A transição energética é um conceito fundamental e cada vez mais relevante no cenário global atual. Ela se refere a uma mudança significativa na matriz energética, em busca da substituição de fontes de energia baseadas em combustíveis fósseis por fontes de energia mais limpas e sustentáveis.
Sendo assim, a transição envolve a redução das emissões de gases de efeito estufa, formas de amenizar os efeitos das mudanças climáticas e a promoção da segurança energética.
No artigo a seguir, vamos aprofundar o debate sobre esse tema e entender quais são os riscos e oportunidades por trás da transição energética. Confira!
Do que se trata a transição energética?
A transição energética é uma pauta que está bastante em alta de uns tempos pra cá. Esse termo se refere à passagem de uma matriz energética que por muito tempo ficou focada nos combustíveis fósseis para uma com baixa emissão de carbono, baseada na exploração de fontes renováveis de energia.
Alinhado a isso há outras propostas, como a eficiência energética e os investimentos cada vez mais altos em tecnologia. Na prática, esses conceitos são alguns dos pilares que sustentam a ideia de ESG (sigla para Environmental, Social and Governance, ou governança ambiental, social e corporativa em tradução para o português).
Esse é um movimento em escala global e voltado para o cuidado do planeta, que aposta na preocupação das empresas com suas reputações frente aos investidores e ao mercado de consumo.
Devido à falta de informação sobre o assunto e também por conta de uma lacuna regulatória, há atualmente no Brasil diversas companhias que cometem o chamado “greenwashing”, que já é considerado crime em alguns países, como na França.
Esse termo (que, traduzido para o português, torna-se “lavagem verde”) consiste na divulgação falsa sobre sustentabilidade.
Ou seja, quando as empresas usam dessa pauta super importante para divulgar seu trabalho, sem de fato se preocupar em implementar práticas sustentáveis em sua cadeia de produção. Em outras palavras, greenwashing significa passar uma imagem falsa de sustentabilidade.
É em parte por isso que os esforços em prol de práticas ecologicamente conscientes causam certo distanciamento no universo empresarial. Além disso, pode envolver custos iniciais elevados, causando impacto na lucratividade a curto prazo.
Por outro lado, a transição energética é uma pauta urgente, que precisa ser levada a sério. A energia responde por cerca de 78% das emissões globais. Essa mudança é essencial para limitar o aumento da temperatura global e evitar os impactos catastróficos das mudanças climáticas.
É de suma importância que as empresas brasileiras se comprometam com isso, principalmente levando em consideração que o Brasil é o nono maior emissor de gases de efeito estufa.
Para garantir o reposicionamento do país na geopolítica climática global, é preciso engajamento, cooperação internacional e compromisso com ações multissetoriais, sobretudo no setor privado. A transição energética deve ser analisada tendo em vista o Acordo de Paris, já que essa pauta é um dos seus principais enfoques.
Essa mudança de paradigma é crucial para enfrentar os desafios ambientais, econômicos e de segurança do século XXI. Trata-se, portanto, de uma questão importante e urgente que requer ação coordenada em níveis local, nacional e global. O que é visto pelas empresas como um risco pode ser, na verdade, uma grande oportunidade. Continue a leitura para saber como!
Como transformar os riscos da transição energética em oportunidades?
As empresas brasileiras têm uma oportunidade única de transformar os riscos associados à transição energética em oportunidades valiosas. Nosso país tem uma base muito fértil para isso, o que se deve principalmente à abundância de recursos naturais.
Essa circunstância pode fazer com que o Brasil se torne um grande protagonista do movimento sustentável. Além dos recursos de sobra, é importante olhar também para as possibilidades de crescimento da nossa economia.
A energia solar é um exemplo primordial de como essa transformação pode acontecer. A transição energética é impulsionada por uma série de fatores, incluindo preocupações com as mudanças climáticas, regulamentações mais rigorosas e a crescente demanda por fontes de energia limpa e renovável.
Não dá para negar que a transição energética é um caminho sem volta. As corporações precisam levar isso a sério e se manter atentas às oportunidades que se abrem nesse momento ainda inicial. Essas transformações tendem a ganhar cada vez mais força, e, quem não acompanhar essas mudanças, inevitavelmente acabará ficando para trás.
A substituição por fontes sustentáveis criará novos mercados, que, por sua vez, vão acabar atraindo novas oportunidades de investimento. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o Brasil deve ampliar sua capacidade de geração de energia em 83% nos próximos anos com as fontes renováveis.
Essa pauta está na agenda do governo federal, que acaba de lançar o Projeto de Lei do Programa Combustível do Futuro, com o objetivo de promover a mobilidade sustentável de baixo carbono.
Além da preocupação com combustíveis, é preciso atentar para as mudanças do setor elétrico, e é principalmente nesse cenário que a energia solar se destaca.
O investimento em energia solar envolve a instalação de painéis solares em suas instalações, o que pode reduzir significativamente os custos de energia a longo prazo.
Com os avanços dessa tecnologia, os preços dos equipamentos devem cair, tornando esse investimento cada vez mais acessível. No começo deste ano, o governo zerou os impostos federais sobre painéis e outros componentes até dezembro de 2026.
Essa é uma excelente oportunidade para empresas que desejam reduzir seus custos operacionais. Além disso, a energia solar pode atuar como uma rede de segurança em caso de interrupções no fornecimento de energia convencional. Isso pode ajudar as empresas a manter a continuidade dos negócios em situações de emergência.
Além disso, vale lembrar que a reputação é uma das maiores preocupações das empresas atualmente. A adoção da energia solar pode ser um ótimo caminho para melhorar a imagem das marcas.
Os consumidores estão cada vez mais conscientes das questões ambientais, e apoiar fontes de energia limpa e renovável pode atrair clientes e investidores que valorizam a sustentabilidade.
Em um contexto nacional, a transição energética também traz oportunidades econômicas. A expansão das energias renováveis e tecnologias limpas cria empregos e promove a inovação em setores relacionados, como baterias de armazenamento de energia, veículos elétricos e sistemas de gerenciamento de energia.
Vale considerar que a tendência é que as regulamentações ambientais se tornem cada vez mais rigorosas. A partir disso, investir em fontes de energia limpa como a solar pode ajudar as empresas a cumprir essas regulamentações e evitar penalidades e multas.
Como qualquer outra mudança que se faça urgente e necessária, a transição energética representa um desafio significativo para as empresas. Por outro lado, no entanto, também oferece oportunidades importantes. Cabe a cada organização escolher como vai se posicionar a respeito.
A energia solar é apenas um exemplo de como as empresas podem se adaptar e prosperar nesse novo cenário energético. Ao investir em fontes de energia limpa e renovável, as empresas podem reduzir custos, desenvolver sua imagem no mercado e impulsionar a inovação, transformando assim os riscos em oportunidades poderosas, que valem a pena ser aproveitadas.
Sobre a Solfácil
A Solfácil foi criada em 2018 com o propósito de suprir o déficit de Geração Distribuída no país, e atualmente conta com mais de 5 mil integradores parceiros trabalhando por todo o território nacional.
Conhecida por sua grande presença no sistema de financiamento de energia solar, a Solfácil oferece diversas facilidades e recursos para o integrador, o que resulta no melhor ecossistema para o profissional de energia solar, e talvez o financiamento seja o ponto alto.