Independente se instalada no solo, em telhados ou em fachadas, uma placa solar fica suscetível aos fenômenos do clima, como chuva, vento e até mesmo granizo. Isso é inevitável, já que precisam ficar expostos à luz do Sol.
Por conta disso, muitos clientes de energia solar se veem apreensivos em relação à resistência da placa solar. Afinal, será que eles têm condições de suportar condições extremas do clima?
Essa e outras respostas para as dúvidas referentes à resistência dos painéis solares você verá no artigo a seguir. Boa leitura!
Uma placa solar resiste a impactos mecânicos?
Esse tipo de dúvida é válida, pois as células fotovoltaicas cristalinas que compõem a maioria dos painéis solares são realmente muito frágeis. Por isso, é preciso ter muito cuidado durante o transporte e manuseio de placas solares, e é contraindicado andar sobre eles na hora da instalação ou da manutenção.
Com o impacto, as células fotovoltaicas podem sofrer microfissuras, capazes de reduzir o desempenho do sistema como um todo.
A maioria dos painéis solares fabricados e comercializados hoje em dia são de qualidade, equipados com vidro temperado de 3.2mm para oferecer a proteção adequada às células fotovoltaicas que ficam embaixo.
A placa solar passa por uma série de testes para certificar sua qualidade e resistência, e em condições específicas podem suportar chuva de granizo nas mais diversas formas possíveis.
Essa camada é extremamente resistente e blinda os painéis, sendo capaz de suportar o peso de uma pessoa ou até mesmo de um carro sem quebrar. Em testes controlados, o vidro resiste a impactos de bolas de gelo a 100 km/h, valor mais do que suficiente para proteger qualquer placa solar.
Apesar de contarem com essa proteção adicional, vale lembrar que os circuitos internos das placas são extremamente delicados, e podem ser danificados mediante vibrações ou pequenas flexões, que certamente interferem diminuindo a sua eficiência. Sendo assim, é melhor não arriscar.
Segundo as normas internacionais para fabricação de placa solar, a superfície dos equipamentos mais modernos já é capaz de resistir a pedras de granizo e outros imprevistos do clima.
O material utilizado é projetado justamente pensando nesse tipo de impacto, e é por isso que o valor desses itens pode ser um pouco mais salgado, mas com a possibilidade de durar até 40 anos com baixo custo de manutenção.
Painéis fabricados respeitando a norma IEC 61215, por exemplo, podem suportar pedras de granizo de 35mm, viajando a 100 km por hora. A velocidade terminal de uma pedra de granizo de 1 centímetro de diâmetro é de 50 km por hora, ou seja, essa é a velocidade mais rápida com que um granizo desse tamanho pode cair na superfície da Terra vindo do céu.
Isso tudo significa que danos causados aos painéis solares por chuvas de granizo são extremamente raros. Até mesmo porque os ângulos inclinados da instalação dos painéis impedem que os mesmos sofram impactos diretos.
Além de serem desenvolvidos para conseguir suportar choques mecânicos, há outros tipos de resistência dos quais esses equipamentos são dotados, como contra a corrosão e oxidação. Veja mais a seguir.
Como a placa solar resiste à corrosão e oxidação?
Alguns metais têm mais disposição a sofrer desse tipo de dano do que outros. Os materiais utilizados na fabricação de painéis solares fotovoltaicos estão suscetíveis a esse tipo de problema.
Para evitar que isso aconteça, é preciso adotar alguns tratamentos específicos durante o desenvolvimento desses produtos.
Há dois principais tratamentos anti-corrosão muito comuns em aplicações industriais, inclusive no segmento fotovoltaico: a anodização do alumínio e a galvanização do aço.
Mais recentemente, estão surgindo outras soluções, como os processos de fosfatização, eletroforese catódica (KTL) e Geomet. Devem ser evitadas estruturas metálicas para a fixação de módulos fotovoltaicos que não empreguem pelo menos uma dessas técnicas.
Esses processos (que já são explorados pelas indústrias automobilística, naval e aeronáutica), proporcionam elevada durabilidade e um bom custo-benefício nas instalações fotovoltaicas.
A camada de proteção depositada sobre a superfície dos equipamentos tem a função de evitar a corrosão pela presença do eletrólito, que é geralmente formado pela umidade do ar ou da chuva, por resíduos e pela salinidade da maresia em locais litorâneos. Como os painéis ficam expostos à intempéries, ficam suscetíveis a esse tipo de efeito.
Esses procedimentos fazem o isolamento entre os metais, impedindo que a pilha galvânica seja formada e, consequentemente, interrompendo a troca de elétrons, a geração de íons e a corrosão.
As películas formadas também são importantes para isolar o material do contato com o ar, evitando oxidação e ferrugem. Muitos painéis de qualidade serão certificados pela IEC 61701, indicando que eles podem suportar os efeitos da salinidade.
Como os sistemas fotovoltaicos são desenvolvidos para ter uma vida útil superior a 25 anos, é importante desenvolver e aplicar técnicas que acompanhem essa durabilidade. Além disso, é preciso considerar a segurança, já que módulos fotovoltaicos instalados em fixações deterioradas e corroídas oferecem sérios riscos, como a possibilidade de serem arrancados durante vendavais.
Essa resistência vai depender, é claro, do produto adquirido. Como em qualquer outro segmento do mercado, há produtos de alta e baixa qualidade. Como saber, então, se você está fazendo um bom investimento em energia solar? Confira a seguir.
Como garantir um bom negócio em energia fotovoltaica?
O ideal é sempre contar com o suporte e orientação de uma empresa qualificada em soluções nesse ramo. Materiais de baixa qualidade são normalmente comercializados por fornecedores não certificados por órgãos oficiais, que cobram abaixo do preço do mercado sem oferecer qualquer garantia de durabilidade.
Por isso, recorrer a empresas especialistas em soluções de geração de energia limpa é o melhor caminho, e clientes que optam por avaliar outros aspectos além do valor cobrado não se arrependem.
Até mesmo porque a instalação dos painéis solares é parte fundamental para garantir boas condições de resistência.
Visando a melhor captação de energia e também o amortecimento de impactos, os painéis são acomodados com determinado ângulo em relação ao solo, o que ajuda a dissipar a energia cinética da pedra de granizo, por exemplo, sem que o choque cause danos ao painel.
Existem, atualmente, placas equipadas com embalagem estratificada de vidro ou acrílico, que encapam os painéis de células fotovoltaicas feitas de silício. Essa composição geralmente é o suficiente para proteger a placa, mas, para os mais precavidos, é possível ampliar ainda mais o nível de proteção ao tomar alguns cuidados.
Uma das possibilidades é usar um tecido denso durante as chuvas, por exemplo, para amortecer possíveis impactos e reduzir a exposição à umidade. É claro que essa é uma dica extra apenas, não sendo essencial para manter a integridade do equipamento.
Vale pontuar que, ainda que muitos dos painéis de primeira linha fabricados hoje em dia sejam projetados para resistir a condições meteorológicas extremas e à corrosão e oxidação, isso não significa que possam suportar toda e qualquer adversidade oferecida pela natureza.
É importante ressaltar, mais uma vez, que a montagem adequada do sistema de fixação dos painéis fotovoltaicos é essencial para que seu sistema de energia solar resista a ventos fortes, chuvas de granizo e demais fenômenos naturais.
Antes de comprar seus painéis fotovoltaicos, verifique se o produto possui as certificações IEC 61215 e IEC 61701 e cheque também a garantia oferecida pelo fabricante. Essa é a melhor forma de se certificar que você está fazendo uma boa compra e adquirindo produtos de qualidade.
Ficou com alguma dúvida a respeito da resistência de placas solares fotovoltaicas? Deixe sua pergunta nos comentários abaixo para podermos te ajudar.