A função dos diodos de bypass é eliminar o fenômeno de pontos quentes (hot-spots) que podem danificar as células e até causar incêndio se a luz que atinge a superfície das células, em um módulo, não for uniforme.
Os diodos de bypass geralmente são colocados em sub-strings do módulo, sendo um diodo para até 20 células. Esta configuração elimina o surgimento de hot-spots e permite que os módulos operem com alta confiabilidade ao longo de sua vida útil.
Um módulo padrão de 60 ou 72 células, geralmente é construído a partir de 3 sub-strings, cada uma protegida por um diodo de bypass. Enquanto a luz que atingir a superfície da célula for uniforme, os diodos de bypass terão uma tensão negativa de aproximadamente -10V entre o anodo e o catodo e não conduzirão.
As células sombreadas não produzem a mesma quantidade de energia que células não sombreadas, e, como todas as células de um módulo estão conectadas em série, diferenças de potência causam diferenças na tensão. Se tentarmos conduzir alta corrente através de uma célula sombreada, a sua tensão se tornará negativa.
A célula passaria a consumir energia em vez de produzi-la e a energia consumida pela célula faria com que a célula aquecesse e, eventualmente, queimasse. Porém, com o diodo de bypass, a corrente passará por ele e não pela célula sombreada devido à tensão negativa da sub-string, evitando os hot-spots e os defeitos que ocorreriam em decorrência dele. A desvantagem é que as 20 células da sub-string são retiradas de operação, fazendo com que o módulo opere a 2/3 da capacidade total.
Guilherme Peters Junior
Especialista de marketing pela Solfácil, atuando em frentes de SEO, geração de conteúdo e inbound marketing. Trabalha no setor de energia solar desde 2018, na qual é apaixonado.