A geração distribuída de energia tem crescido cada vez mais no Brasil e no mundo graças às suas vantagens e benefícios tanto para o bolso dos consumidores que chegam a economizar até 90% da conta de energia, como para o meio ambiente, já que é uma forma sustentável de gerar eletricidade sem agredir a natureza. O que muitos não sabem é que existem diversas formas de geração distribuída de energia.
Uma das principais características da geração distribuída de energia é a localização da fonte geradora, que fica na própria unidade ou bem próxima dela. Como por exemplo, os painéis fotovoltaicos que ficam localizados no telhado das residências e empresas.
Para que você entenda mais sobre a geração distribuída de energia e como ela funciona, separamos 3 exemplos. Confira a seguir!
Como funciona a geração distribuída no Brasil?
No Brasil, a Geração Distribuída usa a base do net metering, onde o consumidor é o próprio gerador da energia e utiliza sua produção para descontar o próprio consumo em forma de créditos na sua conta de luz. Esse sistema é conhecido como sistema de compensação de energia.
Isso faz com que o consumidor possa usar a energia produzida para várias finalidades, especialmente se tiver modalidades como o autoconsumo remoto, que possibilita abater valores da conta de energia de outras unidades que estejam em seu CPF ou CNPJ.
Vale ressaltar, porém, que aqui no Brasil os geradores de energia não podem vender a energia produzida, e ela é injetada na rede em casos de sistemas On Grid, ou estocada em baterias em sistemas Off Grid para serem usados para consumo próprio, dependendo do tipo de fonte que está sendo usada para gerar energia.
Hoje, a energia solar é a fonte mais usada pelos brasileiros como geração distribuída de energia, mas é possível usar outras fontes como o vento e até biomassas, que em alguns casos são sustentáveis e limpas, como o bagaço de cana, por exemplo.
3 exemplos de formas de geração distribuída de energia
Geração junto à carga
Essa é a modalidade mais conhecida e usada da geração distribuída, onde gera-se energia elétrica no próprio local de consumo – residenciais e empresas – e o principal exemplo são as placas solares e sistemas fotovoltaicos.
Nessa modalidade, toda a energia gerada naquela unidade será de uso exclusivo da unidade geradora, não sendo possível transferir os créditos energéticos. Como dito antes, toda a energia gerada a mais do que a energia consumida, ou é enviada para a rede de energia que abastece a unidade durante a noite, ou é estocada em baterias para ser usada em períodos noturnos ou situações de pouca produção de energia, dependendo da fonte.
Nos casos de energia solar, por exemplo, sempre que não houver sol – durante a noite -, ou o sol estiver fraco – dias nublados e com chuva -, é necessário injetar uma quantidade maior de energia elétrica vindo da rede ou das baterias para suprir a demanda.
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Já nos casos da energia eólica, a geração é mais imprevisível e necessita de muitas turbinas para suprir as demandas, já que o vento é menos abundante do que o sol em diversas regiões.
Autoconsumo remoto
Já na geração de autoconsumo remoto, a energia gerada em determinada unidade pode ser usada para abater a conta de energia de outras unidades que tenham o mesmo CPF ou CNPJ. Por exemplo, uma casa na praia que fique na mesma área de atendimento da distribuidora da região poderá usar seu saldo energético para abater uma residência em outro local que esteja em título do mesmo CPF.
Uma forma de gerar energia para várias unidades que é usada especialmente por empresas é instalar a energia em terrenos para construir uma usina de solo, sem necessariamente instalar o sistema em uma das unidades que irá usar a energia elétrica.
Vale lembrar, no entanto, que não é possível abater a conta de luz da sua empresa com a energia gerada em sua residência, ou vice-versa, mesmo que ambas estejam em seu nome. Isso porque os créditos energéticos só podem ser usados com o mesmo CPF ou mesmo CNPJ.
Geração compartilhada
A geração compartilhada é usada especialmente em condomínios, mas também pode ser usada entre vizinhos e familiares.
Nessa modalidade, dois ou mais indivíduos que estejam dentro da mesma área da distribuidora investem em um único sistema de geração distribuída de energia. Com isso, cria-se um contrato estipulando quanto cada um dos indivíduos pagará do custo de aquisição do sistema, tornando o investimento mais vantajoso para todos os envolvidos.
Isso porque, além de dividir os custos de instalação, os abatimentos da geração excedente de energia é divida entre todos os participantes da geração compartilhada, gerando economia no final do mês para todos os envolvidos.
Agora que você viu os exemplos de formas de geração distribuída de energia, e como as modalidades disponíveis podem ser vantajosas, não deixe de avaliar suas necessidades e a possibilidade de instalar um sistema de geração distribuída de energia em sua residência ou empresa.
Embora existam várias fontes que podem ser usadas na geração distribuída, a energia solar é hoje a mais usada em todo o país, graças ao clima tropical na maioria das regiões.
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