O setor elétrico brasileiro está explorando ativamente soluções para eletrificar a indústria do país, ficando atentos aos incentivos à industrialização e à tributação do carbono no mercado europeu.
Uma das suas abordagens estratégicas passa pela substituição das caldeiras tradicionais, atualmente alimentadas a gás natural e outros combustíveis fósseis, por caldeiras elétricas.
A ideia é oferecer isso como um serviço ao setor elétrico: alugar caldeiras elétricas e fornecer energia renovável, resultando em vapor 100% renovável e descarbonização substancial.
A utilização de caldeiras elétricas já é economicamente competitiva nas regiões Sudeste e Sul, em comparação às caldeiras a gás natural.
Além disso, existe a possibilidade de ganhar créditos de carbono ou evitar a tributação do carbono, particularmente em resposta ao Mecanismo de Ajustamento das Fronteiras de Carbono (CBAM) da União Europeia.
Itamar Lessa, Diretor Comercial da Casa dos Ventos, compartilha da visão de que o CBAM é um divisor de águas e que as características de emissões do Brasil proporcionam uma vantagem competitiva natural.
Lessa acredita que a eletrificação no processamento mineral pré-exportação, como a produção de ferro briquetado a quente (HBI), pode desempenhar um papel fundamental no impulso à indústria nacional brasileira.
O Plano Plurianual do Brasil para 2024-2027 enfatiza a neoindustrialização, destinando R$ 900 bilhões para aumentar a inovação, a produtividade e a competitividade durante a transição para uma economia verde.
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