Energia Solar. A capacidade energética instalada no Brasil atualmente é por volta de 132 gigawatts (GW) produzidos, levando em conta todos os tipos de usinas em funcionamento que produzem energia elétrica no país. Desse total, menos de 0,0008% é produzida a partir de sistemas solares fotovoltaicos, que transformam a luz do Sol em energia elétrica.
Esses números são notáveis e colocam o Brasil em destaque no que se refere ao potencial solar em comparação a outros países ao redor do mundo.
Acontece que o Brasil é um dos poucos países no mundo que ainda recebe insolação superior a 3000 horas por ano, o que indica o número de horas de brilho do Sol. Na região Nordeste o potencial é ainda maior, já que conta com uma incidência média diária entre 4,5 e 6 kWh.
O que explica então que a energia solar ainda seja tão pouco explorada no Brasil? Confira a resposta para essa dúvida no artigo a seguir.
As razões para que a energia solar não seja tão utilizada no Brasil
Apesar do elevado potencial energético do nosso país em relação à produção de energia solar, essa vantagem não é devidamente utilizada. São vários fatores que determinam esse cenário. Vamos juntos entender um por um? Boa leitura!
Custo de aquisição e poucos incentivos governamentais
O primeiro aspecto diz respeito ao alto custo de aquisição de um sistema solar. Ainda que a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) tenha estabelecido a Norma Resolutiva 482/2012, muitos cidadãos ainda têm dificuldade de enxergar a prática como um investimento viável.
A norma em questão foi um grande marco para o setor energético no país, pois estabelece as condições para o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica e sobre o sistema de compensação de energia elétrica.
Apesar disso, o uso da energia solar no Brasil ainda corresponde a apenas 1,7% de toda a matriz energética brasileira. A verdade é que o governo segue investindo majoritariamente em usinas hidrelétricas, visto que o Brasil é também muito rico em recursos hídricos.
Lugares como Israel, por exemplo, têm aproximadamente 90% de suas residências equipadas com painéis solares. Já a Alemanha possui 15% de suas residências adeptas a este tipo de fonte de energia, uma porcentagem alta levando em conta que se trata de um país mais frio e com menos incidência solar.
Juntamente da questão que envolve poucos incentivos governamentais, há a necessidade de um grande investimento com retorno a médio prazo, fazendo da energia solar uma alternativa pouco acessível financeiramente à maioria dos brasileiros em um primeiro momento.
Os sistemas de energia solar fotovoltaica custam a partir de R$ 9 mil reais, o que pode variar em função do tamanho do local a ser abastecido e, consequentemente, do número de placas a serem instaladas.
Grandes projetos, como os que são necessários em empresas, por exemplo, podem chegar a custar até R$ 400 mil. Olhando, por outro lado, o custo de um sistema como esses para a sua casa equivale a quatro ou cinco anos do valor da sua conta de luz, que é o prazo de retorno do investimento.
O que poderia reverter esse cenário seriam as políticas públicas de incentivos para que os brasileiros tenham possibilidades de investir em energia solar.
Linhas de créditos com baixos juros, redução de impostos e a possibilidade de utilizar o FGTS para a compra dos equipamentos seriam algumas das formas possíveis para encorajar um número maior de pessoas a instalar sistemas solares fotovoltaicos em suas empresas e residências.
Falta de informação
Também é necessário que se fale mais sobre o assunto, com a ajuda de propagandas institucionais falando sobre os benefícios e as vantagens da tecnologia solar. A ausência de campanhas informativas e de conscientização sobre o assunto é um dos aspectos que favorecem a pouca utilização de energia solar no Brasil.
Nosso país tem um enorme potencial de crescimento neste setor. Estima-se que mais de 800 mil residências estejam utilizando sistemas solares fotovoltaicos até 2024, mas para que isso aconteça é preciso que barreiras como essa sejam superadas.
Muita gente sabe que a energia solar é uma fonte de energia renovável e limpa, mas poucos têm consciência de que é possível economizar até 95% na sua conta de luz, que o valor investido pode retornar em alguns anos de uso, que a instalação é simples e que as centrais demandam manutenção mínima.
Esse tipo de iniciativa faria toda a diferença para que mais pessoas interessadas sobre o assunto possam se tornar adeptas desta tecnologia que traz grande economia ao bolso, e imensuráveis benefícios ao meio ambiente.
Interferência das concessionárias de energia
A economia na conta de luz faz com que as concessionárias de energia elétrica estejam pouco interessadas no aumento de consumidores adeptos à energia solar. Quanto mais pessoas fazendo uso dessa forma de geração de energia, menos lucros as concessionárias irão ter.
Essas empresas estão presentes durante todo o processo de homologação dos projetos até a última etapa de instalação, e acabam levando cerca de 4 meses para efetuar o processo de conexão à rede elétrica, quando na verdade essa etapa deveria levar até 7 dias apenas.
Dessa forma, a presença das concessionárias no âmbito político e econômico acaba afetando diretamente o crescimento do cenário da energia solar, uma vez que ele certamente comprometeria boa parte do seu lucro.
Desde 2016, o cenário se tornou mais otimista. Estima-se que o número de microgeradores de energia solar tenha crescido 407% em comparação ao ano anterior. Confira a seguir algumas dicas importantes para ajudar quanto ao alto custo das placas solares.
Quais as soluções para o alto custo da energia solar?
O financiamento é um dos principais determinantes para favorecer a compra de sistemas de energia fotovoltaica. Muitos brasileiros que desejam instalar um sistema como esses em sua empresa ou residência podem encontrar a solução ideal em bancos, como o Banco do Brasil, Bradesco e BNDES, que possibilitam o financiamento para a instalação de equipamentos.
Para isso, é preciso levar até o órgão financiador algumas informações essenciais, como um orçamento com equipamentos e mão de obra descritos, além do seu comprovante de renda.
As taxas e períodos de carência podem variar de acordo com cada instituição, mas é fato que essa é uma alternativa cada vez mais procurada por brasileiros conscientes, preocupados com o meio ambiente e interessados em liquidar seus gastos com energia elétrica.
Para mais informações a respeito dessa tecnologia com cara de futuro, mas já é uma realidade do presente, entre em contato conosco. Vamos tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto.