Energia eólica e solar geraram 12% da eletricidade mundial em 2022.
O relatório é claro, a eletricidade nunca foi tão verde em todo o mundo. A energia solar mundial aumentou 24% e a eólica 17% em relação ao total de 2021. Agora, essas duas somadas já representam mais de 10% da eletricidade total em mais de 60 nações ao redor do mundo. O estudo da Ember coletou dados de 78 países, que correspondem a mais de 90% da demanda global de eletricidade. A energia solar e eólica já corresponde a 22% do total da União Europeia.
Mesmo assim, na Europa, a energia eólica fica abaixo da expansão média no resto do mundo. No continente, a fonte solar tem se destacado em relação às outras pelo seu custo-benefício e busca de instalações residenciais. Por outro lado, o relatório destaca que deixar a fonte eólica como uma opção secundária pode afetar a transição energética a longo prazo. Claro que no estudo houve o destaque do impacto da guerra entre Ucrânia e Rússia, que afetou o abastecimento de combustíveis fósseis em toda a Europa.
Mesmo com a crise de abastecimento de combustíveis fósseis (principalmente o gás natural), a queda de uso deles foi de apenas 0,2% em 2022. Os altos preços devido à escassez foi o principal motivo desta queda.
Alguns países, como a Alemanha, retornaram as atividades de usinas de carvão para suprir a demanda de energia. Por isso, a queda não foi tão drástica quanto o esperado. O que, também, não diminui o impacto do aumento da energia solar e eólica nesses países. Isso fica provado quando a Alemanha aparece como uma das líderes mundiais no aumento da energia eólica onshore. Na verdade, esse país é uma contradição, pois ela caminha abaixo do esperado nas energias renováveis e retornou com algumas atividades altamente poluentes.
Problemas burocráticos e o conservadorismo no setor energético são os principais problemas por lá. No caso da energia solar, a Alemanha encontra problemas de espaço para instalações de grande porte, por exemplo. Por isso, o estudo da Ember destaca a importância das lideranças de removerem essas barreiras burocráticas para o avanço das energias renováveis.