O efeito fotovoltaico foi observado pela primeira vez no ano de 1839, pelo físico francês Alexandre-Edmond Becquerel. Ele descobriu que certos materiais produzem pequenas quantidades de corrente elétrica quando expostos à luz, ele fez isso mergulhando um eletrodo em uma solução de eletrólito.
Em 1883 foi produzida a primeira célula solar produzida com selênio, com eficiência de conversão de aproximadamente 1%. Os estudos foram avançando durante o fim do século 19 até a metade do século 20 e diversos físicos como Lange, Grondahl e Schottkl, Ohl, Billing e Plessnar e Shockely, contribuíram direta e indiretamente para o desenvolvimento da tecnologia fotovoltaica (FADIGAS, 2012).
Em 1954 foi desenvolvida uma fotocélula de silício com as características semelhantes às encontradas hoje com eficiência de 6%. Devido à corrida espacial, EUA e URSS usaram e desenvolveram este recurso com a premissa de operar seus programas espaciais com o máximo de aproveitamento possível, Buzz Aldrin (Segundo homem a pisar na lua) instala o Pacote de Experimentos da Superfície Lunar da Apollo, que contava com painéis solares e servia para realizar diversos experimentos na superfície lunar.
A crise do petróleo de 1973 renovou e ampliou o interesse em aplicações terrestres para a energia solar fotovoltaica. Porém, para tornar economicamente viável essa forma de conversão de energia, seria necessário, naquele momento, reduzir em até 100 vezes o custo de produção das células fotovoltaicas em relação ao custo daquelas células usadas em aplicações espaciais. Nos Estados Unidos, algumas empresas de petróleo resolveram diversificar seus investimentos, incluindo a produção de energia a partir da radiação solar em suas áreas de negócios.
Em 1978, a produção da indústria fotovoltaica no mundo já ultrapassava a marca de 1 MWp/ano. Os Estados Unidos foram líderes mundiais na produção dessa tecnologia durante a maior parte da década de 1990. No final dessa década, políticas de governo na Alemanha e no Japão resultaram em aumentos substanciais no desenvolvimento desse mercado. Essas políticas foram impulsionadas, em parte, por um forte compromisso com a redução de CO2, conforme previsto pelo Protocolo de Kyoto, e em parte para desenvolver o mercado dessa tecnologia para exportação.
Em 1998, a produção mundial de células fotovoltaicas atingiu a marca de 150 MWp, sendo o silício quase absoluto dentre os materiais utilizados. O grande salto no desenvolvimento do mercado fotovoltaico resultou do rápido aumento da produção chinesa, observado desde 2006.
Em 2003, a Ásia não figurava entre os dez maiores fabricantes do mundo, entretanto, em 2008, três destes eram da China e um de Taiwan e, em 2009, a China já ocupava a liderança na fabricação de módulos.
Guilherme Peters Junior
Especialista de marketing pela Solfácil, atuando em frentes de SEO, geração de conteúdo e inbound marketing. Trabalha no setor de energia solar desde 2018, na qual é apaixonado.