Energia solar: nova nanotecnologia tem potencial

Solfácil

Para produzir a eletricidade solar, é preciso coletar a energia térmica da irradiância solar que está dissipada no ambiente. Apesar de ser uma tarefa difícil, a tecnologia continua evoluindo para melhorar as taxas de produção. Agora, uma nova nanotecnologia estudada na Ásia pode melhorar ainda mais esse quesito.

Mesmo com a evolução da tecnologia, algumas barreiras de efetividade de produção de energia solar ainda existem. Por isso, diversos estudos continuam a redescobrir esses limites e trazer novas melhorias.

Por isso, pesquisadores das Universidades Nacional de Cingapura, de Harbin e Zhejiang, estão juntos com o Instituto de Óptica de Changchun em um estudo importante. Com o apoio da APL Photonics, desenvolveram um coletor solar que é melhor na conversão de energia.

O projeto da nanotecnologia foi divulgado recentemente e animou o setor solar ao redor do mundo. Para fabricar o dispositivo, usaram “nanopartículas de automontagem” que formam a estrutura do material.

Para converter a energia térmica em energia solar, são utilizados materiais termoelétricos que resultam em uma taxa de produção maior. Segundo o autor do projeto, Ying Li, para um bom coletor solar, é preciso uma alta absorção da irradiância, ao mesmo tempo que o dispositivo suprime sua radiação térmica.

Para atingir um alto grau de confiabilidade no estudo, os pesquisadores testaram diferentes materiais e composições da nanotecnologia. Além disso, o produto final deveria ter escalabilidade para reprodução em grandes proporções;

Então, as nanopartículas de óxido de ferro se mostraram as mais eficazes na automontagem das estruturas. Assim, o material final atingiu 94% de absorção da irradiância solar, enquanto deixava escapar apenas 0,2%.

Além disso, os testes demonstraram que o material rapidamente se aqueceu para a temperatura ideal de captação. A estrutura nanofotônica quasiperiódica se aproveita do comportamento aleatório para chegar em resultados tão expressivos.

Segundo os responsáveis pelo projeto, eles esperam que as descobertas possam incentivar outros estudos e desenvolvimentos. Afinal, esse foi o primeiro passo de uma descoberta que pode ter grande impacto no futuro da energia solar. Caso esse e outros estudos continuem progredindo, essa nanotecnologia pode estar nos painéis solares residenciais e industriais antes da próxima década. O estudo completo em inglês está disponível para leitura.