A tecnologia de painéis solares alcançou um progresso notável nas últimas duas décadas, com as células solares de silício mais avançadas quase atingindo o seu pico de eficiência. No entanto, a busca por soluções energéticas ainda mais eficientes e sustentáveis deu origem às “células solares tandem”, a próxima geração em tecnologia solar.
Estas células tandem têm o potencial de aproveitar uma porção significativamente maior de luz solar e acelerar a transição global para longe de fontes de energia prejudiciais ao meio ambiente, como carvão e gás.
A evolução das células solares
As células solares são dispositivos que convertem a luz solar em eletricidade, e a sua eficiência, a proporção de luz solar que podem converter em eletricidade, é de suma importância. As primeiras células fotovoltaicas de silício, datadas de 1954, tinham uma eficiência de aproximadamente 5%.
Desde então, foram feitos avanços, com o fabricante chinês LONGi alcançando recentemente uma eficiência recorde mundial de 26,81% para células solares de silício. No entanto, devido às limitações inerentes, as células de silício nunca podem atingir 100% de eficiência.
A promessa das células solares tandem
As células solares tandem representam um salto promissor. Essas células utilizam dois materiais diferentes que trabalham juntos para absorver a energia solar.
Ao combinar materiais como a perovskita com o silício tradicional, as células tandem podem capturar um espectro mais amplo de energia solar, alcançando uma eficiência notável de 33,7% em pesquisas recentes no exterior.
Os principais fabricantes de energia solar estão se preparando para comercializar esta tecnologia, indicando seu potencial para superar as células convencionais de silício nas próximas décadas.
O desafio dos materiais
Embora as células solares tandem sejam muito promissoras, elas dependem predominantemente de um design conhecido como “heterojunção de silício”, que requer quantidades substanciais de prata e índio. O problema está na escassez desses materiais.
A prata é muito procurada em vários setores e a procura global por prata aumentou 18% nos últimos anos. O índio, por outro lado, é extremamente raro e encontrado apenas em quantidades minúsculas.
Acelerando a transição
Para superar este obstáculo, os esforços de investigação e desenvolvimento devem concentrar-se em células tandem que não necessitam de índio e exigem apenas uma quantidade limitada de prata.
Embora algum progresso tenha sido feito nessa direção, mais pesquisas são essenciais para tornar essas células compatíveis com a tecnologia tandem. Além disso, as células solares tandem devem ser mais duráveis, uma vez que a sua longevidade atualmente é inferior à dos painéis solares tradicionais.
Fonte: The Conversation
Sobre a Solfácil
A Solfácil foi criada em 2018 com o propósito de suprir o déficit de Geração Distribuída no país, e atualmente conta com mais de 5 mil integradores parceiros trabalhando por todo o território nacional.
Conhecida por sua grande presença no sistema de financiamento de energia solar, a Solfácil oferece diversas facilidades e recursos para o integrador, o que resulta no melhor ecossistema para o profissional de energia solar, e talvez o financiamento seja o ponto alto.
