Quando o assunto é energia solar fotovoltaica, termos como módulos, painéis ou placas servem para designar o mesmo componente do kit de energia solar. São eles os responsáveis por absorver os fótons presentes nos raios solares e, por meio do efeito fotovoltaico, transformá-los em eletricidade.
Os módulos convencionais (ou monofaciais) possuem células em uma de suas faces, e na hora da instalação são posicionados para receber o máximo de radiação solar possível para otimizar a produção de energia.
Em geral, quanto maior a área de contato exposta à luz do sol, mais energia será produzida. Desenvolvedores de tecnologias fotovoltaicas pensaram em uma forma de melhor aproveitar essa área de contato, e assim surgiu o painel solar bifacial, composto por células fotovoltaicas em ambas as faces.
Esse tipo de módulo consegue absorver a luz não apenas na face diretamente exposta ao sol, mas também na face oposta, por meio da luz que é refletida em superfícies. Apesar de ter sido criado em 1954, o painel solar bifacial só veio a ser melhor explorado nos últimos anos, ganhando a atenção do mercado de energia solar fotovoltaica.
Isso só foi possível por causa do uso do silício, cuja principal vantagem é ser transparente em sua composição natural, favorecendo a passagem de luz solar. No Brasil, foi só a partir de 2016 que essa tecnologia começou a ser difundida.
Por muito tempo, a principal aplicação das placas solares bifaciais era por meio do BIPV (Building Integrated Photovoltaic), com o objetivo de incorporar o painel solar nas construções. Hoje em dia os módulos bifaciais já estão começando a se tornar uma opção interessante e viável para outros tipos de instalações fotovoltaicas.
Por meio desse tipo de inovação, as tecnologias exploradas na fabricação dos painéis bifaciais ajudaram a ampliar as possibilidades para a geração de energia solar fotovoltaica. Elas oferecem maior tolerância ao sombreamento e reduzem a temperatura de trabalho dos módulos.
As tecnologias relacionadas à geração de energia solar estão em constante avanço, com pesquisas e testes buscando sempre aprimorar seus resultados e oferecer produtos competitivos ao mercado fotovoltaico.
Atualmente, já é possível encontrar modelos de painéis solares que apresentam bom funcionamento mesmo em ocasiões com pouca iluminação e durante períodos chuvosos e nublados, algo que até pouco tempo atrás era impensável.