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O aumento das exportações de painéis solares e seu impacto

As exportações de energia solar da China representam cerca de 80% da quota de mercado global em capacidade de produção solar. Dos painéis exportados no 1º semestre de 2023, mais da metade chegou à Europa (52,5%).

A Europa também registrou o crescimento absoluto mais substancial a nível mundial, testemunhando um aumento anual de 47% (+21 GW). Já o Brasil é o segundo maior, recebendo 9,5 GW nos primeiros seis meses de 2023.

No entanto, o crescimento mais rápido está a ocorrer em África e no Oriente Médio. A África do Sul registrou a mudança mais significativa entre os países fora da Europa, importando 3,4 GW de painéis solares.

O Oriente Médio seguiu de perto, reportando um aumento de 64% (+2,4 GW) no primeiro semestre de 2023. A única região que testemunhou declínio foi a Ásia, o que se deve ao foco na Índia e sua produção interna.

Os Estados Unidos também reduziram drasticamente as importações chinesas e a Lei de Redução da Inflação da administração Biden estimulou investimentos significativos na capacidade nacional de produção.

Contudo, há um impressionante acúmulo de 40 GW de estoque de painéis solares em armazéns europeus, atribuído à burocracia, à escassez de instaladores solares e a um processo demorado para integrá-los à rede.

Nas palavras de Sam Hawkins, líder de dados da Ember: “Temos painéis solares suficientes; só precisamos nos ocupar em instalá-los”.

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