Muitos consumidores têm notado que o valor da conta de luz dobrou nos últimos meses. Isso pode ser explicado por diversos fatores, que incluem o aumento de consumo e até a bandeira utilizada naquele momento. Mas você sabe por que isso pode acontecer?
O aumento nas tarifas elétricas é algo que tem chamado a atenção de diversos brasileiros, especialmente depois da crise hídrica que gerou a necessidade de uma nova bandeira, com valores muito acima dos praticados antes.
Junto a isso, a inflação e as dívidas do governo também fizeram com que as taxas cobradas nas faturas da conta de luz aumentassem, resultando em valores que representam quase o triplo do preço que se pagava há alguns meses.
Para explicar melhor o que pode estar acontecendo para que sua conta tenha dobrado de valor, separamos um post explicativo que vai tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto. Veja a seguir alguns motivos que levaram ao aumento dos valores da conta de luz.
Aumento de consumo
Um dos fatores que mais impactam no aumento da conta de luz é naturalmente o aumento do consumo de energia elétrica. Isso tem um impacto ainda maior especialmente quando o consumidor faz o uso frequente dos conhecidos “vilões” da conta de luz.
O chuveiro, a geladeira e o aparelho de ar-condicionado são alguns deles. Quando usados de forma indevida e com muita frequência, o chuveiro e o ar-condicionado podem fazer com que sua conta ultrapasse R$600 por mês.
Ao avaliar o consumo mensal de certos aparelhos, os consumidores percebem que o aumento da conta está ligada diretamente com o aumento do consumo e uso de eletrodomésticos e eletrônicos que usam uma quantidade gigante de kWh.
Implementação das bandeiras tarifárias
Você sabia que quanto mais escura a bandeira tarifária, maior o preço do kWh? Essas bandeiras são estabelecidas de acordo com a escassez dos recursos para gerar energia elétrica. No cenário atual, estamos falando da água, em função da crise hídrica.
Ou seja, quando os reservatórios das hidrelétricas estão muito baixos, é necessário aumentar o valor da energia para suprir a necessidade de outras fontes geradoras. Essas fontes, como as termelétricas, por exemplo, normalmente são mais caras, por isso são acionadas apenas em último caso.
O Sistema de Bandeiras Tarifárias foi instituído em 2013 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), através da Resolução nº 547. Desde então, sua metodologia foi apresentada nas contas de energia em regime de teste, até o final de 2014. A partir de 2015, se tornou vigente.
Atualmente, as bandeiras mais caras são a vermelha e a preta. A primeira é usada quando as condições de geração estão em fases críticas, quando é necessário que um acréscimo maior seja aplicado. A bandeira vermelha tem dois patamares: no Patamar 1 , é cobrado um acréscimo de R$ 4,16 a cada 100kWh consumidos; no Patamar 2, acresce na sua conta R$ 9,49 a cada 100 kWH.
Além dessas, há também a bandeira preta, que representa a escassez hídrica. Seus custos estão previstos na Resolução 3/21 da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética, propondo acréscimo de R$ 14,20 a cada 100 kWh. É ela a principal responsável por fazer com que as contas de energia dobrassem de valor.
Aumento da inflação
A inflação é outro fator que impacta diretamente no valor da sua conta de luz todos os meses. Quanto maior a inflação, mais cara a energia tende a ficar, e como temos visto nos últimos meses, a inflação tem subido cada vez mais.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, registrou 0,67% em junho deste ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A inflação acumulada em 2022 já chegou a 5,49%. Em 12 meses, o IPCA acumulado atingiu 11,89%, acima dos 11,73% acumulados em maio de 2022.
Um levantamento da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (ABRACEEL) mostrou que, nos últimos 7 anos, a conta de luz do brasileiro aumentou muito acima da inflação nesse período.
Enquanto o IPCA teve uma variação de 6,7% ao ano, a tarifa de energia elétrica residencial teve um aumento médio anual de 16,3% entre 2015 e 2021. Além disso, o relatório também destaca o quanto a conta de luz pesou no bolso do brasileiro: os gastos com energia elétrica representaram 10,65% da variação do IPCA.
Ainda não há previsões para que a inflação diminua. Com isso, fica impossível saber quando a conta de luz voltará ao valor que tinha há alguns meses, e se de fato há mesmo a possibilidade dela abaixar.
Consumo em excesso em horários de pico
O valor das tarifas de energia é baseado em três períodos de consumo. O primeiro deles é o de ponta, também chamado de horário de pico, no qual há maior demanda por energia. Esse período costuma se concentrar entre as 18h30 até as 20h, e um dos motivos para o valor da conta de luz ter dobrado pode ser o aumento do consumo durante esse período.
Do outro lado, há o que chamamos de período fora de ponta, no qual a demanda de energia é menor. Sendo assim, é mais barato produzi-la, resultando em uma tarifa mais baixa. Essa faixa de horário é também aplicada no consumo em qualquer horário em feriados nacionais e finais de semana.
Por fim, há a faixa intermediária, que geralmente inclui os períodos de 1 hora antes e 1 hora depois da ponta.
Os horários específicos e o custo exato de cada uma dessas faixas pode variar de acordo com cada distribuidora de energia. O maior valor cobrado envolve o consumo realizado na ponta, já que, devido à alta demanda, o sistema gerador de energia precisa trabalhar mais, o que torna o custo de produção maior. O menor valor, como você já deve imaginar, é referente ao consumo que acontece fora da ponta.
Para incentivar os consumidores a priorizarem o uso de energia durante o período fora da ponta, foi lançada, em 2018, a tarifa branca. Essa modalidade pode oferecer uma economia de até 15%, mas para isso é preciso que o consumidor conheça bem seus hábitos de consumo.
Se você faz parte da tarifa branca, é importante ficar de olho no consumo que acontece nos horários de ponta e avaliar se há a possibilidade de ligar os aparelhos em horários em que o valor do kWh fica mais barato. Nos horários de ponta, o valor do kWh pode até dobrar.
O que fazer ao notar que a conta de luz dobrou o valor?
Ao receber a conta de luz com um valor muito superior aos valores antigos, você pode tomar algumas atitudes, como:
Acompanhe a leitura do medidor
Caso você desconfie que possa estar sofrendo um aumento abusivo na conta de energia, é importante verificar a leitura do medidor de energia. Anote os dados obtidos na leitura e então subtraia do valor da leitura que estava na fatura anterior. Em seguida, veja quantos dias passaram entre as duas medições e divida o valor encontrado pelos dias.
O resultado desse cálculo mostrará o consumo médio diário que você teve durante esse período. A partir disso, você pode verificar se o consumo do mês anterior ficou muito abaixo ou está com valores próximos aos deste mês.
Leve em consideração novos eletrodomésticos, aumento de consumo de energia e possibilidade de festas com maior frequência, o que faz com que a geladeira seja aberta mais vezes e pode resultar em um pequeno aumento na sua conta de energia.
Analise se não houve nenhum erro de leitura
Alguns erros na leitura podem ser comuns e bastante frequentes, e acabam fazendo com que o consumidor tenha que pagar uma cobrança indevida.
No entanto, não se preocupe: você pode recorrer e solicitar uma revisão com a distribuidora de energia, e até mesmo abrir uma reclamação formal no Procon caso o procedimento não dê resultado.
Mude sua tarifa
Hoje em dia, as contas de luz são cobradas de duas formas diferentes: pela tarifa convencional e pela tarifa branca. De modo geral, todos os consumidores são cobrados pela tarifa convencional, que possui um valor de KWH fixo para todos os horários.
O consumidor pode entrar em contato com a distribuidora e solicitar a alteração para a tarifa branca, a qual possui um valor que muda em horários de ponta. Na cidade de São Paulo, por exemplo, os horários em que o KWH fica mais caro são entre 17:30 e 20:30, com o valor do kWh chegando a R$1,11 em 2021.
Embora possa parecer pouco vantajoso, os horários fora de ponta (que vão desde as 21:30 até às 16:30 do dia seguinte em São Paulo) tem um valor de R$0,49 kWh, ou seja, mais da metade do valor do horário de pico de consumo. Isso significa que, ligando os aparelhos que possuem maior gasto depois das 21:30, é possível economizar até 50% do valor da conta no final do mês caso os mesmos aparelhos fossem ligados no horário de ponta.
Já na tarifa convencional, o valor do kWh em qualquer horário é de R$0,59 e pode não oferecer muitas possibilidades para quem quer economizar.
Para se ter uma ideia, imagine que você gasta uma média de 70 kwh por mês com seu chuveiro, que é a média calculada para cada residência. Se você ligar o chuveiro depois das 21:30 todos os dias na tarifa branca, no final do mês terá gasto R$34,3 com o aparelho. Caso você use a tarifa convencional com o valor fixo, o gasto sobe para R$41,3, com quase 10 reais de diferença.
Após ver porque a conta de luz dobrou o valor, não deixe de ficar de olho no padrão de consumo e avaliar se pode ter acontecido algum tipo de erro na hora de leitura. Caso isso aconteça, não deixe de solicitar uma revisão para não ter que arcar com os custos cobrados indevidamente.
Invista em energia solar
A energia solar fotovoltaica é obtida por meio da luz do sol, que é absorvida e convertida em energia elétrica. Essa forma de gerar energia tem atraído muitos consumidores no Brasil e em todo o mundo, principalmente aqueles que desejam economizar nas contas de luz.
Ao investir em um sistema fotovoltaico, o consumidor comum pode obter uma economia considerável na fatura de energia, de até 95%. Isso acontece porque, ao gerar sua própria energia, só precisará pagar a taxa referente ao custo de disponibilidade cobrado pela distribuidora.
Há outras vantagens envolvidas, já que essa é uma tecnologia avançada e que oferece muita praticidade. O sistema fotovoltaico para micro ou minigeração distribuída ocupa pouco espaço na instalação, é simples de ser instalado, não produz ruídos e requer pouca manutenção.
Em constante evolução, a tecnologia utilizada nos painéis solares possui durabilidade de cerca de 25 anos. Isso significa que o consumidor pode gerar a própria energia e ter economia nas contas de luz por duas décadas, após ter o retorno do investimento (que acontece em torno de 7 anos após a instalação).
Um benefício muito interessante oferecido pela implementação de tecnologia fotovoltaica é que ela pode ajudar na valorização do seu imóvel. Segundo o Laboratório Nacional Lawrence Berkeley (EUA), o valor de um imóvel pode crescer entre 4% e 6% com um sistema de energia solar. No caso de imóveis sustentáveis certificados, este aumento pode chegar a 30%, segundo artigo publicado na revista Stand.
Como a energia solar é gerada a partir da luz do Sol, faz uso de uma fonte de energia renovável, que permanecerá aquecendo a Terra por mais alguns bilhões de anos. Sendo assim, não há preocupação quanto à finitude desse recurso, ao contrário do que acontece com outras fontes de energia, como os combustíveis fósseis.
É também considerada uma energia limpa, já que não emite qualquer tipo de poluente na atmosfera. Muitos consumidores ao redor de todo o mundo estão substituindo outras formas de obter energia pela energia solar para diminuir a emissão na atmosfera de gases que causam o efeito estufa.
Outro aspecto valioso a respeito da energia solar é que a tecnologia utilizada para a sua geração se adequa bem a diferentes tipos de cenários, possibilitando a oferta de eletricidade até mesmo nos lugares mais remotos.
Regiões que não possuem conexão com a rede elétrica de distribuição podem usufruir de sistemas fotovoltaicos off-grid. Com essa solução, é possível garantir o abastecimento elétrico de pequenas vilas ou casas situadas em pontos isolados.
Por outro lado, uma das desvantagens da energia solar é o alto investimento necessário para obter um sistema fotovoltaico. Vale lembrar que essa é uma solução pioneira e muito avançada, mas a tendência é que a realidade mude nos próximos anos, com a evolução da tecnologia.
Nos dias atuais, um dos principais caminhos para viabilizar o investimento em energia solar são as linhas de financiamento. Por meio delas, é possível fazer o pagamento do sistema fotovoltaico com a economia obtida nas contas de luz.
A Solfácil é uma plataforma tecnológica para financiamento de energia solar que tem o objetivo de possibilitar uma transformação na sua forma de consumir eletricidade.
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