Governo planeja regulamentar logística reversa de painéis e baterias em 2024

NOTÍCIA

Também está sendo debatida a viabilidade de uma potencial fabricação nacional de silício de qualidade fotovoltaica no Brasil.

Em um movimento audacioso, o secretário nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental, Adalberto Maluf, anunciou sua intenção de jogar luz sobre a questão da logística reversa de painéis solares e baterias de lítio no Brasil.

Segundo suas palavras, uma consulta pública está nos planos para este mesmo ano, visando um diálogo aberto com o mercado sobre a regulamentação desses sistemas. Com um olho no cronograma, a previsão é que as regulamentações estejam lapidadas e prontas para brilhar até o ano de 2024.

"Aqui na nossa secretaria, a batuta da logística reversa é nossa responsabilidade... E estamos decididos: neste ano, vamos trazer para o centro do palco uma audiência pública para debater novos sistemas a serem regulados. Minha meta é reunir os atores desse setor para afinarmos a regulamentação tanto para as baterias de lítio quanto para os painéis solares fotovoltaicos. Temos em mente uma discussão ainda este ano, seguida da criação das diretrizes no próximo"

No emaranhado da Política Nacional de Resíduos Sólidos, fica estabelecido que os fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores são todos corresponsáveis pelo destino final dos produtos.

No centro do palco, os painéis solares brilham com um valor considerável no mercado devido à presença de metais nobres como prata, alumínio e silício. Surpreendentemente, é possível reciclar até 98% dos componentes de um módulo fotovoltaico.

Á as baterias de lítio, após servirem durante 15 anos nos veículos elétricos, podem ganhar uma segunda vida, encontrando utilidade no armazenamento de energia residencial.

"Por isso, temos a certeza de que a logística reversa não será apenas um fardo financeiro para os fabricantes. Na realidade, essa iniciativa tem potencial para gerar receitas substanciais. Estamos focados em criar uma regulamentação que permita uma remuneração justa, enquanto erguemos um sistema que brilhe no cenário da logística reversa para esses produtos"

Produção nacional de células fotovoltaicas

O secretário governamental também ressaltou o potencial latente no Brasil para se posicionar como um importante produtor de células fotovoltaicas. Isso se deve ao fato de o país figurar entre os maiores exportadores globais de silício em sua forma metalúrgica.

Entre as escolhas estratégicas do governo, destaca-se a enfática abordagem da transição energética. O enriquecimento de toda a cadeia produtiva vinculada ao hidrogênio verde e à eletromobilidade tem se tornado uma prioridade incontestável.

Com uma direção dedicada aos minerais de valor estratégico, o Brasil reforça sua posição como um dos maiores exportadores mundiais de silício na categoria metalúrgica. A transformação desse silício metalúrgico em uma variedade de grau solar emerge como uma oportunidade extremamente viável.

Em conversas mantidas com atores de peso no cenário internacional, investidores de projetos ambiciosos e fabricantes de células fotovoltaicas, a percepção predominante é a de que tal empreendimento é não apenas possível, mas também altamente promissor. Afinal, o mercado solar ostenta um crescimento incessante, como atestam os números.