A corrida pelo domínio das energias renováveis, principalmente energia solar, está a remodelar o cenário global, desde as reuniões da Assembleia Geral da ONU até ao G20 e aos BRICS.
As nações estão a competir para desenvolver fontes de energia alternativas, com a energia solar na vanguarda, ao mesmo tempo que forjam novas alianças geopolíticas.
No Hemisfério Ocidental, que já foi um símbolo da influência americana, a dinâmica mudou. A falta de atenção dos EUA levou a América Latina e das Caraíbas (ALC) a procurar parceiros comerciais em outros locais.
A China emergiu como uma opção atrativa, com mais de 137 bilhões de dólares em empréstimos soberanos aos países da ALC desde 2005, promovendo fortes laços econômicos.
A concorrência, especialmente na energia solar, está a intensificar-se. A ALC possui luz solar abundante e um potencial fotovoltaico significativo, mas a energia solar contribui com apenas 3-4%.
No entanto, os projetos solares da região superam os esforços combinados da Europa e da Índia. A América Latina tem potencial para aumentar a capacidade de energia eólica e solar em mais de 460% até 2030.
Os principais países do setor solar da ALC incluem Brasil, México, Colômbia, Chile e Peru, com mais de 88% da capacidade solar instalada.
Embora a China lidere a corrida, os EUA devem permanecer determinados e inovadores para permanecerem competitivos na transição para as energias renováveis na ALC.