Atualmente, os painéis solares têm uma eficiência limitada e possuem materiais tóxicos que prejudicam seu processo de reciclagem. Contudo, um estudo desenvolve a possibilidade de usar moléculas de plantas para melhorar esse problema no setor de energia solar.
Além disso, se confirmada a eficiência desse uso, os projetos solares poderiam ocupar menos espaço devido ao aumento de sua eficiência. Confira um pouco desta pesquisa que acontece nos Estados Unidos.
Pesquisa de geração de energia solar em plantas
Um grupo de pesquisa, liderado por Lahari Saha, se uniu na Universidade de Maryland, em Baltimore, para estudar o uso de plantas em painéis solares. Mais especificamente, estudam um processo das plantas para converter luz solar em produtos químicos.
Assim, algumas moléculas como, por exemplo, a clorofila, conseguem uma alta taxa de conversão da irradiância solar em energia para si. Então, esse grupo tenta achar uma maneira de usar esse processo na produção de energia solar através dos painéis fotovoltaicos.
A apresentação deste trabalho está acontecendo hoje, 22 de fevereiro, no Encontro da Sociedade Biofísica, na cidade de San Diego, na Califórnia. Todo o projeto busca uma maneira de usar esse processo químico na produção e armazenamento de energia solar em baterias. Para isso, aproveita-se a fluorescência destas moléculas orgânicas.
Em casos de excitação deste material, é possível passar a energia gerada para alguns dispositivos metálicos. Além disso, em uma disposição agrupada destas moléculas pode gerar uma corrente elétrica.
Apesar do estudo ser com moléculas com fluorescência, a pesquisadora explica na pesquisa que elas não precisam deste processo. O que é importante é a capacidade de absorção de luz.
Benefícios das moléculas
A princípio, o que se destaca é o baixo custo para a obtenção dessas moléculas orgânicas das plantas. Além disso, haveria uma facilidade maior de reciclagem caso esse material seja efetivo em painéis solares.
A tecnologia atual utiliza alguns materiais de alto valor, que podem ser tóxicos para a natureza em caso de descarte incorreto. Por isso, os custos de fazer o processo correto de reciclagem é caro e não há muitas empresas especializadas no setor.
Bem como, a estrutura metálica dos painéis também poderia ser substituída por outras de base orgânica. Por fim, há o benefício da durabilidade ser maior, segundo a cientista. Os componentes orgânicos apresentam uma maior longevidade do que alguns outros utilizados atualmente.
Por fim, com maior taxa de conversão de luz em energia solar, os projetos solares podem utilizar menos painéis. Assim, ocupando menos espaço e causando menos interferências na natureza e projetos urbanísticos.
Fonte: SciTechDaily