Há diversos tipos de fontes energéticas que o produtor agropecuário pode aproveitar. Para garantir os melhores resultados, o segredo é escolher de acordo com o clima da sua região e os recursos disponíveis em sua propriedade.
As principais opções são a energia hidrelétrica, eólica, solar e de biomassa. Veremos os detalhes de cada uma a seguir.
Energia hidrelétrica
Movidas pela força das águas, as usinas hidrelétricas produzem o tipo mais comum de energia no Brasil. Juntas, as usinas de Itaipu, Belo Monte e Tucuruí geram aproximadamente 80% de toda a energia consumida no país. Essa é a principal fonte energética no Brasil devido aos rios caudalosos presentes em nosso território.
As usinas hidrelétricas usam a força mecânica das águas dos rios para movimentar suas turbinas, e com a ajuda de um gerador transformam essa força em eletricidade, que serve para ligar e abastecer todo tipo de máquinas e aparelhos.
A força hidrelétrica não emite poluição e nem gera resíduos para a sua produção, no entanto depende das condições do tempo. A falta de chuva pode comprometer a geração de energia no país e sobrecarregar as hidrelétricas.
Nessas condições, é preciso fazer uso de fontes complementares, como principalmente a energia térmica, que é poluente e mais cara ao bolso do consumidor. Por isso, é importante que os consumidores se preocupem em diversificar a matriz energética e buscar outras fontes, como as que veremos a seguir.
Energia eólica
Esse tipo de energia é obtida através da força dos ventos. É muito comum no Nordeste do país, por isso é normal a presença de enormes cataventos espalhados pelas estradas da região.
Esses equipamentos são na verdade chamados de aerogeradores ou turbinas eólicas, e transformam a energia mecânica gerada pelo movimento das pás das turbinas em eletricidade. Essa energia pode ser armazenada para possibilitar o funcionamento de todo tipo de equipamento.
É uma excelente fonte complementar de energia, combinando bem com as outras formas de energia que abastecem o país. A principal limitação da energia eólica é que ela só pode ser gerada em áreas com incidência constante de ventos, já que depende diretamente desse fenômeno.
Energia solar
A energia solar já vem sendo explorada no Brasil há alguns anos e é uma das fontes mais promissoras atualmente. Isso se deve ao fato de nosso território receber bastante incidência solar durante praticamente o ano todo.
A energia elétrica pode ter origem nas usinas e parques solares, e há também a possibilidade do consumidor investir em um sistema fotovoltaico particular, para gerar sua própria energia. Essa é uma das suas principais vantagens, já que oferece a possibilidade de maior economia nas contas de luz e maior independência energética em relação às distribuidoras de energia.
Pode ser usada para abastecer máquinas e equipamentos no local ou ser enviada para a rede elétrica nacional, caso a produção seja maior que o uso, assim gerando créditos energéticos.
Energia de biomassa
Através da biomassa é possível obter um tipo de energia térmica. Qualquer resíduo orgânico pode ser usado para servir de combustível na produção de biomassa.
Sua técnica mais comum é a queima dos resíduos, que gera energia através de um gerador. A partir daí, pode ser usada para ligar todo tipo de aparelhos e equipamentos utilizados na agropecuária.
No Brasil, há muitos subprodutos da agricultura e da pecuária que podem ser aproveitados para a geração de energia de biomassa. O mais comum é o bagaço da cana-de-açúcar, que depois do beneficiamento para produzir etanol, açúcar e outros derivados, tem na sua fibra um ótimo combustível para produzir energia.
Apesar das suas vantagens, há também algumas limitações. Atualmente, apenas grandes indústrias e fazendas do agronegócio podem optar por utilizar a energia da biomassa, já que é preciso estrutura e área grandes para implementar a usina.
Como economizar energia no agronegócio?
Como o consumo de energia para manter as atividades do agronegócio geralmente é bem elevado, é importante adotar algumas práticas visando a economia e uma prática mais sustentável, com menos desperdício de recursos.
Uma das principais técnicas para economizar energia é realizar manutenções regulares nos equipamentos, para que tenham condições adequadas de funcionamento e consumam apenas a energia necessária.
O mesmo vale para toda a parte elétrica da fazenda. Observe se as instalações estão em boas condições e funcionando devidamente, assim você evita o desperdício de energia. Verifique os conectores e fios e conserte o que estiver danificado o quanto antes, garantindo também a segurança de todos que trabalham no local.
Faça um bom planejamento das atividades, otimizando a produção e os recursos utilizados e evitando desperdícios. Por fim, dê preferência, sempre que possível, a processos automatizados, para operar somente nos momentos em que são estritamente necessários.
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