O mercado de energia solar tem ganhado cada vez mais destaque no Brasil, impulsionado pela crescente demanda por fontes de energia limpa e renovável. Com o sucesso da energia solar em 2022, que se tornou a segunda maior participante da matriz elétrica brasileira, a expectativa é que o mercado continue em constante evolução em 2023.
Nesse contexto, é fundamental mapear as tendências que irão impactar o setor nos próximos anos, a fim de estar preparado (a) para aproveitar as oportunidades e enfrentar os futuros desafios.
Desde o crescimento contínuo da energia solar fotovoltaica até o desenvolvimento de projetos de grande escala, a adoção de novas tecnologias e inovações e a democratização do acesso à energia solar, existem muitos fatores que irão moldar o mercado de energia solar no Brasil em 2023.
Nesta perspectiva, é importante se manter atualizado sobre as tendências do mercado de energia solar em 2023 para poder tomar decisões assertivas e contribuir para o desenvolvimento sustentável do país.
Em coatribuição ao mercado, Marcio Takata, CEO da Greener promoveu um webinar onde abordou as principais tendências do mercado solar para o ano de 2023.
O que você verá no webinar:
- Como o Marco Legal da GD afeta a atratividade do setor e quais as atualizações regulatórias?
- Qual a variação de custos das matérias-primas e a reflexão nos preços dos sistemas fotovoltaicos?
- Como a taxa de juros influencia os financiamentos no mercado solar fotovoltaico?
- Após a alteração da forma de compensação dos créditos de energia, qual a atratividade dos investimentos nesse mercado?
- Como o governo lidará com a transição energética no país e o que isso sinaliza aos investidores?
Cique no botão baixo para assistir o webinar no canal do YouTube da Greener.
Abaixo, você confere um resumo dos principais pontos abordados neste webinar, mas gostaríamos de deixar claro que a informação completa só estará disponível no próprio webinar. A leitura não substitui o mesmo.
Números que o mercado vem apresentando nos últimos anos
Nos últimos anos o volume de equipamentos viabilizados pelo mercado fotovoltaico vem obtendo um crescimento exponencial. Apenas no ano de 2021 o montante de módulos fotovoltaicos que chegaram no mercado brasileiro já representava 9,5 GW em 2022 evoluindo, cerca de 70% desse montante chegou a casa dos 16,7 GW para atender a geração distribuída e geração centrada.
Com números tão expressivos, conseguimos observar um mercado aquecido e com uma ampliação significativa em relação ao ano de 2021.
Esse crescimento se dá tanto para os investimentos em geração centrada (GC), mas é especialmente demandado pelos investimentos de geração distribuída (GD), que vem apresentando um crescimento muito significativo, sendo o motor que vem atraindo cada vez mais investimentos para o setor.
Com os avanços promissores as expectativas para o ano de 2023 estão elevadas, entretanto, com as mudanças do cenário macro que influenciaram o ano de 2022, também poderão impactar a dinâmica do mercado em 2023.
Alterações regulatórias e reflexos no setor
No ano de 2022 ocorreram mudanças muito importantes em termos regulatórios, como é o caso da lei 14.300/2022, que nos apresenta uma nova realidade e um marco muito importante com relação às suas características, por exemplo, a atratividade da geração distribuída (GD) no Brasil.
Como principal mudança, a lei 14.300/2022 traz para os empreendimentos que tiverem a subestação protocolada até 06/01/2023 o fato de que os créditos de energia, isto é, da parcela injetada na rede, terão uma redução ao longo do tempo, dependendo do modelo de negócio e do tamanho do negócio. Quando se fala de instalações de pequeno porte, esta redução será gradual, fato que pode tornar o impacto menor.
Outro ponto muito importante destacado no webinar é sobre as mudanças tributárias da energia solar em 2022 que moldaram o perfil do retorno de investimento.
Em resumo, sabe-se que o preço da energia caiu em função da redução da alíquota de ICMS e da mudança de base de cálculo do ICMS, o que fez com que o preço da energia fosse reduzido ao longo de 2022. Isso apresenta condições diferentes de atratividade e retorno de investimento para quem tem geração distribuída no Brasil. Esse é um dos fatores que contribuíram para a redução dos preços e da atratividade da geração distribuída em 2022.
Confira o estudo sobre o marco legal da lei 14.300/2022: CLIQUE AQUI
Minutagem: 06:24 – 11:17
Variação de custos das matérias-primas e a reflexão nos preços dos sistemas fotovoltaicos
Um tema muito importante é o entendimento das variações de preços de sistemas fotovoltaicos para o consumidor final. Haja vista que em 2022, apresentou-se uma redução dos preços, fato que é fundamental quando pensamos em atratividade e vendas propriamente dito.
Espera-se que a redução dos equipamentos fotovoltaicos continue como uma tendência, visto que este será um elemento muito importante para a redução do custo para o cliente final.
Outro fenômeno importante é a restituição das margens do integrador, percebida no segundo semestre de 2022, e que também pode se mostrar uma tendência para o ano de 2023. Esses indicadores podem nos apresentar uma “previsibilidade” sobre os preços do mercado, podendo se transformar em argumentos e condições de atratividade da geração distribuída.
Fabricação de componentes do sistema fotovoltaico
Outro fator muito importante para a redução de custos dos equipamentos, seja para geração distribuída ou de geração centralizada, é o preço dos módulos fotovoltaicos, influenciados pelo preço de sua matéria-prima, o polissilício.
Sobre isso, nos últimos anos, observou-se uma constante elevação dos preços, mas com a importante ampliação da capacidade produtiva e purificação do polissilício, observa-se uma maior oferta desse commodity, contribuindo para a redução dos preços desde o final de 2022 e início de 2023.
Dessa forma, é possível atribuir uma tendência de redução no preço final de equipamentos fotovoltaicos, contribuindo para a atratividade do mercado.
Minutagem: 11:20 – 17:51
Como a taxa de juros influencia os financiamentos no mercado solar fotovoltaico?
Outro fator que influencia diretamente a atratividade é o custo do financiamento dos sistemas fotovoltaicos no Brasil. Sendo um indicador macroeconômico, está diretamente dependente da taxa de inflação, que nos últimos anos, por uma série de fatores, vem se elevando, especialmente ao longo de 2021 e metade de 2022. Entretanto, após a metade de 2022, vimos uma redução das taxas de inflação.
Esses fatores impactam diretamente na taxa básica de juros (SELIC), que é uma base muito importante para as taxas de juros. A inflação elevada nos últimos anos trouxe uma grande elevação para a taxa SELIC, especialmente ao longo de 2022, chegando a 13,75% em 2023. O resultado final desses fenômenos é a elevação do custo financeiro e a elevação da expectativa de retorno pelos investidores, tornando-se um indicador que influencia o mercado brasileiro.
Como isso influência o mercado de energia solar? Em resumo, a elevação das taxas de juros impacta diretamente nos custos para o financiamento dos sistemas fotovoltaicos. Com a elevação da taxa de juros para financiar o sistema fotovoltaico, torna-se um fator negativo na atratividade, gerando uma redução na participação do financiamento, caindo para 54% do percentual de vendas financiadas.
Tarifas de energia no Brasil
Outro fator que influencia na demanda solar fotovoltaica, especialmente na geração distribuída, é o comportamento das tarifas de energia no Brasil. A título de exemplo, nos últimos 5 anos, estamos observando uma importante elevação das tarifas, das quais tendem a se manter em patamares elevados ao longo de 2023. O que, na prática, influencia positivamente a viabilização de projetos de geração distribuída no Brasil.
Vale ressaltar que existem outros fatores tributários que ocorreram nos anos de 2021 e 2022 que podem alterar o cenário final.
Minutagem: 18:19 – 23:35
GD Remota
A geração distribuída remota vem se mostrando um próspero driver de crescimento da geração de energia solar no Brasil, especialmente após as mudanças regulatórias.
Considerando o volume de projetos que já possuem um parecer emitido ou estão em processo de emissão de parecer, representam um volume muito importante de projetos que serão viabilizados ao longo de 2023 e 2024.
Em levantamento realizado em 2022 com os principais empreendedores, investidores e estruturadores de GD Remota no Brasil, monitorando um volume bastante elevado de empreendimentos em fase de construção e desenvolvimento, com números próximos a 4 GW. Isso leva a considerar a enorme quantidade de projetos que devem ser viabilizados ao longo de 2023.
Minutagem: 23:40 – 24:57
O governo e a transição energética
Como um grande ponto positivo, podemos esperar um forte posicionamento do novo governo em relação à transição energética e à descarbonização, tornando esses pontos muito importantes e atraindo maior ênfase para a transição energética, tornando a energia solar um ponto central nesse processo.
Mas é claro, essas mudanças vão trazer oportunidades, como a fonte eólica offshore e o hidrogênio, que devem fazer parte importante dessa pauta nos próximos anos.
No cenário regulatório, podemos destacar a PL 414/2021, que trata da modernização do setor elétrico no Brasil. E dentro deste contexto, a abertura de mercado deve ser uma pauta importante para os empreendedores e investidores ao longo de 2023.
Em 2024, teremos a abertura para consumidores de média e alta tensão, o que traz a importância do posicionamento dos empreendedores em relação a essa forte tendência de mercado que viveremos no Brasil.
Ainda sobre o que esperar diante da transição, a geração centralizada deverá passar por um processo de expansão nos próximos anos.
Minutagem: 34:25 – 37:23
Este foi um resumo dos principais pontos abordados no webinar. No entanto, diversas outras questões e perguntas da audiência foram respondidas durante o evento. Por isso, recomendamos que assistam o webinar na íntegra.
Cique no botão baixo para assistir o webinar no canal do YouTube da Greener.